Economia

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"Greve geral" bolsonarista quer fechar comércio, agro e transportadoras

Listas que correm pelo Whatsapp colocam empresas dos três setores como apoiadoras de atos que pedem intervenção militar

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Apesar de terem perdido força no final da última semana, apoiadores bolsonaristas seguem se movimentando nas redes sociais para contestar o resultado das urnas. 
Listas que correm pelo Whatsapp colocam empresas de três setores como apoiadoras de atos que pedem intervenção militar, com a convocação de uma "greve geral” para esta segunda-feira (07). 

De acordo com a lista que a reportagem teve acesso, transportadoras e empresas ligadas ao agronegócio compõem o rol de estabelecimentos que devem fechar as portas e aderir aos movimentos considerados antidemocráticos. 
Com a mensagem de “apoio à pátria", os bolsonaristas devem se reunir em frente a quartéis no interior do Estado e em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, pedindo que as forças militares assumam o comando do país, deposição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), recontagem dos votos, entre outras medidas contrárias à democracia. 

Empresários que não quiseram se identificar disseram que o movimento tem a característica de adesão de empresas mais ricas, com condições de fechar as portas e ter impacto menor nos resultados. 
“Nós que somos menores e do comércio não podemos parar, não dá para se dar ao luxo de fechar a porta”, comentou um comerciante que se diz preocupado com abordagens de clientes. 

Ele comentou que vários clientes questionam a adesão dele para terem ideia do posicionamento político do empreendedor. “Tenho amigos que estão na lista de boicote e nem deveriam estar lá porque nem sequer falam de política. É um momento muito perigoso de exposição, não posto mais nada na rede social”, desabafou. 

Segundo o presidente da  Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL-CG), Adelaido Vila, esse movimento é notado pela entidade. “Existem muitas pessoas que estão se sentindo pressionadas a participar de alguns movimentos com medo de ter o seu estabelecimento sabotado. Tem um grupo de radicais que está desenvolvendo listas e mais listas para sabotar empresas que não se envolvem nos movimentos que eles promovem”, relata. 

Durante a semana, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) disse não saber a origem da lista de boicote, e considerou a atitude prejudicial para o ambiente de negócios em Campo Grande. “[A ACICG] repudia esse tipo de retaliação ou qualquer outra forma de boicote motivado por questões políticas”, declarou em nota. 

No decorrer da primeira semana após o encerramento das eleições, os movimentos que contestavam a vitória do presidente eleito Lula cresceram em tamanho, fecharam rodovias e causaram transtornos para o comércio da cidade, como já mostramos na edição do Correio do Estado da sexta-feira (04), com a falta de hortifrútis é possível escalada da inflação dos alimentos. 


O que dizem as entidades?

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL-CG) foi a mais ressonante na manifestação. “Estamos acompanhando de perto e até agora a gente não está vendo grandes adesões para esse movimento”, comentou Adelaido Vila. 
Ele ressalta o impacto que qualquer dia parado causa para os comerciários. “Isso gera prejuízo e na hora de fechar o mês isso prejudica bastante. A gente acaba não tendo o desempenho que poderia ter”, declarou. 

Adelaido Vila deixou claro que todos têm liberdade de ir e vir e de querer se manifestar ou não. “Então quem decide ou por uma coisa ou por outra ele não pode ser penalizado. A entidade é apartidária, e a nossa bandeira é o varejo. Nós estamos aqui para defender as cores do nosso varejo”, finalizou. 

De forma mais comedida, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) informou que também está ciente sobre a possibilidade de fechamento de empresas na Capital.  
“Em respeito à liberdade de manifestação, a entidade entende que aderir ou não ao movimento é uma decisão individual de cada empresário”, declarou. 

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) declarou total apoio aos protestos antidemocráticos, seguindo a tendência do setor. Inclusive liberou os colaboradores de expediente na segunda-feira para aderir ao movimento. 
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), entidade na qual a Famasul é membro, reconheceu o resultado nas urnas somente na última terça-feira (1º), o comunicado saiu quase concomitante ao primeiro pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre o pleito. 

O Correio do Estado tentou contato com o Sindicato de Empresas do Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), mas não obteve resposta sobre a presença das transportadoras na lista de convocação dos atos antidemocráticos. 

Na última segunda-feira (31), Cláudio Cavol, diretor-presidente do Setlog-MS, conversou com o jornal e classificou as manifestações como espontâneas naquela ocasião. Sobre a participação de empresas do setor e profissionais de Mato Grosso do Sul, Cavol assegurou que nenhum deles eram da região.

“Esses caminhoneiros não são de MS nem de Campo Grande, são pessoas que passavam por aqui e não concordaram com o resultado da eleição”, justificou. 

Claudio Cavol adiantou que a posição do sindicato é de cumprimento da legislação. “Concordando ou não com o resultado, esperamos que o atual governo privilegie a classe produtiva e os trabalhadores, para que como uma só nação possamos trabalhar para crescer”, declarou defendendo a democracia. 
 

Pesquisa

Seis a cada 10 idosos de MS estão endividados, aponta Serasa

O Estado ocupa o 5º lugar entre os maiores inadimplentes do País. Além disso, cresce, também, o número de golpes simulando falsas negociações das dívidas

07/12/2025 09h15

De acordo com o IBGE, 391,1 mil pessoas em MS tinham mais de 60 anos em 2022

De acordo com o IBGE, 391,1 mil pessoas em MS tinham mais de 60 anos em 2022 Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Em outubro de 2025, Mato Grosso do Sul somou 234.332 pessoas acima de 60 anos com dívidas, segundo levantamento da Serasa informado ao Correio do Estado. 

Esse número representa aproximadamente 60% (59,91) do número total dos idosos do Estado que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, era de 391,1 mil em 2022. 

Ou seja, a cada 10 idosos, 6 possuem dívidas em aberto na praça. 

A estatística segue um padrão nacional de endividamento. Segundo o levantamento do mês de outubro realizado pela Serasa, 15.453.776 pessoas acima de 60 anos estão inadimplentes, o que representa 19,7% da população brasileira. 

Esse aumento da inadimplência entre idosos é explicado por especialistas como uma combinação de fatores: renda fixa insuficiente diante da inflação, ofertas de crédito com juros altos direcionados a aposentados, cobranças por serviços e associações sem transparência e perdas financeiras provocadas por golpes. 

Além disso, o endividamento nessa faixa etária pode agravar quadros de ansiedade e depressão, já que a categoria já enfrenta uma maior vulnerabilidade social. 

Paralelamente à inadimplência, a Serasa também apontou um crescimento no número de golpes e tentativas de fraudes contra as pessoas mais velhas. 

Uma pesquisa da instituição em parceria com a Silverguard e o Instituto Opinion Box mostra que 4 em cada 10 idosos já foram vítimas de golpes financeiros no Brasil. Destes, quase metade já sofreu, pelo menos, uma tentativa recente de fraude. 

Segundo o estudo, entre os que já foram vítimas, 40% passaram por mais de um golpe e 80% registraram perdas financeiras em que, em mais da metade dos casos, foram acima de R$ 1.000. 

Os danos, porém, vão além do prejuízo monetário. Os entrevistados relataram frustração (29%), raiva (25%), medo (19%), vergonha (11%) e impactos na saúde como ansiedade e insônia (16%). 

Mesmo aqueles que não caíram em algum golpe ou não chegaram a perder dinheiro relatam mudança de hábitos: 57% deixaram de cadastrar cartão em sites pouco conhecidos e 49% evitam abrir links, mesmo enviados por familiares.

O aumento no número de golpes foi observado em períodos onde são realizadas campanhas para limpar o nome, como foi o caso do Feirão Limpa Nome da Serasa no mês de novembro. 

Segundo a fundadora e CEO da Silverguard, Marcia Netto, a abordagem dos golpistas se assemelha com as propostas reais de negociação, se utilizando de vários canais como e-mail (45%), WhatsApp (21%), anúncios em sites e aplicativos (11%), redes sociais (9%), apps de busca (5%) e SMS (2%). 

"Criminosos se aproveitam do período do Feirão para copiar a linguagem da Serasa e usar urgência como ferramenta de persuasão, induzindo o consumidor mais vulnerável ao erro. Eles sabem que muitos brasileiros estão buscando acordos e tentam mascarar sinais claros de fraude com ofertas irresistíveis e links enganosos", afirma Marcia. 

O modo de atuação é quase sempre o mesmo. Os golpistas iniciam o contato oferecendo supostos "descontos exclusivos" válidos por tempo limitado e enviam links que direcionam o consumidor para páginas falsas ou números de atendimento que simulam equipes oficiais.

Nessas conversas, solicitam dados pessoais e enviam boletos adulterados ou chaves Pix falsas. Após o pagamento, o contato é encerrado e a dívida permanece ativa, já que nada foi negociado pelos canais oficiais.

Como fugir de golpes

A Serasa reforça que os únicos canais oficiais para negociação de dívidas são:  

  • Site oficial - www.serasa.com.br;
  • WhatsApp oficial - (11) 99575-2096;
  • Aplicativos para Android e para iOS. 

"Alguns sinais devem acender o alerta aos consumidores. Nós nunca solicitamos depósitos para contas de pessoas físicas e não cobramos taxas antecipadas para liberar descontos", reforça Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

 "Na dúvida, não clique em links suspeitos e não compartilhe seus dados sem checar os canais oficiais e selos de verificação nas redes sociais".

Diante do cenário, a empresa passa a disponibilizar a Central Serasa no SOS Golpe, em parceria com a Silverguard. 

A ferramenta permite que vítimas formalizem uma denúncia completa em poucos minutos, enquanto aciona imediatamente o banco recebedor para solicitar o bloqueio preventivo do valor. 

Além disso, consumidores com mais de 60 anos entram automaticamente em uma fila prioritária, e as instituições financeiras recebem alertas específicos quando se trata de vítimas idosas. 

O atendimento funciona para qualquer golpe financeiro, mesmo aqueles que não envolvem diretamente a Serasa. 

"Não prometemos o dinheiro de volta, mas aumentamos as chances de recuperação com a velocidade e a qualificação do dossiê que enviamos gratuitamente para a instituição de destino. Ao mesmo tempo, com a Central SOS Golpe, garantimos uma jornada mais digna e empática para vítimas de golpes de engenharia social, que muitas vezes se sentem perdidas e envergonhadas", finaliza Márcia Netto.

Endividamento

Ao todo, o Brasil acumulou 80,4 milhões de endividados no mês de outubro, um crescimento de 1,62% em comparação ao mês de setembro, aponta a Serasa. 

O valor médio de dívidas por pessoa foi de R$ 6.330,16, um aumento de 0,88%. O acumulado de dívidas também cresceu, chegando a 321 milhões que, somadas, totalizam por volta de R$ 509 bilhões. 

Em outubro, a taxa de brasileiros inadimplentes foi a maior registrada desde 2023, vindo de uma crescente desde o início de 2025, crescendo 5,8 pontos percentuais desde o mês de janeiro, quando registrou 74,6% de inadimplentes no País. 

Entre os estados, Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar no ranking nacional, com 57,19% da população com dívidas. 

As maiores causas de endividamento em outubro foram os bancos e cartões de crédito (26,6%), contas básicas como água, luz e gás (21,6%), financeiras (19,9%) e serviços (11,7%). 
 

Loteria

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1149, sábado (06/12); veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

07/12/2025 07h33

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1149 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 6 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 150 mil. 

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 39 apostas ganhadoras, R$ 2.119,95
  • 5 acertos - 1.304 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 15.215 apostas ganhadoras, R$ 5,00

Mês da Sorte: Fevereiro - 48.271 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1149 são:

  • 30, 09, 01, 10, 17, 27 e 22
  • Mês da sorte: 02 (FEVEREIRO)

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1150

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 9 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1150. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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