O cenário da pesquisa científica e tecnológica de Mato Grosso do Sul vem passando por expressivas transformações.
De 2017 a 2025, foram investidos R$240 milhões diretamente em universidades e institutos de ensino, dos quais R$55 milhões foram para bolsas e R$185,4 milhões foram destinados a 1.538 projetos de pesquisa e inovação.
Anualmente, os recursos para bolsas e projetos saltaram de R$9 milhões investidos em 2017 para mais de R$74 milhões hoje, um crescimento expressivo de mais de 720%.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (16), no Dia Nacional da Ciência e Tecnologia, pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), órgão do Governo do Estado que recebe os investimentos do Governo, ligado à Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Entre 2017 e 2015, a Fundect concedeu 3.128 bolsas de iniciação científica, 900 bolsas de mestrado, 886 bolsas de doutorado e 128 de pós-doutorado.
Também foram aplicados recursos nas universidades. As que mais receberam investimentos foram:
- UFMS (Universidade Federal de MS): cerca de R$25,3 milhões em bolsas e R$85,2 em projetos;
- UEMS (Universidade Estadual de MS): R$6,2 milhões em bolsas e R$46 milhões em projetos;
- UFGD (Universidade Federal Grande Dourados): R$11,9 milhões em bolsas e R$24,9 milhões em projetos;
- UCDB (Universidade Católica Dom Bosco): R$8,6 milhões em bolsas e R$16,9 milhões em projetos;
- IFMS (Instituto Federal de MS) e Uniderp: juntos, R$3 milhões em bolsas e R$9 milhões em projetos.
A expectativa é que, em 2025, os investimentos anuais da Fundect alcancem cerca de R$78 milhões.
O diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, destaca a importância dessa evolução.
“É um orgulho para nós vermos o quanto a Fundect auxiliou o Estado em seu desenvolvimento. Isso só comprova o quanto ela é essencial para melhorar a vida das pessoas. E o crescimento confirma que os recursos da Fundect se tornaram um dos principais instrumentos de fomento à formação científica e tecnológica em Mato Grosso do Sul”.
O investimento em ciência e tecnologia é percebido com os resultados reais dentro das universidades e institutos de ensino no Estado, que transferem para a sociedade os benefícios recebidos.
Isso é refletido através dos projetos desenvolvidos nos institutos através da colaboração com a Fundect, como os Programas de Apoio à Pós-Graduação, a pesquisa voltada à atenção multiprofissional à mulher com Síndrome dos Ovários Policísticos, o projeto “Mídia Ciência” na UEMS.
“A parceria assegura o investimento contínuo e direcionado na ciência, na tecnologia, impulsionando a qualidade acadêmica da UEM e garantindo que sua produção de conhecimento esteja alinhada com as necessidades e o desenvolvimento econômico do Mato Grosso do Sul”, ressalta o reitor da UEMS, Laércio de Carvalho.
Próximos passos
Para o diretor-presidente Márcio, os próximos passos são consolidar um ecossistema sustentável de ciência, tecnologia e inovação no Estado, mantendo o ritmo de expansão e ampliando o alcance dos resultados.
"Nosso compromisso foi e continuará sendo o de consolidar um ecossistema sustentável de ciência, tecnologia e inovação em Mato Grosso do Sul. Trabalhamos para que cada real investido gere oportunidades, conecte talentos e produza resultados que cheguem à sociedade. Também ampliamos nossa atuação internacional, garantindo que o conhecimento gerado aqui dialogue com o mundo e responda às demandas do Estado, especialmente nas áreas de saúde, agro, sustentabilidade e inclusão social", destacou.


