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Governo de MS prefere que Petrobras conclua a UFN3

A estatal anunciou a interrupção do processo de venda da fábrica de fertilizantes nesta semana; a tendência é que a indústria seja finalizada pela própria empresa

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A venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), fábrica de fertilizantes localizada em Três Lagoas, foi interrompida novamente.

Na noite de terça-feira, a Petrobras anunciou o fim do processo de comercialização da indústria. A expectativa do governo de Mato Grosso do Sul é de que a petrolífera conclua as obras. 

“A Petrobras avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027 vigente, e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio”, explicou a estatal, em nota.

O governador Eduardo Riedel (PSDB) disse em coletiva realizada na noite de ontem que aguarda a posição da estatal em relação à conclusão da unidade. E que a preferência é que a Petrobras conclua as obras da fábrica.

“Estamos crendo, e é um desejo nosso, que a Petrobras assuma a obra para concluir a UFN3 e, depois, decida se vai vender ou operar o ativo. O mais importante para o Estado é que a fábrica seja concluída e opere para gerar produção de fertilizantes e emprego. O indicativo da Petrobras hoje é de que eles vão concluir”, afirmou Riedel. 

FUTURO

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, disse que o governador tratará do futuro da unidade em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será realizada amanhã.

“O governador vai tratar desse assunto na reunião que terá com o presidente Lula nos próximos dias. Além disso, temos como parceiros nesse pleito o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que já se posicionou [indicando] que o governo federal concluirá suas fábricas de fertilizantes e que considera UFN3 fundamental para o plano nacional do setor. Além disso, também temos o apoio irrestrito da ministra do Planejamento, Simone Tebet”, disse.

O secretário concorda com o governador de Mato Grosso do Sul sobre a conclusão ser realizada pela estatal.

“Já tem um compromisso de o presidente da Petrobras e o [Geraldo] Alckmin virem para cá para conhecer o projeto da UFN3. A minha opinião é: como o Lula tem dado uma sinalização pró-estatização, acho que o caminho hoje é a Petrobras terminar a fábrica. E se eles resolverem privatizar, o processo vai recomeçar tudo de novo”, avaliou Verruck. 

Conforme adiantou o Correio do Estado na edição de 19 de janeiro, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, sinalizou que a Petrobras deve retomar a construção das três unidades de fertilizantes que estão paralisadas desde o início da década passada.

Entre elas, a fábrica de Três Lagoas, cuja obra foi paralisada em 2014, com 81% dos trabalhos concluídos. 

“Tem um plano nacional de fertilizantes que nós vamos dar continuidade. O presidente Lula já determinou ao meu colega ministro de Minas e Energia que um dos programas que a Petrobras tem de participar é a continuidade de plantas de produção de nitrogenados que já estavam começadas e foram paralisadas, as três que faltam”, disse Fávaro em entrevista ao Globo.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse em entrevista ao Correio do Estado que os rumos da UFN3 ficarão mais claros depois de fevereiro, quando ocorrerá a mudança na presidência da Petrobras. Há a expectativa de que o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo presidente Lula para presidir a empresa, seja aprovado pelo conselho de administração. 

HISTÓRICO

A unidade localizada em Três Lagoas começou a ser construída em 2011. A fábrica integrava um consórcio composto por Galvão Engenharia, Sinopec (estatal chinesa) e Petrobras. Quando foi lançada, a planta estava orçada em R$ 3,9 bilhões.

Os responsáveis pela Galvão foram envolvidos em denúncias de corrupção durante a Operação Lava Jato e, com isso, as obras foram paralisadas. A Petrobras absorveu todo o empreendimento desde então.

Quando as obras foram paralisadas em dezembro de 2014, a estrutura da indústria estava 81% concluída. 
Já o processo de venda da UFN3 teve início em 2018, em conjunto com a Araucária Nitrogenados (Ansa), fábrica localizada na Região Metropolitana de Curitiba (PR). A comercialização das duas plantas em um único pacote inviabilizou a concretização do negócio. 

Em 2019, a gigante russa de fertilizantes Acron havia fechado acordo para a compra da unidade fabril. O principal motivo para que o contrato não fosse firmado na época foi a crise boliviana, que culminou na queda do ex-presidente Evo Morales. 

No ano seguinte, em fevereiro, a Petrobras lançou nova oportunidade de venda da UFN3. Dessa vez, a estatal ofereceu ao mercado a unidade de forma individual. As tratativas só foram retomadas no início de 2022, com o mesmo grupo russo.

Em 28 de abril de 2022, a Petrobras anunciou em comunicado ao mercado que a transação de venda da fábrica para o grupo russo Acron não foi concluída.

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição publicada em 21 de fevereiro de 2022, o plano do grupo era “rebaixar” a unidade a uma misturadora, e não manter o projeto original de produzir fertilizantes.

No mês de junho, a Petrobras relançou a venda da fábrica ao mercado e a ideia era que o processo fosse finalizado até novembro de 2022. 

A unidade foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural para fazer a separação e transformar em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.

O empreendimento passou a ser estratégico para ajudar a suprir a demanda por fertilizantes no País. E principalmente para trazer desenvolvimento para o Estado. 

A ministra Simone Tebet, que é sul-mato-grossense e já foi prefeita de Três Lagoas e, por isso, conhece bem o histórico da unidade, falou ao Correio do Estado sobre a importância da unidade.

“Essa é uma fábrica estratégica para o governo federal e para o Brasil porque ela sozinha tem a capacidade de dobrar a produção de fertilizantes nitrogenados. O Brasil está cada vez mais dependente de fertilizantes no mundo”, lembrou. 

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Em crise, Santa Casa parcela 13º salário de servidores em três vezes

Décimo terceiro será pago em janeiro, fevereiro e março de 2026

20/12/2025 08h25

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS Gerson Oliveira

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Hospital Santa Casa deixou de pagar o 13º salário integral dos servidores em dezembro. A partir disso, prometeu realizar o pagamento em três parcelas: janeiro, fevereiro e março, o que gerou revolta entre os funcionários.

De acordo com a lei, o 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro.

Anteriormente, o Governo de Mato Grosso do Sul aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos do Estado.

Mas, conforme repassado pela assessoria de imprensa do hospital, informou que neste ano não haverá o repasse integral em dezembro, mas sim parcelado em três vezes nos primeiros meses de 2026.

Confira a nota divulgada pela Santa Casa:

"A Santa Casa informa que em anos anteriores o Governo do Estado aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos de MS. Neste ano informou que não haverá o repasse e o Secretario de Saúde, Dr. Mauricio Simões, informou à Federação das Filantrópicas (FHEBESUL) que fará o repasse em três parcelas nos meses de janeiro, fevereiro e março. A Santa Casa transmitiu a informação aos sindicatos e seguirá buscando outros meios para solucionar a questão, mas até o momento sem precisão".

O Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo de MS para saber o porquê o pagamento não pode ser feito em parcela única, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

Os funcionários estão revoltados, inclusive alguns cogitam entrar em greve, como os enfermeiros.

CRISE FINANCEIRA

A Santa Casa está em crise financeira há anos. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Santa Casa gasta por mês R$ 1 milhão a mais do que recebe.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre governo federal, Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, o hospital alega que o valor não seria suficiente para suportar a demanda atual da unidade de saúde, além de não sofrer reajuste desde 2023.

Sem a solução com o poder público, a instituição foi à Justiça pedir que, caso a renovação fosse feita, o repasse mensal precisaria ser corrigido para R$ 45,9 milhões (R$ 550,8 milhões por ano), além da recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem aumento.

Segundo documento que o Correio do Estado obteve com exclusividade, o hospital tinha um teto de R$ 46.907.889,12 para ser gasto em 2024 com internações de alta complexidade – serviços e procedimentos que exigem alta tecnologia, alto custo e infraestrutura especializada.

Porém, a entidade ultrapassou em cerca de R$ 2,5 milhões deste montante, o que resultou em um gasto operacional de R$ 49.484.607,38.

No balanço mês a mês, apenas em setembro a Santa Casa conseguiu operar as internações de alta complexidade dentro do teto, com R$ 3.825.922,38, menos de R$ 100 mil abaixo do limite mensal (R$ 3.908.990,76).

Por outro lado, outubro, segundo as informações do hospital, foi o pior mês, com gasto que chegou a R$ 4,6 milhões. Na média mensal, a instituição operou R$ 214,7 mil a mais do que o estipulado pelo teto.

De acordo com relatório anual divulgado pelo hospital em março deste ano, 2024 fechou com prejuízo de R$ 98,3 milhões, bem distinto do apresentado em 2023, quando fechou com superavit de R$ 27,5 milhões.

Ao longo dos anos, o deficit acumulado da Santa Casa soma R$ 514,8 milhões. Outro fator que ajuda a explicar a conta fechando no vermelho são os constantes empréstimos que a instituição faz.

No mesmo relatório é possível constatar que o hospital ainda teria que pagar R$ 256.916.856,00 por causa de empréstimos e financiamentos, desses R$ 16.141.304,00 em circulantes (12 meses, considerado curto prazo no mundo financeiro) e R$ 240.775.552,00 em não circulantes (longo prazo).

Em relação ao repasse financeiro, 56% (R$ 18,3 milhões) é de responsabilidade do Governo Federal. Os outros 44% são oriundos do Estado (R$ 9 milhões) e do Município (R$ 5,2 milhões).

13º SALÁRIO

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

Em 2025, como o dia 30 caiu num domingo, o prazo final para depósito foi antecipado para a sexta-feira, 28 de novembro.

A segunda parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro. Em 2025, o prazo final para o depósito é 19 de dezembro, sexta-feira.

Veja quem tem direito ao 13º:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT)
  • Trabalhadores domésticos
  • Aposentados e pensionistas do INSS (em 2025, as parcelas para este grupo foram antecipadas para os meses de abril e maio)
  • Trabalhadores afastados por auxílio-doença ou licença-maternidade (recebem valor proporcional)

A empresta/órgão/instituição que deixa de pagar o décimo terceiro dentro do prazo comete uma infração trabalhista e fica sujeita a diversas penalidades, como:

  • Multas Administrativas: A empresa pode ser autuada pelo Ministério do Trabalho, com multa aproximada de R$ 170,25 por empregado prejudicado. O valor pode dobrar em caso de reincidência.
  • Correção e Juros: O pagamento em atraso deve ser feito com correção monetária e juros, conforme previsto na Súmula 381 do TST.

LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 787, sexta-feira (19/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 787 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 700 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 1 aposta ganhadora, R$ 20.680,91
  • 5 acertos - 21 apostas ganhadoras, R$ 1.406,86
  • 4 acertos - 363 apostas ganhadoras, R$ 81,38
  • 3 acertos - 3.569 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 787 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 9
  • Coluna 3: 2
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 7
  • Coluna 6: 0
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 788

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 22 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 788. O valor da premiação está estimado em R$ 800 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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