Economia

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Mato Grosso do Sul terá mais verba para saúde, segurança e educação em 2023

Orçamento aprovado para o próximo ano é de R$ 22 bilhões, incremento de 19,24% em relação aos R$ 18,4 bilhões deste ano

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O Orçamento de Mato Grosso do Sul para 2023 será de R$ 22,030 bilhões. O governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) vai começar sua gestão com um incremento de 19,24% ante o valor deste ano, que foi de R$ 18,470 bilhões. A proposta aprovada pelos deputados estaduais não trouxe cortes e aumentou recursos para segurança pública, saúde e educação para o exercício 2023. 

O Projeto de Lei nº 244/2022 foi aprovado na sessão de ontem em segunda votação e, agora, segue para a sanção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Apesar de a aprovação do projeto acontecer faltando ainda um mês para o término do ano, a chamada Lei Orçamentária Anual (LOA) sofreu 32 emendas, 1 subemenda, 29 emendas aditivas e 2 emendas modificativas na Comissão de Finanças e Orçamento.

Já na Comissão de Constituição, Justiça e Redação houve 31 emendas e rejeição de 1 emenda modificativa. 

Dos R$ 22,030 bilhões destinados para o próximo ano, R$ 15,755 bilhões serão do orçamento fiscal, ou seja, será o dinheiro gasto nos Três Poderes, além de seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

Outros R$ 6,275 bilhões serão do orçamento da seguridade social, que inclui despesas com saúde, previdência e assistência social.

Também para 2023, o orçamento de investimentos das sociedades de economia mista vai perfazer o montante de R$ 338, 167 milhões, dos quais R$ 298,887 milhões para a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), R$ 38,500 milhões para a Companhia de Gás de MS (MSGás) e R$ 780 mil para as Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa).

Os chamados três pilares da administração, educação, saúde e segurança pública, terão bem mais recursos para o ano que vem. Em 2023, o orçamento da saúde será de R$ 2,080 bilhões, um incremento de mais de R$ 540 milhões (35%), ante os R$ 1,539 bilhão destinados à área neste ano. Em 2021, o valor destinado ao setor foi de R$ 1,489 bilhão. 

Assim como nos anos anteriores, a educação é o setor que mais vai receber recursos. Em 2023, serão R$ 2,732 bilhões direcionados para o setor, crescimento de 10,6%, ante o valor destinado neste ano que foi de R$ 2,470 bilhões. No ano passado, o setor recebeu recursos da ordem de R$ 2,035 bilhões. 

Já a segurança pública terá bem mais recursos, o montante será de R$ 1,650 bilhão. Serão 28% ou R$ 361 milhões a mais do que o valor destinado no ano vigente, que foi de R$ 1,289 bilhão.

Conforme publicado pelo Correio do Estado em dezembro de 2021, este ano o setor havia recebido corte de 7,9% em relação ao regime financeiro do ano passado, quando o valor ficou em R$ 1,400 bilhão.

Além disso, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) vai custar aos cofres públicos um total de R$ 493,644 milhões em 2023. E o Fundo Especial de Reequipamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) terá R$ 108 milhões em caixa.

PARLAMENTARES

Para o próximo ano, os 24 deputados estaduais vão disputar um total de R$ 36 milhões que o orçamento aprovado destinou às emendas parlamentares individuais.

Quando enviou a proposta de orçamento para a apreciação do Poder Legislativo, o governador Reinaldo Azambuja deixou claro que o seu sucessor receberá uma proposta orçamentária com R$ 10 bilhões a mais na comparação com a LOA de 2014, quando o valor destinado às despesas do Estado era de apenas R$ 12 bilhões.

O governador disse, ainda, que este equilíbrio fiscal na gestão culminou na avaliação máxima da Capacidade de Pagamento (Capag). O projeto também autoriza o Poder Executivo a abrir créditos suplementares até o limite de 25% do total da despesa no exercício de 2023.

A estimativa de arrecadação para 2023 é de R$ 25,932 bilhões, R$ 24,698 bilhões oriundos de impostos e transferências da União e de R$ 1,233 bilhão oriundos da seguridade.

Quanto às despesas, o somatório chega a R$ 15,755 bilhões, dos quais R$ 12,675 bilhões são de despesas correntes, ou seja, os gastos de manutenção e funcionamento dos serviços públicos em geral que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Outros R$ 2,859 bilhões serão de despesas de capital, que são os gastos para produção ou geração de novos bens ou serviços que integrarão o patrimônio público, ou seja, que contribuem diretamente para formação ou aquisição de um bem de capital.

O orçamento também destinou R$ 220,307 milhões em reservas de contingência, que é um dinheiro a ser gasto a partir dos riscos que geram custos adicionais em um projeto.

A Alems vai custar, no próximo ano, R$ 427,438 milhões ao Estado. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) terá uma despesa de R$ 357,739 milhões, já o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) tem um peso bem maior e vai demandar gastos na ordem de R$ 1,165 bilhão.

A Procuradoria-Geral de Justiça terá uma custo de R$ 584,447 milhões, enquanto a Procuradoria-Geral do Estado vai consumir R$ 431,573 milhões. A Defensoria Pública terá uma despesa R$ 288,349 milhões. Entre as secretarias, só a da Fazenda terá uma despesa prevista para 2023 na ordem de R$ 1,111 bilhão.

Os deputados também aprovaram, em segunda votação, a relação à terceira revisão do Plano Plurianual (PPA) 2020/2023, que faz o ajuste e a adequação do planejamento em relação a LDO e LOA.

Como não houve emendas, o projeto já segue para sanção do governador.

Ele é um dos instrumentos previstos na Constituição Federal, com o objetivo de organizar e viabilizar a ação pública. A previsão das despesas para este período é de R$ 20,7 bilhões.

Fonte: Governo do Estado

Saiba: A Lei Orçamentária Anual (LOA) apresenta à sociedade a previsão de orçamento do Estado para o ano seguinte em relação a investimentos, arrecadação e gastos previstos. Trata-se do planejamento da gestão estadual, estando em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi aprovada no primeiro semestre.

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MATO GROSSO DO SUL

Orçamento estadual para 2026 ultrapassa R$ 27 bilhões

O projeto foi divulgado nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado e estima valor 3% maior que o do ano de 2025

16/12/2025 17h00

Governadoria Estadual

Governadoria Estadual FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Governo do Estado divulgou nesta terça-feira (16) no Diário Oficial do Estado (DOE) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026. 

O documento, sancionado pelo governador Eduardo Riedel, prevê uma receita total de R$ 27,19 bilhões, um crescimento de 3% com relação ao deste ano de 2025, quando foi R$ 26,4 bilhões. 

O texto, que foi elaborado com base nas diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal, na Lei Federal 4.320/1964 e no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, prevê a manutenção de investimentos, equilíbrio fiscal e continuidade dos serviços públicos, além de estimar a arrecadação fixa e a despesa do Estado para o exercício financeiro do próximo ano. 

A receita total prevista da Lei Orçamentária Estadual é distribuída entre: 

  • Receitas Correntes: R$ 24,07 bilhões
  • Receitas de Capital: R$ 587,7 milhões
  • Receitas Intraorçamentárias: R$ 2,53 bilhões

A maior parte vem da receita tributária, vinda de impostos como o ICMS, IPVA e contribuições, estimando um valor de arrecadação de R$ 22.305.289.500.

O projeto também define os limites orçamentários para os demais poderes estaduais. 

  • Assembleia Legislativa: R$ 567,57 milhões
  • Tribunal de Justiça: R$ 1,46 bilhão
  • Tribunal de Contas: R$ 444,09 milhões
  • Ministério Público: R$ 767,51 milhões
  • Defensoria Pública: R$ 377,31 milhões

Não estão previstos novos aportes do Estado em sociedades de economia mista. Porém, os orçamentos próprios das estatais somam R$870,62 milhões, distribuídos entre: 

  • Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás): R$173,3 milhões
  • Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S.A (Sanesul): R$691,9 milhões
  • Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa): R$5,4 milhões

Segundo o Governo, aproximadamente R$ 3,44 bilhões serão destinados a investimentos diretos em 2026, valor que mantém Mato Grosso do Sul entre os estados com maior proporção de investimento sobre a receita corrente. 

"A queda nas importações de gás natural da Bolívia, que reduziu significativamente o recolhimento do ICMS, e os impactos da quebra de safra impuseram desafios adicionais à receita estadual. Ainda assim, o Governo do Estado manteve o compromisso com o investimento produtivo e com o atendimento à população, adotando medidas de ajuste fiscal e reduzindo em até 25% o custeio da máquina pública", afirmou o órgão. 

Além disso, Eduardo Riedel manteve a decisão de não elevar a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mantendo o imposto em 17%, a menor do País. 

Isso mantém os preços de diversos produtos acessíveis, aliviando o custo de vida, especialmente para famílias de menor renda. 

“O resultado dessa estratégia é um orçamento equilibrado e coerente com o cenário econômico, que mantém a capacidade de investimento sem aumentar impostos. O Estado preserva o equilíbrio fiscal junto e segue sendo referência nacional em gestão responsável e planejamento estratégico”. 

Despesas

Segundo o orçamento, a despesa total do Governo Estadual por funções é estimado no mesmo valor da receita, R$27,19 bilhões, divididos da seguinte forma: 

Despesas correntes: R$23,29 bilhões

  • pessoal e encargos: R$12,98 bilhões
  • custeio e manutenção dos serviços: R$6,37 bilhões
  • juros e encargos da dívida: R$317,6 milhões

Despesas de Capital: R$3,78 bilhões

  • Investimentos: R$3,43 bilhões
  • Amortização da dívida: R$298 milhões

Reserva de Contingência: R$112,9 milhões

A proposta reserva R$84 milhões para emendas obrigatórias dos deputados estaduais, assegurando a participação do Legislativo na destinação de recursos para áreas como a saúde, infraestrutura e assistência social. 

Veja o documento completo aqui.

LOA

Câmara de Campo Grande aprova orçamento de quase R$7 bilhões para 2026

O valor representa um aumento de 1,49% com relação ao orçamento do ano de 2025

16/12/2025 15h30

Câmara Municipal de Campo Grande

Câmara Municipal de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei 12.049/25 que estima a receita e fixa o orçamento financeiro para o ano de 2026 na Capital. 

O documento prevê que o valor disponível para o próximo ano seja de R$ 6,974 bilhões, um aumento de 1,49% no comparativo ao do ano de 2025, que foi de R$ 6,871 bilhões. 

No relatório final da Lei Orçamentária Anual (LOA), foram inseridas 731 emendas dos vereadores, todas aprovadas em sessões, e contemplam investimentos na saúde, com destaque para o Hospital Municipal, recursos para contratação de mais profissionais da área, casa de parto humanizado, além da área de bem-estar animal com Hospital Veterinário.

Há ainda emendas para investimentos em asfalto, ampliação de ciclovias e drenagem e contenção de enchentes, preservação de parques, recursos para inclusão, educação, habitação e segurança.

O projeto segue agora para aprovação ou veto da prefeita Adriane Lopes.

Caso alguma emenda seja vetada, ela deve retornar para a Câmara, que pode manter o que foi vetado ou derrubar o veto e garantir que a emenda seja aprovada, com a promulgação. 

Para o vereador Otávio Trad (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento e relator da LOA, o documento contempla um número recorde de emendas. 

Das 736 emendas, 731 foram consideradas aptas para a discussão e votação, sendo 317 emendas impositivas, ou seja, indicadas pelos vereadores e que, obrigatoriamente, precisam ser executadas pela prefeitura. 

Cada vereador destinou R$ 830 mil na modalidade, sendo metade do recurso destinado exclusivamente para a área da saúde. 

“Nós andamos a cidade diariamente, sabemos das necessidades. A população vem nos cobrar infraestrutura, saúde pública e estamos refletindo essas cobranças na peça orçamentária, para que possa ser investida a arrecadação nos locais de maior necessidade”, ressaltou o vereador Otávio Trad. 

Apenas o vereador Marquinhos Trad (PDT) votou contrário ao Projeto de Lei. 

FOLHA DE PAGAMENTO

Câmara Municipal de Campo Grande

Como já adiantado pelo Correio do Estado, a Prefeitura de Campo Grande vai comprometer mais da metade do orçamento de 2026 com despesas de pessoal e encargos sociais. 

Dos R$ 6,97 bilhões, R$ 3,9 bilhões, o equivalente a 56% da Receita Corrente Líquida (RCL), serão destinados para pagamento da folha do funcionalismo, aposentadorias e encargos.

O porcentual é maior que o observado na LOA 2025, quando o gasto com pessoal representou cerca de 52% da RCL, segundo levantamento feito pelo Correio do Estado.

Apesar do crescimento, o índice permanece dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece teto de 54% para o Poder Executivo e até 60% para o conjunto dos Poderes.

A maior parte dos recursos para 2026 continua concentrada em despesas correntes (93,35%), enquanto apenas 6,55% estão reservados para investimentos e amortização da dívida. 
Neste ano, o porcentual de investimentos foi de aproximadamente 9%, o que indica retração da capacidade de obras e novos projetos no próximo ano. 

 

 

*Colaborou Súzan Benites

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