Economia

DELIVERY EM ALTA

Com aumento da demanda, 30% dos motoristas de aplicativo trocam carros por motos

Segundo associação, um terço do efetivo migrou de ramo durante a pandemia

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Motoristas de aplicativos de Campo Grande tiveram de se adaptar às condições causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

 De acordo com a Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul (Applic-MS), 30% dos profissionais da área pararam de alugar carros e passaram a investir em motos para fazer entregas.  

“A migração entre os setores foi muito alta. Por causa do toque de recolher, a população começou a pedir em grande quantidade produtos por delivery e muitos motoristas aproveitaram. Hoje tem gente que trabalha em até três empresas, faz entregas para farmácias durante o dia e para restaurantes à noite”, explicou o presidente da Applic-MS, Paulo Pinheiro.

Um entregador de 34 anos, que preferiu não se identificado, disse que, quando as corridas começaram a diminuir, trocou o transporte de passageiros pelo de alimentos para não reduzir a renda da família.

“Pensei que com essa pandemia teria mais gente querendo pedir comida em casa, né? E que as pessoas sairiam menos. No começo o movimento foi esse, hoje o movimento dos aplicativos [de passageiros] já deu uma melhorada também. Mas, mesmo assim, achei que teria mais demanda se fizesse isso”, apontou.

Outra razão que incentivou a migração da categoria foi o custo de manutenção dos veículos. 

“Os gastos com consertos e gasolina na moto são irrisórios em comparação com o carro”, apontou Pinheiro.

O entregador, que tem uma filha de 5 anos, afirmou que a família tem feito o que pode para sobreviver à crise econômica causada pela pandemia. 

Ele pegou a moto, que não estava sendo utilizada, emprestada de seu cunhado e se cadastrou nos aplicativos de entrega.  

“Estou há um mês nessa troca, ainda estou me adaptando para ver se consigo fazer mais pedidos”, explicou.

O presidente da Applic disse ainda que a flexibilização no horário de funcionamento do comércio da Capital beneficiou a classe, já que grande parte dos passageiros que acionam as corridas colocam o Centro como embarque ou destino.  

Mesmo que seja uma alternativa mais viável financeiramente, não é a mais segura. 

De acordo com estatísticas do programa Vida no Trânsito, da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), 26 motociclistas morreram em Campo Grande somente em 2020.  

No primeiro semestre do ano foram 18 óbitos de pessoas que pilotavam moto, contra duas mortes de ciclistas, duas de pedestres, duas de condutores de automóveis e uma de passageiro de veículo.

Regulamentação é motivo de polêmica

A regularização dos motoristas de aplicativo é motivo de polêmica na Capital. O prefeito Marcos Trad (PSD) tenta estabelecer normas para os motoristas autônomos desde 2016, quando as primeiras empresas apareceram na cidade.  

Em outubro de 2019, foi aprovada a Lei nº 6.294, que previa exigências como necessidade de formação específica em condução segura de veículos, vistorias anuais, inscrição no cadastro mobiliário de Campo Grande e fixação de adesivo no veículo para identificação como motorista.  

A categoria não aprovava pontos previstos no projeto de regularização. 

A normativa foi aprovada em caráter de urgência na Câmara Municipal sob protestos dos motoristas. Inicialmente os profissionais teriam até 28 de janeiro de 2020, mas, segundo a Agetran, a nova normativa está suspensa enquanto perdurar o estado de calamidade pública, conforme previsto na Lei nº 6.480/2020.

“Desde 2017 brigamos em prol dos motoristas, cobramos as empresas em relação às melhorias das condições de trabalho, mas nesses quatro anos nada foi resolvido”, afirmou Pinheiro.  

O presidente da Applic ressaltou ainda que as empresas como Uber e 99 Pop não repassaram informações necessárias exigidas pela prefeitura.

 “As empresas grandes não querem dar informações. São estrangeiras, e não querem fazer essa parceria. O que eles têm que cumprir, não cumprem”, finalizou.

NEGATIVADOS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Além do alto número de consumidores com contas em atraso, os CNPJs também alcançam patamar recorde

23/12/2025 08h40

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS Gerson Oliveira

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O avanço da inadimplência entre as empresas de Mato Grosso do Sul atingiu em outubro o recorde de 119,8 mil companhias. Trata-se do maior número de CNPJs negativados desde o início da série histórica do indicador da Serasa Experian. Além das empresas, o número de consumidores também atingiu recorde com 1,234 milhão de pessoas físicas.

Ainda conforme o levantamento, juntos, os negócios somaram R$ 2,9 bilhões em dívidas inadimplidas. As empresas inadimplentes acumulam dívida média de R$ 25.795,72 por CNPJ, com cerca de oito contas em atraso. O ticket médio, ou seja, o valor médio por débito é de R$ 3.256,71.

“O número recorde de empresas inadimplentes reforça os sinais de fragilidade financeira no setor corporativo. A desaceleração na concessão de crédito tem limitado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, aumentando a pressão sobre o caixa. O esfriamento da atividade econômica reduz a geração de receita, criando um cenário desafiador para a manutenção da liquidez e para a sustentabilidade das operações, especialmente entre micro e pequenas empresas”, avalia a economista da datatech, Camila Abdelmalack.

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

No cenário nacional, o número atingiu recorde de 8,7 milhões de empresas. Juntos, os negócios somaram R$ 204,8 bilhões em dívidas. Ainda segundo os dados, a dívida média das companhias em outubro deste ano foi de R$ 23.658,74. Cada negócio inadimplente acumulou, em média, 7,1 contas em atraso, entre as quais o ticket médio por compromisso vencido foi de R$ 3.329,5.

Do total de empresas inadimplidas em outubro, 54,9% eram do setor de serviços, 33% do comércio, enquanto 8% pertenciam à indústria. Já em relação aos setores das dívidas negativadas no período, o maior volume de negativações ficou em serviços (32,2%), seguido por bancos e cartões (19,3%).

Do total de 8,7 milhões de companhias inadimplentes em outubro deste ano, a maioria eram micro, pequenas e médias empresas (8,2 milhões), ainda segundo o indicador da datatech. Juntas, concentraram o volume de 56,8 milhões de dívidas negativadas que somaram R$ 184,6 bilhões em contas inadimplidas.

“As micro, pequenas e médias empresas sentem mais rapidamente os impactos dos juros altos e das incertezas do cenário internacional. Em um ambiente movediço, as maiores têm mais estrutura para honrar as suas dívidas, mesmo com o giro de capital impactado pela retração diante dos desafios atuais do cenário econômico brasileiro”, esclarece Camila.

CONSUMIDORES

O endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta. Segundo os dados de outubro, o Estado soma 1.234.934 moradores com o nome negativado, o equivalente a 57,2% da população. Juntos, eles acumulam 5,42 milhões de dívidas, que totalizam R$ 9,23 bilhões.

As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%). 

Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que têm funcionado como alívio imediato, mas aumentando o risco de endividamento permanente.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente as dívidas com bancos “sujam” o nome de quase 500 mil sul-mato-grossenses, número que vem crescendo mesmo com o aumento de linhas de crédito e renegociação. Até outubro deste ano, o Estado registrou 105,1 mil novos nomes incluídos em cadastros de inadimplência.

“A última queda foi registrada em dezembro de 2024. Para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

O mestre em Economia Eugênio Pavão, aponta que o problema se agravou desde a pandemia e que parte das famílias entrou em um ciclo de dívidas sem volta. 

“A pandemia trouxe muita dívida para a população, e algumas não conseguem quitar essas contas, necessitando de recursos extras para isso, entrando em novas dívidas para pagar as antigas”, afirma o economista.

Para ele, a ampliação do acesso ao crédito de alto risco contribui para a piora do quadro.

“Um acesso mais facilitado a instrumentos de crédito de alto risco, como os cartões de crédito e o limite do cheque especial, torna-se arma na mão do cidadão brasileiro. Porque, a partir do momento em que ele tem à sua disposição esse tipo de crédito, ele vai usar – em muitos casos, até mesmo sem pensar – ou vai interpretar como uma extensão de sua renda, o que não é verdade”, completa Pavão.

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LOTERIAS

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 788, segunda-feira (22/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

23/12/2025 08h30

Confira o rateio da Super Sete

Confira o rateio da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 788 da Super Sete na noite desta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 800 mil.

Premiação

  • 7 acertos - 2 apostas ganhadoras, (R$ 363.960,24)
  • 6 acertos - 4 apostas ganhadoras, (R$ 5.595,83)
  • 5 acertos - 65 apostas ganhadoras, (R$ 491,94)
  • 4 acertos - 588 apostas ganhadoras, (R$ 54,38)
  • 3 acertos - 4.911 apostas ganhadoras, (R$ 6,00)

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 788 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 1
  • Coluna 2: 7
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 2
  • Coluna 6: 4
  • Coluna 7: 0

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 789

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 24 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 789. O valor da premiação está estimado em R$ 100 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 20h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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