Nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com um montante de R$ 76 bilhões destinados ao crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Este valor representa um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior, marcando o maior investimento da série histórica.
Durante o evento realizado no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância do plano safra robusto, afirmando: "O plano safra exuberante pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer". Ele assegurou que o governo irá proteger os produtores contra prejuízos e enfatizou a necessidade de incentivar a produção para mitigar a inflação dos alimentos.
Lula explicou que os aumentos nos preços dos alimentos são frequentemente causados por condições climáticas adversas, como secas ou chuvas excessivas. Para combater isso, ele enfatizou a importância de incentivar a produção agrícola para garantir que não haja escassez nos supermercados, o que poderia resultar em aumentos de preços. Ele também ressaltou a necessidade de um pagamento justo aos produtores para garantir a estabilidade do mercado.
Além dos R$ 76 bilhões destinados ao Pronaf, o governo anunciou um investimento total de R$ 85,7 bilhões, incluindo outras iniciativas para a agricultura familiar, como financiamento de máquinas agrícolas de pequeno porte, ampliação do microcrédito rural e a criação de fundos para facilitar o acesso ao crédito.
Outro destaque do evento foi o lançamento do programa Ecoforte, que destinará R$ 100 milhões para apoiar projetos de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, beneficiando cerca de 30 mil agricultores familiares.
O presidente também anunciou a iniciativa do Campo à Mesa, um edital de R$ 35 milhões para promover sistemas de produção agroecológica, além de programas específicos para fortalecer a produção econômica das mulheres rurais.
Em termos de financiamento, o Plano Safra da Agricultura Familiar oferece taxas de juros reduzidas variando de 0,5% a 6%, com benefícios específicos para produtos da sociobiodiversidade e produção orgânica.
Em suma, o governo visa não apenas aumentar o crédito disponível para os agricultores familiares, mas também fortalecer a infraestrutura agrícola, promover práticas sustentáveis e garantir a segurança alimentar e econômica das famílias rurais no Brasil.