Dados referentes ao mês de janeiro da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostram um campo-grandense vendo a atual situação econômica dentro de casa "igual ao ano passado", porém seguro no emprego e otimista com o futuro.
Cabe lembrar que esse indicador busca medir, com o maior nível de precisão possível, como as famílias consumidoras de Campo Grande avaliam aspectos importantes da atual condição de vida, sendo sete itens no total:
- Emprego Atual,
- Perspectiva Profissional,
- Renda Atual,
- Facilidade de Compra a Prazo,
- Nível de Consumo Atual,
- Perspectiva de Consumo no curto prazo e
- Oportunidade para compra de bens duráveis
Com foco nas famílias residentes em Campo Grande, como trata-se de uma pesquisa mensal, a coleta dos dados é feita nos últimos 10 dias do mês imediatamente anterior ao da divulgação.
Ou seja, para compor os dados da ICF de janeiro/2025, essa coleta específica foi feita nos últimos dez dias do mês de dezembro/2024.
Análise local
Quanto questionado sobre a renda familiar, em comparação com o mesmo período do ano passado, no índice geral, a maioria (43,1%) sinalizou um cenário "igual" ao de 2024.
Se lançado olhar para as faixas de remuneração, também a maioria entre quem recebe até dez salários mínimos vê a renda atual "estagnada", enquanto o cenário só é "melhor" para quem ganha acima dessa faixa salarial, com uma maioria esmagadora de 56,1% nessa categoria indicando momento mais favorável.

Já quanto ao nível de consumo atual, que aparece com índice geral de 41,4% comprando "igual a 2024", enquanto mais da metade dos que recebem acima de salários mínimos indica a estagnação, a linha na parte debaixo dessa faixa salarial é mais tênue.
Isso porque, enquanto 39,5% (de quem recebe até 10 s.m) dizem estar com o nível de consumo "igual a 2024", um percentual pouco maior (39,8%) indica que está comprando menos do que comprava no início do ano passado.

Uma situação que é "igual para todos", seja de quem ganha até dez salários mínimos ou acima dessa faixa, é justamente a perspectiva de consumo, com ambas as classes sinalizando um possível consumo "igual ao ano passado" para os meses que estão por vir.
Os cenários voltam a destoar quando a pesquisa aborda a questão da compra dos bens duráveis (televisão e eletrodomésticos em geral), com mais da metade de quem ganha acima de 10 salários considerando o momento "bom".
Enquanto o momento "bom e mau" para compra de bens duráveis (de quem ganha mais de 10 s.m.) é separado por mais de 10 pontos percentuais, boa parte de quem recebe abaixo dessa faixa (47,7%) não aposta no atual momento para investir seu dinheiro em tais itens.
Estabilidade e futuro
As classes também conversam quando analisada a situação do atual emprego, com ambas se sentindo "mais seguras" neste ano (53,8%, conforme índice geral), em comparação com o mesmo período do ano passado.
Até 10 salários mínimos, mais da metade (51%) se diz "mais segura" no atual emprego, enquanto que, para quem recebe acima dessa faixa, o nível de maior segurança chega a beirar os 70%.
Também o futuro no emprego é tido com bons olhos, já que na média geral (60,3%), de até 10 salários mínimos (59,3%) e de quem recebe mais do que isso (65,3%), há a esperança de alguma melhora profissional dentro dos próximos seis meses, o que pode voltar a impactar positivamente o índice.