Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande no mês de novembro, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que houve um aumento em comparação a outubro, ficando em 99,9 pontos ante os 98,4 do mês anterior.
O índice quase chegou aos 100 pontos, que é considerada a zona positiva da pesquisa, o último número é o maior desde abril de 2020 (102,6).
Segundo a pesquisa, dos sete indicadores apurados, cinco apresentaram índice positivo.
Entre as maiores variações estão a perspectiva de consumo (5,5%), seguido pelo nível de consumo atual (4,1%) e perspectiva profissional (3,4%).
Já os índices negativos foram o emprego atual (- 2,2) e momento para duráveis (- 0,2).
A pesquisa aponta, ainda, que 54,7% dos consumidores ouvidos estão mais seguros em relação à situação atual do emprego, em comparação ao ano passado.
Além disso, a maioria (61,1%) tem uma perspectiva profissional positiva para os próximos seis meses.
Com relação à renda atual, 45,7% afirmam que está igual ao ano passado e 41,8% dos entrevistados estão comprando menos, em relação ao mesmo período de 2021.
A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, destaca alguns fatores que contribuem para a maior confiança no consumo.
“A chegada da Copa do Mundo, da Black Friday e a proximidade com o Natal têm animado os consumidores, principalmente com a injeção do 13º salário, que apesar de grande parte da população dedicar ao pagamento das contas, sempre sobra um pouco para as compras de fim de ano, o que acaba gerando essa intenção de consumo maior ”, afirmou.
Saiba
A coleta dos dados é realizada sempre nos últimos dez dias do mês imediatamente anterior ao da divulgação da pesquisa.
Assim, os dados do ICF de novembro/2022 foram coletados nos últimos dez dias do mês de outubro/2022.
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.
Trata-se de um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para a própria política econômica, para as atividades produtivas, para consultorias e instituições financeiras.