Economia

DESEMPENHO

A+ A-

Em 2020, Estado tem o melhor resultado na abertura de empresas em 20 anos

De janeiro a outubro foram 6.681 novos estabelecimentos constituídos; somente no mês passado foram 766 negócios

Continue lendo...

Em 2020, Mato Grosso do Sul acumula o melhor resultado na abertura de empresas de toda a série histórica, que começou em 2000. De janeiro a outubro, 6.681 novos estabelecimentos foram constituídos no Estado. 

Conforme os dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems) divulgados ontem, o montante é 9,5% maior que os 6.098 negócios abertos no mesmo período de 2019 e já supera o resultado de 12 meses de 2015 a 2018.

Para o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o momento é de recuperação das atividades econômicas.

“Os números refletem o ânimo da economia neste período após o auge da Covid-19 e seus impactos. Apesar de ainda exigir cautela, o momento é de recuperação e reestruturação das atividades produtivas, mas estamos animados com a movimentação econômica no Estado”, afirma.

A economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, explica que o crescimento do número de empresas é positivo, mas exige cautela.

 “Temos um resultado bastante positivo em meio à pandemia. As pessoas estão se reinventado e buscando novas oportunidades. Nos momentos de crise existe essa tendência maior da abertura de empresas, muitas abrem e muitas fecham. Outras surgem como alternativa, sem um planejamento de longo prazo. Pode ser considerado um dado positivo do ponto de vista de estratégia, de que as pessoas estão buscando alternativas e enxergando oportunidades. Mas também inspira cautela, porque essa abertura tem de estar condicionada ao planejamento de longo prazo e não apenas na geração de renda”, destaca.  

Mensal

O desempenho do mês passado também alcançou um recorde na série histórica da Junta. 

O Estado registrou 766 novos negócios abertos em outubro, melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 2000.  

Entre os segmentos, o de serviços segue como o que mais abre empresas no Estado, sendo responsável por 62,7% dos novos negócios de outubro, ou 481 em números absolutos.

O comércio abriu 261 empresas, representando 34% do total, e a indústria somou 24 negócios, ou 3,13% do acumulado de outubro.

O comércio varejista de vestuário e acessórios abriu 25 das 766 empresas constituídas no mês passado, mesma quantidade do transporte rodoviário de cargas. Holdings de instituições não financeiras inauguraram 22 negócios, e restaurantes e similares, 21. 

Atividade médica ambulatorial de consultas foi o quinto seguimento que mais constituiu empresas em outubro, totalizando 18.

Já entre os municípios, Campo Grande lidera com 45,9% do total de empresas abertas em outubro, seguido por Dourados com 9,14% e Três Lagoas com 4,31%. O quarto município que mais abriu empresas foi Ponta Porã, com 24, e Naviraí aparece em quinto, com 23 novos negócios abertos em outubro.

Fechamento

No acumulado de janeiro a outubro, 3.348 empresas fecharam as portas em Mato Grosso do Sul, o que representa aumento de 34,78% em relação ao ano passado. 

Segundo a Semagro, além dos impactos econômicos decorrentes da pandemia da Covid-19, outro fator que tem contribuído para o fechamento das empresas é a extinção de taxas. 

Em novembro de 2019, o governo federal extinguiu a cobrança da taxa pelas juntas comerciais brasileiras para fechamento de empresas, determinada pela Lei da Liberdade Econômica – Lei 13.874 de 20/09/2019.

Em outubro de 2020 o Estado teve 323 empresas fechadas, o resultado é 5% inferior ao mesmo período de 2019. 

O setor de serviços fechou 51,3% (ou 166 negócios) no mês, seguido pelo comércio, com 44% (143 empresas), e a indústria, com 4,3% (14 empreendimentos).

O comércio varejista de vestuário e acessórios também foi o setor que mais fechou portas em outubro, somando 17 negócios, seguido pelo comércio varejista de produtos alimentícios, com 13, e transporte rodoviário de cargas, com 10. 

Seguindo a tendência natural, Campo Grande foi responsável por 43,9% das empresas fechadas em outubro, seguida por Dourados, com 6,8%.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

Assine o Correio do Estado


 

Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

Continue Lendo...

Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).