Economia

12 meses

Índice que reajusta aluguel acumula variação

Índice que reajusta aluguel acumula variação

InfoMoney

25/02/2011 - 08h13
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A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou, nesta sexta-feira (25), a variação do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao mês de fevereiro (medido entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual). O índice, que é o principal balizador para o reajuste de aluguéis, já acumula variação de 11,30% em 12 meses.

No segundo mês do ano, a inflação é de 1%, maior que a apurada em janeiro, quando o índice variou 0,79%. No acumulado do ano, a inflação soma 1,80%.

Em fevereiro, o IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou aceleração, passando de 0,76% para 1,20%. O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) também apresentou inflação mais intensa, de 0,39%, contra 0,37% da última medição.

A categoria de mão-de-obra ficou em 0,12% na apuração atual, enquanto o índice que capta o custo de materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,65%.

Altas e baixas
No que diz respeito ao IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que também integra o IGP-M, este apresentou inflação menor no período estudado, ficando em 0,67%, contra 1,08% um mês antes.

A principal contribuição para o resultado do índice veio do grupo Alimentação (1,47% para 0,24%), com impacto dos itens frutas (1,87% para -1,41%), carnes bovinas (-0,58% para -2,91%) e hortaliças e legumes (9,35% para 6,42%).

Os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,75% para 1,63%), Vestuário (0,35% para -0,55%), Transportes (1,94% para 1,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,33%) também desaceleraram, contribuindo para o resultado do índice.

Por outro lado, Despesas Diversas (0,95% para 1,57%) e Habitação (0,22% para 0,51%) registraram movimento contrário no segundo mês do ano.

IGP-M
O cálculo do IGP-M é composto pelo IPA, IPC e INCC. Os indicadores medem itens como bens de consumo (alimentos) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção), além dos preços de aluguéis, condomínios, transportes, dentre outros.

O IGP-M mede os níveis de inflação para toda a população, envolvendo todos os níveis de renda. Esse índice é utilizado para reajustes de contratos de aluguel, tarifas públicas e planos de saúde (no caso dos contratos mais antigos).
 

Balanço

Estado investiu R$ 2,4 bilhões na saúde em 2024

Secretário cita obras no Hospital Regional de Dourados e programa para redução de filas como destaques da gestão neste ano

26/12/2024 12h01

Álvaro Rezende/Governo do Estado

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Um balanço divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostrou que, ao longo de 2024, o Governo do Estado investiu R$ 2.486.710.746,18 na saúde pública. O valor foi aplicado em infraestrutura, modernização das unidades de saúde, aquisição de equipamentos e ampliação de serviços essenciais em municípios de todas as regiões do estado.

Entre as principais iniciativas, a construção e reforma de hospitais regionais, a expansão da rede de atenção básica e a implementação de projeto para redução de filas de espera em consultas e cirurgias.

Divulgação: SES

“Este ano reforçamos nosso compromisso com a saúde do estado realizando ações que trazem melhorias concretas para a população. Avançamos nas obras do Hospital Regional de Dourados, que está em fase final e será um marco no atendimento de alta complexidade para a região. Além disso, com o MS Saúde, ampliamos o acesso a consultas, exames e cirurgias, garantindo que milhares de sul-mato-grossenses recebessem atendimento de maneira mais rápida, eficiente e humanizada”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa.

O “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila” foi uma das principais iniciativas, com foco em reduzir as filas de espera e ampliar o acesso a procedimentos cirúrgicos e exames em todo o estado.

“Com esse programa, aceleramos significativamente o atendimento aos pacientes. Os resultados foram muito positivos e seguimos com expectativas ainda maiores, trabalhando para tirar mais pacientes da fila, garantir tratamento adequado e devolver qualidade de vida a essas pessoas”, destacou a superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso.

Além disso, a integração de tecnologias no sistema de saúde permitiu maior eficiência no atendimento e acesso facilitado a exames e diagnósticos.

"Com os avanços ao longo de 2024, a saúde em Mato Grosso do Sul encerra o ano com resultados que reforçam o compromisso do governo em oferecer serviços de qualidade e mais acessíveis à população. As melhorias em infraestrutura, ampliação de programas e a modernização do atendimento criaram uma base sólida para continuar avançando em 2025", destaca a SES.

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PERSPECTIVA

Com entrada do gás argentino, Gasbol voltará a operar em capacidade máxima

Estatal boliviana fechou no mês passado seu 1º acordo para transportar o gás de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil

26/12/2024 08h30

O Gasbol tem capacidade para transportar diariamente 30 milhões de metros cúbicos; atualmente, metade da capacidade está ociosa

O Gasbol tem capacidade para transportar diariamente 30 milhões de metros cúbicos; atualmente, metade da capacidade está ociosa Foto: Arquivo

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A estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), responsável pela comercialização de gás e petróleo da Bolívia, anunciou o primeiro acordo para transportar o gás de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil através do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).

O início do fornecimento do gás argentino para o Brasil está previsto já para 2025. Conforme a previsão, o fornecimento começará com 2 milhões de metros cúbicos por dia e alcançará 30 milhões de m³ por dia até 2030, voltando à capacidade máxima.

A perspectiva é benéfica para Mato Grosso do Sul, uma vez que beneficia a arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e garante matéria-prima para Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3) em Três Lagoas.

O Gasbol tem capacidade para transportar diariamente 30 milhões de metros cúbicos; atualmente, metade da capacidade está ociosa

O contrato foi assinado durante o Fórum Internacional de Hidrocarbonetos, Fertilizantes, Energias Renováveis e Alternativas, realizado na cidade de Santa Cruz de La Sierra, no dia 26 de novembro, e envolve a francesa TotalEnergies e o grupo Matrix Energia do Brasil, que confirmaram a assinatura à Reuters, sem dar mais detalhes. A YPFB não detalhou no comunicado o volume que o contrato vai viabilizar.
A TotalEnergies é a dona de campos em Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás natural da América Latina, localizada no sul da Argentina, e tem autorização do governo argentino para vender gás ao Brasil.

Conforme já havia adiantado o Correio do Estado, a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a importação de gás natural da Argentina e da Bolívia marca um avanço significativo para Mato Grosso do Sul. 

A medida fortalece o Estado como peça central na integração energética regional e na diversificação da matriz energética brasileira, conforme destaca o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

“Essa portaria autoriza a empresa boliviana YPFB a importar gás natural da Argentina, com volumes de até 5 milhões de m³ por dia, além de gás boliviano. Estamos falando de um potencial de até 7 milhões de m³, que podem atender mercados em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. É um passo crucial para viabilizar a rota pelo Gasbol”, ressaltou o titular da Semadesc.

IMPORTAÇÃO

Nos primeiros 10 meses do ano passado, segundo dados da Semadesc, entraram 3.692.561 toneladas de gás boliviano por Corumbá. Neste ano, no mesmo período, o volume diminuiu para 3.166.300 de toneladas, o que representa recuo de 14%. 

Quando esse comparativo é feito levando em consideração o custo dessa importação, o recuo é um pouco menor, de 10,6%. De janeiro a outubro do ano passado, o ICMS foi computado sobre US$ 1,080 bilhão.

Agora, o imposto incidiu sobre US$ 966,5 milhões. 

O Gasbol tem capacidade para transportar até 30 milhões de m³ por dia e atualmente opera com menos de 50% da capacidade. Com a assinatura desse contrato, a previsão é de que passe a operar em carga máxima nos próximos anos. 

“Achamos que é uma boa opção, dado que o Gasbol está ocioso. Ele tem capacidade para 30 milhões de m³ [diários] e tem passado entre 13 e 15 milhões de m³ por dia, quer dizer, uma ociosidade de 50%. E no curto prazo, o que nós consideramos a mais importante para Mato Grosso do Sul seria a reversão do gasoduto. Como a Bolívia não tem sinalizado a ampliação da oferta nem novos investimentos, esse seria o cenário de curto prazo mais adequado, porque teríamos uma oferta de gás mais barato, aumento da arrecadação de ICMS, devido ao aumento do volume, e seria uma excelente opção para atender a UFN3”, avalia Verruck.

O governo brasileiro tem citado a importação de gás da Argentina como uma forma de aumentar a oferta do insumo e reduzir preços no Brasil. “O acordo é o resultado de um esforço coordenado no âmbito da integração energética regional entre Argentina, Bolívia e Brasil”, afirmou a companhia boliviana.

O secretário ainda destacou os benefícios econômicos e estratégicos dessa integração. 

“Para Mato Grosso do Sul, a medida significa aumento na arrecadação, maior competitividade para o setor industrial e acesso a uma fonte de energia mais barata. Essa é exatamente a prioridade defendida pelo governador Eduardo Riedel. Essa iniciativa reforça a posição de MS como protagonista na agenda de energia sustentável e integração regional, consolidando o Estado como um elo estratégico para o futuro do mercado de gás natural no Brasil”, finaliza Verruck.

ACORDO

O acordo para autorizar a transação entre os três países foi assinado pelos ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Luis Caputo, da Economia da Argentina, durante um evento paralelo à cúpula do G20, no Rio de Janeiro (RJ), no fim de novembro.

Segundo analistas ouvidos pelo Correio do Estado, isso pode fortalecer a competitividade industrial do Estado, gerando ativos como emprego e renda, além de auxiliar na transição energética.

“Ter um novo país para comprar o gás é importantíssimo, uma vez que a balança comercial do Estado tem quase 90% de importação de gás. Como é um produto internacional, para se trazer, há um custo. Contudo, [ele é] necessário, uma vez que MS necessita desse gás para energia, para empresas. Ou seja, é importantíssimo”, pontua o doutor em Economia Michel Constantino.

O doutor em Administração Leandro Tortosa corrobora que uma das questões mais importantes é a atração de empreendimentos e a segurança energética: “Se a gente tiver energia com uma matriz mais diversificada, com mais opções, como seria nesse caso, e com uma redução de custos, mais investimentos podem ser atraídos para Mato Grosso do Sul”.

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