Economia

CAGED

Geração de empregos em MS tem o pior novembro da série histórica

Os postos de trabalho foram puxados pelo setor de comércio no Estado e a nível nacional

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A geração de empregos em Mato Grosso do Sul teve o pior resultado do mês de novembro na série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

O resultado divulgado hoje (30) pela pesquisa do Novo Caged mostrou que o mês de novembro de 2025 teve o saldo mais baixo entre todos os meses de novembro desde 2020. Com relação ao ano atual, o saldo foi o menor dos últimos 11 meses. 

Os números são resultado de um registro de 29.173 admissões no Estado durante o mês de novembro e 30.114 desligamentos, gerando um saldo negativo de 941 empregos. 

Ou seja, houveram mais demissões do que contratações no período em Mato Grosso do Sul. 

O resultado reflete uma série de queda nos saldos de empregos no Estado que vem desde julho, última vez que foi registrada uma alta no saldo de acordo com o Caged. 

Nos setores de postos de trabalho, o comércio seguiu no destaque na geração de postos de trabalho, com um saldo positivo de 695 empregos em novembro, um aumento em relação ao mês de outubro. 

Esse crescimento pode ser justificado com o aumento da demanda no setor, impulsionado pelos preparativos para o fim do ano. 

Em seguida, o setor da construção também registrou um saldo positivo, com 31 postos de trabalho criados. 

Os demais setores tiveram resultados negativos. Em serviços, mesmo sendo o setor que mais admitiu novos trabalhadores (10.187),o saldo ficou em -439, sendo o que mais demitiu também (10.626). Na agropecuária e na indústria, o saldo chegou a -614. 

Quanto aos trabalhadores, foram empregados mais mulheres (614) que homens (-1.555), predominantemente com ensino médio completo, na faixa etária até 17 anos, seguido dos jovens entre 18 e 24 anos. A faixa etária dos 30 a 39 anos concentrou o menor número de novos postos de trabalho com um saldo de -620. 

O maior saldo de trabalho foi entre os trabalhadores de serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados (954). 

No acumulado de janeiro a outubro de 2025, já foram admitidos 397.024 trabalhadores e desligados 366.047, gerando um saldo anual de 30.977 novos empregos em 11 meses.

Nacional

Durante o mês de novembro, o Brasil abriu 85,9 mil vagas formais de trabalho de acordo com os dados do Caged. 

O número é fruto de 1,98 milhões de contratações e 1,89 milhões de demissões. 

O número mostra uma queda de 19% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados 106,1 mil empregos com carteira assinada no País. 

Esse é o pior resultado para o mês de novembro desde o início da série do Novo Caged, em 2020. 

No acumulado do ano já foram criados 1,9 milhão de empregos em todo o território brasileiro. 

Mato Grosso do Sul acompanhou a tendência nacional, com dois grupos de trabalho registrando saldo positivo no mês de novembro: o setor do comércio, com 78 mil postos criados; e o de serviços, com 75,1 mil. 

Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os resultados sucessivos de desaquecimento do mercado de trabalho no Brasil são reflexo do impacto da taxa básica de juros elevada, atualmente em 15% ao ano. 
 

Economia

Quatro pessoas já ganharam na Mega da Virada em Mato Grosso do Sul

Concurso especial da Mega Sena sorteará o maior prêmio da história nesta quarta-feira, de R$ 1 bilhão

30/12/2025 15h00

Neste ano, Mega da Virada irá sortear prêmio de R$ 1 bilhão

Neste ano, Mega da Virada irá sortear prêmio de R$ 1 bilhão Foto: Arquivo

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A Mega da Virada sorteia, nesta quarta-feira (31), o maior prêmio da história de qualquer loteria brasileira, de R$ 1 bilhão. O concurso especial é realizado desde 2009 e, ao longo de 17 anos, quatro sul-mato-grossenses ficaram milionários ao acertaram as seis dezenas.

As apostas para a Mega da Virada 2025 foram abertas em novembro.

Conforme dados apurados junto à Caixa Econômica Federal, os prêmios somados dos ganhadores de Mato Grosso do Sul na Mega da Virada totalizam pouco mais de R$ 54,2 milhões.

Este valor é referente apenas os ganhadores do prêmio principal, mas há ainda milhares que acertaram a quadra e a quina e também garantiram algum dinheiro, porém de menor valor.

No primeiro ano de realização, em 2008, o concurso se chamou Mega-Sena especial de final de ano e não teve ganhadores na sena. A partir de 2009, houve reformulação, já com o Nome de Mega da Virada, onde o prêmio não acumula e há pagamento mesmo que ninguém acerte a sena.

Nos oito primeiros anos da Mega da Virada, de 2008 a 2015, não houve acertadores do Estado para as seis dezenas. 

Já em 2016, no concurso 1890, houve o primeiro milionário do concurso especial no Estado, sendo um apostador de Campo Grande, que dividiu o prêmio com outros cinco apostadores no País. Cada um levou para casa o prêmio de R$ 36.824.758,22.

No ano seguinte, em 2017, novamente não houve sul-mato-grossenses entre os ganhadores.

Em 2018, porém, a sorte estava com três moradores de Mato Grosso do Sul, que levaram, cada um, o prêmio de R$ 5.818.007,36. O prêmio individual foi menor porque, neste concurso, 52 pessoas acertaram a sena e tiveram que dividir a bolada.

Nos cinco anos seguintes, até 2023, não houve mais acertadores da sena no Estado.

Em 2024, a Mega da Virada sorteou o maior prêmio da história do concurso especial até então, de R$ 588,9 milhões. Dezessete apostadores de Mato Grosso do Sul ficaram no "quase" e acertaram cinco, das seis dezenas, com prêmio de R$ 70.083,58 para cada.

No ano passado, não houve ganhadores de MS para o prêmio principal.

Como jogar e probabilidades

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha). 

No caso da Mega da Virada, caso não haja acertador das seis dezenas, o valor é dividido para quem acerta cinco dezenas. O prêmio não acumula.

A aposta mínima é de 6 números e o valor é de R$ 6.

Quanto mais números você marcar, maior a chance de acertar, porém, o valor aumenta conforme a quantidade de números marcados. O máximo permitido são 20 dezenas, mas para esta quantia de números, o custo é de R$ 232,5 mil a aposta.

Conforme a Caixa Econômica Federal, a probabilidade de acertar os seis números é de uma em 50.063.860, com um jogo simples de 6 dezenas.

Os sorteios da Mega-Sena são realizados três vezes por semana, às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de Brasília). 

Já o concurso especial da Mega da Virada ocorre uma vez por ano, com sorteio sempre no dia 31 de dezembro.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).

EM UM ANO

Consórcio ganha força em MS e cresce 31%

Alta da taxa Selic freia financiamentos imobiliários e planejamento via consórcio avança em Mato Grosso do Sul

30/12/2025 08h40

 Ao todo, os créditos comercializados para imóveis somaram R$ 26.715.734.712,00

Ao todo, os créditos comercializados para imóveis somaram R$ 26.715.734.712,00 Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Diante do cenário de crédito em firme crescimento no País, o consórcio segue como alternativa na hora de adquirir um imóvel. Dados da Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (Abac) apontam que em Mato Grosso do Sul aumentou em 31% o número de participantes da modalidade neste ano.

Ainda conforme o último boletim da Abac, no comparativo entre novembro deste ano e o mesmo mês de 2024, houve um aumento de 35,1% somente nos participantes ativos em nível nacional.

“O consórcio cresce porque se consolidou como uma ferramenta de planejamento financeiro, e não apenas como alternativa ao crédito caro”, pontua Leonardo Aires, gerente de Desenvolvimento de Negócios do Sicredi.

Em MS, na comparação do primeiro semestre deste ano com o de 2024, uma alta também é registrada, com um crescimento de 31% no número de participantes. Foram 216.762 participantes ativos neste ano, consorciados em grupos em andamento, contemplados ou não, apenas na contagem do primeiro semestre, no ano passado, o número era de 165.467.

No País, foram 2.831.295 participantes ativos em novembro deste ano, ante 2.095.395 em 2024. Ao todo, os créditos comercializados para imóveis somaram R$ 26.715.734.712,00.

“Os juros elevados certamente aceleraram esse movimento, mas não são o único fator. O consumidor passou a comparar custo total, previsibilidade e impacto no orçamento”, acrescenta o analista.

“Além disso, houve evolução na transparência, na regulação e na forma como as instituições apresentam o produto. Hoje, o consórcio é visto como uma solução estratégica de médio e longo prazo, especialmente em um cenário de instabilidade econômica”, complementa.

Aires ainda ressalta uma mudança no comportamento do comprador de uma forma estrutural. “Há uma combinação de fatores. O consumidor está mais informado, tem acesso a simulações, conteúdos digitais e orientação especializada. Ao mesmo tempo, existe uma mudança comportamental: as pessoas passaram a valorizar planejamento e sustentabilidade financeira, evitando decisões impulsivas. O consórcio deixou de ser visto como algo distante ou demorado e passou a ser entendido como uma escolha consciente, alinhada a objetivos claros, como comprar um imóvel, trocar de carro ou investir em patrimônio”, explica.

 Ao todo, os créditos comercializados para imóveis somaram R$ 26.715.734.712,00

Na mesma linha, Cleber Gomes, CEO da Maestria, empresa especializada em consórcio e produtos financeiros, também afirma que esse modelo deixou de ser apenas uma “opção complementar” e passou a ser protagonista para quem quer adquirir a casa própria sem comprometer todo o orçamento.

“O consórcio se tornou a forma mais inteligente de planejar a compra de um imóvel no médio prazo. Ele combina disciplina financeira, previsibilidade e poder de compra sem juros, algo que o brasileiro valoriza cada vez mais”, opina.

Conforme já publicou o Correio do Estado, o mercado imobiliário de Mato Grosso do Sul registrou retração no volume de financiamentos habitacionais com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) neste ano.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostraram que, entre janeiro e junho, foram financiadas 2.069 unidades no Estado, somando R$ 698,5 milhões. O montante representa queda de 23,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando os financiamentos chegaram a R$ 914,9 milhões.

DICAS

Por se tratar de um planejamento a longo prazo, o especialista indica alguns caminhos possíveis para realizar o sonho da casa própria no próximo ano, incluindo o consórcio como ferramenta: contemplação por sorteio, por lance, utilizando o FGTS como vantagem e se atentar à variedade na hora da escolha com a carta crédito.

No modelo de contemplação por sorteio, o participante faz parte de um grupo de pessoas com o mesmo objetivo e todos contribuem mensalmente. A cada mês, um ou mais integrantes são contemplados por sorteio ou lance, e isso dá direito a uma carta de crédito, que possibilita a compra.

“Essa é a opção ideal para quem pode esperar um pouco mais. Muitos clientes iniciam o consórcio com o objetivo de serem sorteados ao longo do tempo. Vale lembrar que quanto mais participantes, maior a chance ao longo dos meses”, detalha Gomes.

Já para quem tem uma folga financeira maior, dar lances permite antecipar o acesso à carta de crédito. “O cliente pode usar economias próprias, FGTS ou até o lance embutido como estratégia para ser contemplado rapidamente. Essa flexibilidade transforma o consórcio em uma ferramenta poderosa para quem não quer esperar”, destaca. Algumas administradoras inclusive também oferecem modalidades de fazer ofertas de forma fixa ou livre, ampliando as possibilidades para o consumidor.

Os especialistas reforçam que a possibilidade de integrar o FGTS é fator que acelera a aquisição do imóvel. O fundo pode ser usado para dar lance, complementar o valor do imóvel ou amortizar o saldo devedor.

“O FGTS é decisivo quando o objetivo é acelerar a contemplação ou complementar o poder de compra. Ele pode ser usado como lance ou para amortizar saldo após a contemplação, reduzindo parcelas ou prazo. Para famílias que já têm o fundo acumulado, isso representa um ganho enorme, pois permite antecipar a aquisição do imóvel sem recorrer a financiamento caro, tornando o consórcio ainda mais eficiente”, explica Aires.

Por fim, a carta de crédito do consórcio permite comprar diversos tipos de imóveis, o que amplia o leque de oportunidades para o consumidor no próximo ano. “Ela pode ser usada para casa, apartamento, lote, imóvel comercial e até para construção ou reforma. Essa versatilidade é um dos grandes diferenciais dessa modalidade de compra”, reforça Gomes.

“O brasileiro está mais consciente financeiramente e percebeu que o consórcio não é apenas comprar parcelado, mas sim ter a chance de negociar melhor e fugir de juros altos. Em 2026, quem se planejar vai conseguir excelentes oportunidades no mercado imobiliário”, conclui.

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