Economia

ROYALTIES

Estado arrecadou R$ 32 milhões
com setor da mineração

Taxa de mineração é paga por empresas do setor e dividida entre municípios, Estado e União

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Mato Grosso do Sul recebeu, no ano passado, cerca de R$ 31,2 milhões referentes aos “royalties da mineração”, ou à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem). O volume é 62% maior do que o de 2017, quando o montante ficou em R$ 19,2 milhões. Desse total, 65% são repassados para o município onde está localizado o empreendimento – ou seja, boa parte vai para Corumbá, onde ficam as jazidas de ferro e o manganês –, 23% vão para o Estado e somente 12% ficam para a União. No entanto, como o minério de ferro é vendido semi-industrializado, pois passa apenas por uma lavagem, é isento do pagamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Mato Grosso do Sul.  

Segundo o secretário de Estado de Produção, Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semagro), Jaime Verruck, o minério de MS é essencialmente produto para exportação e a produção está concentrada em duas empresas de Corumbá, Vale e Vetorial, que operam as minas da MMX. “Temos dois tipos de minério: de ferro, em maior volume, e manganês, que é menor. O minério de ferro é tirado do topo do morro e descascado, e o manganês é interno, um túnel na rocha para retirar. Esses produtos são retirados da morraria de Urucum, lá em Corumbá, e levados até Porto Esperança por ferrovia, a uma distância de 70 km, depois vão de barcaça para Argentina”, disse, frisando que hoje o principal consumidor do minério sul-mato-grossense é a Argentina.

Já a Vetorial, segundo o secretário, faz a extração de manganês que é transportado pelo porto de Ladário, via hidrovia. “MS já chegou a exportar mais de 5 milhões de toneladas, quando o minério chegou a U$ 190 dólares a tonelada, exportávamos para a China esse minério. Quando caiu para 90 e 80 dólares, nós caímos para 2,5 milhões de toneladas. Então, o setor de mineração tem se recuperado lentamente no mercado, depois da crise que tivemos, não está no topo nem em preço nem volume. Nossa expectativa é de melhoria de mercado. Ano passado, aumentou 3 milhões de toneladas, esperamos uma melhoria de preço no mercado internacional, para que o produto brasileiro se torne mais competitivo. Isso já vem acontecendo, recuperação de minério de ferro e internacional”, acrescentou.

LEI KANDIR

O secretário explica ainda que o minério é enquadrado igual a um produto semielaborado, não existe cobrança de ICMS por questão de lei federal. “Não é questão de incentivo fiscal, não cobra, é Lei Kandir e esse produto faz parte disso. Como ele é semielaborado, é lavado e cria-se os dejetos. Depois é triturado, e nosso minério é um dos melhores teores de ferro do Brasil, superando, inclusive, Minas Gerais, é usado para melhorar a qualidade de outros minérios (como mistura). Então o minério de Corumbá tem uma qualidade superior, e temos reserva para mais 60 ou 70 anos na região”, adianta.

Ele destaca ainda que a matéria-prima é fundamental para Corumbá. “Se imaginássemos Corumbá sem minério, seria uma cidade abandonada, essa é a questão. O pessoal paga bons salários, tem muitos funcionários, terceiriza também, economicamente falando é muito importante para Corumbá”, afirmou.
Com relação aos royalties, ele enfatiza que toda mineradora paga o tributo. “A Cfem [Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais], como é conhecida, é devida pelo aproveitamento econômico dos recursos minerais, cuja propriedade é da União – uma contribuição por exploração minerária, isso funciona no Brasil inteiro.

É calculado no volume extraído e uma parte vai para o governo e outra para as prefeituras (25%). Por isso, outro exemplo, em Ladário começou a ter melhor participação no Cfem porque o produto começou a passar pelo porto da cidade. Esses recursos trazem o melhor impacto à economia do município, significativo enquanto atividade minerária”, diz Verruck.

O que é a Cfem?

A competência de arrecadação e fiscalização do “royalty da mineração” é da Agência Nacional de Mineração, por meio do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A compensação é calculada sobre o valor do faturamento líquido, obtido por ocasião da venda do produto mineral. Para efeito do cálculo da Cfem, considera-se faturamento líquido o valor da venda do produto mineral, deduzindo-se os tributos que incidem na comercialização e as despesas com transporte e seguro.

 

Loterias

Resultado da + Milionária de hoje, concurso 200, quinta-feira (21/11)

A + Milionária tem dois sorteios semanais, às quartas e sábados, sempre às 20h; foi excepcionalmente antecipada devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, veja quais os números sorteados no último concurso

21/11/2024 19h03

Confira o resultado da +Milionária

Confira o resultado da +Milionária Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realiza o sorteio do concurso 200 da + Milionária na noite desta segunda-feira, 21 de novembro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorre no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 24 milhões.

Confira o resultado da + Milionária de hoje!Os números da + Milionária 200 são:

  • 10 - 07 - 22 - 39 - 05 - 28

  • Trevos sorteados: 3 - 5 

O sorteio da + Milionária é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: + Milionária 201

Como a + Milionária tem dois sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 23 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 201. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da + Milionária é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 6,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher de 6 a 12 números dentre as 50 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

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Reação do Agro

"Absurdo", diz governador de MS sobre veto do Carrefour à carne do Mercosul

Eduardo Riedel condena decisão da multinacional francesa e defende a imagem do agronegócio sul-mato-grossense no cenário internacional

21/11/2024 17h23

Eduardo Riedel criticou decisão do Carrefour

Eduardo Riedel criticou decisão do Carrefour Bruno Rezende/Divulgação

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de banir a importação de carnes de países do Mercosul. “Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, esses absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

O comentário foi feito durante o lançamento de uma parceria com a Nuffield, uma organização internacional voltada ao fomento de estudos em outros países. O convênio será firmado por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

A Nuffield tem como foco a agricultura sustentável e promoverá o programa em parceria com a Fundect, a Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O objetivo é fortalecer práticas de agricultura sustentável no Estado. Segundo a organização, a agricultura é a base de um futuro sustentável, e iniciativas como essa ajudam indivíduos a adquirir confiança, conhecimento e a construir redes que aprimoram suas habilidades de liderança. O programa permitirá aos participantes conhecerem as práticas mais inovadoras e modernas em empresas e propriedades rurais de referência global.

“Eu acredito que o Nuffield não é só uma oportunidade de ver e aprender lá fora, mas também de colocar um pouco de Mato Grosso do Sul no mapa do mundo”, afirmou o governador. Ele destacou que, recentemente, recebeu uma comitiva internacional de observadores, que puderam verificar como os agricultores do Estado trabalham. “Eles levaram de volta a percepção muito positiva da nossa atividade, que muitas vezes é diferente da ideia pré-concebida que se tem lá fora”, completou Riedel.

Foi nesse contexto que o governador criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul. “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Esses absurdos comerciais que trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Entenda o caso

Na quarta-feira, dia 20, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixará de comercializar carnes provenientes de países do Mercosul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em uma carta destinada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores (FNSEA), e compartilhada em suas redes sociais, Bompard explicou que a decisão foi motivada pela insatisfação dos agricultores franceses. Eles protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

 

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