Nesta quarta-feira (10), conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) do mês de agosto mantém a tendência de queda da inflação em Campo Grande, com a Cidade Morena anotando a quarta menor variação para o período entre as capitais.
Nacionalmente, o IPCA de agosto foi negativo (-0,11%) e 0,37 ponto percentual (p.p) abaixo do índice anotado no mês imediatamente anterior, quando anotou 0,26 em julho.
Conforme o IBGE, o índice está 5,13% abaixo dos 5,23% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, sendo que o IPCA acumula alta de 3,15% neste 2025.
Enquanto isso, Campo Grande ficou com o quarto menor índice entre as capitais, registrando queda de -0,28% em agosto, "acima" apenas de:
- Rio de Janeiro (-0,34)
- Porto Alegre (-0,40)
- Goiânia (-0,40)
IPCA de agosto
Como mostram os dados compilados pelo Sistema IBGE de Recuperação Automática (plataforma Sidra), Campo Grande anotou as seguintes variações mensais em agosto:
Já nacionalmente, diante de uma variação de -0,02% em agosto de 2024, o IPCA de -0,11% do 8º mês de 2025 foi fortemente influenciado por: Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%).
Do lado oposto, as altas foram principalmente influenciadas pelos índices de 0,75% de Educação e o 0,40% de Despesas Pessoais.
Nota-se uma queda no grupo de "Habitação", que segundo o IBGE representa o menor resultado em um mês de agosto desde a era do Plano Real, influenciada pelo recuo de 4,21% da energia elétrica residencial (-0,17%).
Importante lembrar que "alimentação e bebidas" é o grupo com o maior peso no índice, o qual anotou seu terceiro mês consecutivo na queda de preços, sendo: -0,46% em agosto; -0,18% em junho e -0,27% em julho.
Análise regional
Conforme repassado pela Seção de Disseminação de Informações (SDI), em Campo Grande há três grupos que aparecem pressionando os índices para patamares negativos: Habitação (-1,87%), Alimentação e bebidas (-0,17%) e Transportes (-0,12%).
.“Somados, esses três grupos foram responsáveis por -0,35 p.p. de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria positivo”, expôs o técnico do IBGE em MS, Felipe Senna, em nota.
A deflação no grupo de "alimentação e bebidas", por exemplo, já é anotada há quatro meses consecutivos em Campo Grande (-0,12% em maio, -0,51% em junho e -1,06 em julho), sendo principalmente influenciada em agosto (-0,17%) pela alimentação no domicílio, com -0,32%.
Depois de reduzir 1,68% em julho, a queda no grupo de alimentação em agosto foi impactada pelos seguintes produtos:
- tomate (-9,62%),
- batata-inglesa (-6,51%),
- frango inteiro (-3,21%),
- ovo de galinha (-2,80%) e
- arroz (-2,38%).
Já em "Habitação", a queda regional aparece com a mesma causa da nacional, boa parte em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, que fechou o subgrupo da "energia elétrica residencial" com -4,98% em agosto, que representa redução de 0,26 ponto percentual.
Entre os aumentos aparecem "Artigos de Residência" e "Despessas Pessoais", com altas de 0,41 e 0,13 por cento, respectivamente. Enquanto no primeiro as altas foram empurradas por fogão (3,05%) e tapete (2,91%), no segundo o IBGE destaca a influência dos jogos de azar (3,60%), brinquedo (3,00%) e bicicleta (2,91%).


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