Economia

mercado imobiliário

Imóveis em Campo Grande são mais caros que nas melhores praias do País

Pesquisa aponta que casas nos mesmos moldes chegam a custar R$ 5,5 milhões na Capital e R$ 3,4 milhões em praia de Florianópolis

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O aumento do custo do metro quadrado de imóveis residenciais deixou propriedades em Campo Grande com valores superiores aos de imóveis localizados em regiões litorâneas do País.

Levantamento do Correio do Estado em plataformas de venda de imóveis aponta que uma casa nos mesmos moldes custa R$ 5,5 milhões em bairro da Capital e R$ 3,4 milhões na Praia de Jurerê, em Florianópolis (SC).

A reportagem usou como base os preços anunciados no Zap Imóveis e no Viva Real e propriedades com os mesmos padrões. Um apartamento com 123 m² no Bairro Vivendas do Bosque é anunciado por R$ 1,650 milhão, enquanto em Jurerê, a poucos metros da praia, um imóvel com 120 m² é comercializado por R$ 1,690 milhão. 

Outro exemplo é um apartamento com 136 m² localizado no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande, ofertado ao mercado por R$ 1,690 milhão. Por um pouco menos, R$ 1,650 milhão, é possível adquirir um imóvel com 145 m² na Praia da Pajuçara, em Maceió (AL) ou, ainda, com R$ 1,360 milhão, pode-se comprar um apartamento com 181 m² em Cabo Branco, em João Pessoa (PB).

Já em relação às casas, os custos são mais elevados. Em um condomínio no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, uma residência nova com 349 m² custa R$ 5,250 milhões, enquanto um imóvel com 512 m² em condomínio localizado na Praia de Jurerê custa R$ 4,950 milhões. 

Residência com 395 m² no Chácara Cachoeira é comercializada a R$ 5,500 milhões, e uma com 480 m² em Florianópolis é vendida a R$ 3,440 milhões. 

A corretora Digiany Godoy, do escritório Itamar Godoy, aponta que há uma discrepância entre os valores praticados em Campo Grande e em outras cidades do País. “Essa valorização não é compatível com a economia de uma forma geral, com o poder de compra e nem com a oferta de crédito”, pondera. 

METRO QUADRADO

Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), por meio do índice FipeZap, corrobora com a perspectiva de que os preços em Campo Grande estão acima dos de cidades litorâneas.

O custo médio do metro quadrado na capital sul-mato-grossense é de R$ 5.700, enquanto na Praia Grande, cidade litorânea do estado de São Paulo, o valor médio é de R$ 5.455, uma diferença porcentual de 4,49% entre os preços.

Considerando as regiões, os preços da Capital se aproximam de bairros à beira-mar em destinos bem conceituados. O metro quadrado na região Prosa (que inclui Chácara Cachoeira e Carandá) custa R$ 8.350, em média. 

Nas praias de Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa, o metro quadrado custa R$ 7.667. Em Jatiúca e Ponta Verde, em Maceió, o custo do metro quadrado é de R$ 8.930 e R$ 8.850, respectivamente.

Com valores similares aos da Capital, destacam-se locais como o bairro litorâneo da Barra, em Salvador (BA), com custo médio por metro quadrado de R$ 8.361. 

Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Mato Grosso do Sul (Creci-MS), Eli Rodrigues, a alta dos preços do metro quadrado não é percebida como um aspecto negativo para o setor.

“O mercado imobiliário segue com o movimento dentro da normalidade, em estabilidade. A valorização dos imóveis condiz com a realidade. O aumento do custo de construção tem sido repassado ao consumidor final, como altas de materiais e da mão de obra, além da própria valorização do local em razão do desenvolvimento”, diz Rodrigues.

VERTICALIZAÇÃO

Os imóveis voltados para moradia em edifícios têm se destacado em Campo Grande nos últimos anos. Com uma série de canteiros de obras espalhados pela cidade, os negócios aparentemente não sofrem com os preços e os juros elevados em uma economia ainda em recuperação.

Ao Correio do Estado, o diretor da Plaenge, Édison Holzmann, afirma que a valorização do metro quadrado é uma situação neutra para o mercado. 

“Isso é uma consequência que ainda estamos sofrendo do grande aumento de custos que a construção civil experimentou no pós-pandemia. Enxergamos como uma acomodação do mercado”, relata.

Contrapondo-se à visão mais otimista, corretora há mais de uma década, Digiany ressalta que tem percebido uma preferência por condomínios verticais, mas, segundo ela, o momento não é o mais favorável para vendas. “Estamos vivendo uma visível baixa de mercado, comparada a outros momentos”, afirma.

Quando o assunto são os imóveis comercializados ainda na planta, a profissional do mercado imobiliário analisa negativamente a opção. “Se a conta for feita na ponta do lápis, chegaremos à conclusão que está mais caro comprar, e isso pode levar a aumentos também nas rescisões”.

LEVANTAMENTO

O índice FipeZap ainda aponta que, em 48 das 50 cidades pesquisadas pelo índice, Campo Grande aparece com valorização porcentual de 9,09% neste ano, ficando atrás somente de Maceió (11,23%).

Na análise dos últimos 12 meses até agosto, 49 das 50 cidades monitoradas registraram aumentos nos preços em suas respectivas localidades, e Campo Grande aparece com aumento de 15,35%, atrás de Maceió, com 17,58%, e Goiânia, com 15,45%.

O relatório ainda traz o retrospecto de variação do índice anual que mede o preço médio de venda de imóveis residenciais dos últimos cinco anos, no qual Campo Grande aparece com substancial valorização, com exceção ao ano de 2019, quando os valores médios do metro quadrado no município apresentaram queda de 1,40%. 

Em 2020, o aumento registrado na pesquisa foi de 5,91%, em 2021, de 5,97% e, em 2022, de 14,03%, quase o triplo do ano imediatamente anterior. Neste ano, o metro quadrado já regista aumento acumulado de 15,35%.

Digiany ressalta que o aumento do valor do metro quadrado superou a inflação nos últimos anos. “Isso reflete, em um primeiro momento, em redução de compra e pode levar a uma economia improdutiva, já que o consumidor fica menos disposto a investir”, explica a corretora.

DESENVOLVIMENTO

MS mira abertura de novos mercados com certificação internacional para a pecuária

Status de livre de febre aftosa sem vacinação deve ser conquistado em maio e, além da bovinocultura, também beneficiará a suinocultura

17/01/2025 08h30

A última vacinação do rebanho de Mato Grosso do Sul foi realizada em novembro de 2022

A última vacinação do rebanho de Mato Grosso do Sul foi realizada em novembro de 2022 Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A certificação de Mato Grosso do Sul como estado livre de febre aftosa sem vacinação promete transformar o setor produtivo local e abrir novas possibilidades para exportações. Reconhecido nacionalmente e de forma oficial pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no dia 25 de março de 2024, o Estado aguarda para maio o reconhecimento internacional pela Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa).

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semadesc), Jaime Verruck, afirmou que MS cumpre rigorosamente os processos exigidos e que a certificação trará uma posição privilegiada de destaque no mercado internacional.

A maior vantagem é a ampliação de mercados para a carne bovina, mas a mudança se estende a outros setores da pecuária. Verruck destaca que, ao alcançar esse status, MS pode abrir novos mercados para carnes suínas, por exemplo, especialmente em países com exigências rigorosas de saúde sanitária, como o Japão.

“Porque a gente olha muito a bovinocultura que ficará sem a vacina, mas imediatamente, você muda o padrão da suinocultura de Mato Grosso do Sul. Hoje, Santa Catarina é o único estado que exporta para o Japão. No momento em que o Estado também for reconhecido como livre de aftosa, poderemos conquistar esse mercado. Então a gente muda não só a cadeia produtiva da carne bovina, mas das outras carnes também”, explica.

Verruck afirma que a jornada para alcançar a certificação foi um processo complexo, envolvendo a implementação de um sistema rigoroso de vigilância e a preparação das estruturas necessárias para garantir a segurança do rebanho sem a necessidade da vacina. 

“Começa na educação do produtor rural,  em um sistema robusto de inteligência para monitorar toda essa estrutura de rebanho no Estado”, analisa.

O diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Daniel Ingold, reiterou a afirmação durante evento de entrega de viaturas para a Iagro realizado na manhã de ontem.

“Tem todo um critério, um planejamento estratégico, para você tirar a vacina, porque ela deixa de ser uma ferramenta, é substituída por uma vigilância mais ativa, e é isso que nós estamos fazendo agora. A ferramenta está na vigilância. Cabe ressaltar que o grande ator disso, o primeiro vigilante efetivamente, é o produtor rural”, disse.

TRANSIÇÃO

A transição de um modelo de vacinação para um modelo de vigilância requer uma mudança cultural e operacional significativa. O resultado desse esforço já se reflete na avaliação positiva que MS recebeu. 

“Tem uma avaliação do Mapa que nós chegamos a uma nota 3,95, que é a melhor nota do País, que é o sistema de avaliação de todas as agências, e todo esse material é levado para a Organização Mundial de Saúde Animal. Por isso que a gente está falando em maio, que ela vai falar assim: vocês estão livres de febre aftosa. Não tem mais o com ou sem [vacinação]”, explicou Verruck.

Esse avanço representa, portanto, um marco importante para a pecuária sul-mato-grossense, que ao lado da qualificação do setor, prepara-se para expandir seus produtos ainda mais no mercado internacional. Para Verruck, o desafio agora é manter a vigilância e os padrões de segurança, garantindo que o Estado continue a ser referência na produção de carne de qualidade.

Atualmente, existe um sistema de vigilância que abrange todo o Estado e classifica as áreas de acordo com o risco presente em cada uma delas. Uma propriedade que está próxima de um lixão urbano, por exemplo, entra na área de risco e receberá mais fiscais da vigilância. Já um produtor que está “no fundo” do Pantanal, que não tem trânsito animal, é classificado como de risco menor.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, para conquistar o status certificação internacional de área livre de aftosa sem vacina, MS deve cumprir todas as etapas previstas no Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa), entre elas a já realizada, sendo essa a retirada da vacina da aftosa no rebanho.
Para o reconhecimento, é exigida também a proibição de ingresso de animais vacinados em MS e nos 15 estados propostos por, pelo menos, 12 meses. 

HISTÓRICO

O primeiro foco de aftosa que se tem registro no Estado foi identificado no município de Naviraí, próximo à divisa com o Paraná, em 1999, situação que colocou os pecuaristas, principalmente os da Região Sul do País, em alerta.

Em 2001, a zona livre de febre aftosa com vacinação foi ampliada, com reconhecimento dos estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins e parte de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

No ano seguinte, em 2002, focos de aftosa na Argentina e no Paraguai provocaram novo alerta em pecuaristas do Sul e do Centro-Oeste. Três anos depois, a ocorrência da doença em municípios do Pará e do Amazonas, na Região Norte, resultou na restrição de importações de carne por vários países.

Com isso, o governo federal realizou ações para demonstrar aos compradores que as áreas atingidas estão longe das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País, principais regiões de produção de carne para a exportação.

Em outubro de 2005, o vírus reapareceu em Mato Grosso do Sul e no Paraná, o que resultou na suspensão da condição de zona livre nesses estados e mais 10: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

No ano de 2008, ocorreu a restituição do reconhecimento de zona livre da doença para MS e demais estados que tiveram essa condição suspensa em 2005.

Segundo o Mapa, atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

VACINAÇÃO

Conforme dados da Iagro, em novembro de 2022, foram vacinados um total de 15.702.964 animais, entre bovinos e bubalinos, em 52.279 propriedades. 

Ainda de acordo com as informações oficiais, MS alcançou um índice de cobertura vacinal excelente, acima de 99%, tanto para as propriedades, que foi de 99,65%, quanto para os animais, que foi de 99,80%.

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LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3295, quinta-feira (16/01): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

17/01/2025 08h25

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3295 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão. Quatro apostas acertaram as 15 dezenas sorteadas e dividiram o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 4 apostas ganhadoras (R$ 343.129,46 cada);
  • 14 acertos - 335 apostas ganhadoras (R$ 1.227,23 cada);
  • 13 acertos - 12.172 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 123.771 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada):
  • 11 acertos - 640.818 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Duas apostas de Campo Grande acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3295 são:

  • 17 - 07 - 22 - 02 - 08 - 01 - 25 - 20 - 16 - 11 - 13 - 10 - 21 - 03 - 05

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3296

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 17 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3296. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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