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Para Dieese, nível de emprego é bom, mas salários estão baixos

Para Dieese, nível de emprego é bom, mas salários estão baixos

AGÊNCIA BRASIL

19/07/2011 - 16h12
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A criação de postos de trabalho e a redução do desemprego não são mais os maiores desafios do mercado de trabalho brasileiro, segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Sérgio Mendonça. Na opinião dele, o país precisa, agora, priorizar melhorias na qualidade dos empregos já existentes e nos salários pagos.

Segundo Mendonça, a taxa de desemprego recorde divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o número de vagas criadas no país segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o mercado de trabalho no Brasil está aquecido. Apesar disso, disse ele, a remuneração dos trabalhadores ainda é baixa.

“Somos um país que, historicamente, tem salários baixos”, disse Mendonça à Agência Brasil. “Precisamos melhorar a qualidade dos nossos empregos e o valor dos salários pagos aos trabalhadores para alcançarmos um desenvolvimento social ainda maior.”

Segundo Mendonça, 90% dos postos de trabalho criados no Brasil atualmente são formais. Contudo, essas vagas pagam até dois salários mínimos aos trabalhadores (R$ 1.090,00). “Comparado com o salário de outros países, é pouco”, complementou o economista.

Para melhorar a remuneração dos trabalhadores, Mendonça disse que é fundamental que o país desenvolva setores econômicos que, tradicionalmente, remuneram bem. Entre esses setores, o economista destaca a indústria, o setor financeiro e o de saúde.

Ele disse também que é preciso que o país invista na formação de seus trabalhadores para que as vagas de bons salários possam ser preenchidas. “Ainda temos um problema de formação básica. Precisamos investir na educação”, disse Mendonça.

Sobre as perspectivas do mercado de trabalho para os próximos meses, a análise do economista é positiva. Ele afirmou que, no segundo semestre, a geração de vagas geralmente é maior que no primeiro semestre. Ele ressaltou, porém que os resultados consolidados do mercado em 2011 não devem ser tão bons quanto os alcançados no ano passado.

“O emprego cresce no segundo semestre. Isso é sazonal”, explicou Mendonça. “Agora, o desaquecimento da economia como um todo pode fazer com que o crescimento das vagas não seja tão grande quanto o do final do ano passado.”

Em 2010, o Brasil criou mais de 2,5 milhões de vagas de trabalho. No primeiro semestre deste ano, segundo o Caged, já foram criados 1,41 milhão de empregos.

cpf na nota

Nota Premiada tem dois ganhadores para o prêmio de R$ 100 mil

Sortudos de Campo Grande e Dourados irão receber R$ 50 mil cada; Confira se você foi o ganhador

29/09/2024 18h00

Dois sortudos vão dividir o prêmio de R$ 100 mil

Dois sortudos vão dividir o prêmio de R$ 100 mil Foto: Divulgação

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O programa Nota MS Premiada teve 383 ganhadores no sorteio referente ao mês de agosto, realizado no último sábado (28). Destes, apenas dois acertaram a sena e irão dividir o prêmio principal de R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil para cada.

O sorteio é realizado através das dezenas do concurso da Mega-Sena para consumidores que pediram a inclusão do CPF nas notas de compras feitas no mês de referência no comércio de todo o Mato Grosso do Sul. 

Mensalmente, o prêmio total é de R$ 300 mil. Deste valor, R$ 100 mil é dividido para os contribuintes que fizerem a sena e R$ 200 mil ficam entre aqueles que fizeram a quina. 

No sábado, pelo concurso nº 2780 da Mega-Sena, foram sorteados os números 46-10-53-07-09-14.

Os dois sortudos que acertaram a sena são de Campo Grande e Dourados.

Outros 381 fizeram a quina e cada um levará R$ 524,93.

Para saber se foi o ganhador de algum dos prêmios, basta digitar o CPF no campo indicado no site do programa Nota MS Premiada.

O sorteio é sempre no mês posterior à emissão da nota fiscal. Ou seja, as notas emitidas em agosto concorrem em setembro, as emitidas em setembro concorrem em outubro, e assim sucessivamente. 

Não havendo sorteio do concurso da Mega-Sena no dia especificado no calendário (confira abaixo), devem ser utilizadas as dezenas sorteadas no concurso da Mega-Sena imediatamente seguinte.

Não há necessidade de guardar os cupons fiscais das compras realizadas.

A participação nos sorteios do programa é automática a todos que pedem a inclusão do CPF.

Como participar

Para participar basta pedir a inclusão do CPF nas notas de compras. Com isso, oito dezenas que permitem concorrer ao sorteio mensal são emitidas automaticamente.

Lista com o CPF dos ganhadores é divulgada no site do programa, até o terceiro dia útil subsequente à realização de cada sorteio.

A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) de Mato Grosso do Sul não faz a comunicação aos premiados e o consumidor deve estar atento para conferir suas dezenas. 

Ganhadores devem efetuar um cadastro e informar os dados bancários até o dia 15 do próximo mês, para que o pagamento seja realizado até o dia 20.

Se o cadastramento e a validação forem feitos do dia 16 em diante, o prêmio será pago até o dia 5 do próximo mês.

Prazo é de 90 dias e se o ganhador não fizer o cadastro em até cinco dias antes deste período ele perde o direito ao prêmio. 

Mensalmente, são distribuídos R$ 300 mil reais em prêmios para os consumidores que acertarem seis ou cinco números no referido sorteio da Mega-Sena.  

Confira o calendário de sorteios para 2024:

Período de apuração - Data do sorteio da Mega-Sena

  • Setembro - 31/10/2024
  • Outubro - 30/11/2024
  • Novembro - 31/12/2024
  • Dezembro - 30/01/2025

Levantamento

Inadimplência em MS cresce e agosto termina com 1,098 milhão de nomes restritos

O valor médio da dívida por inadimplente sul-mato-grossense é de R$ 5.835

29/09/2024 17h00

Movimentação centro de Campo Grande

Movimentação centro de Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O mês de gosto trouxe um novo aumento da inadimplência para Mato Grosso do Sul, com um total de 1.098.442 pessoas inadimplentes, conforme mostram os dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa.

O Estado não apenas viu um crescimento no número de negativados, mas também registrou um aumento significativo nas dívidas, alcançando 4.298.753 de débitos. O valor médio da dívida por inadimplente é de R$ 5,8 mil

As dívidas estão distribuídas entre diferentes categorias, com destaque para os Bancos e Cartões, que representam 30,24% do total. As Instituições Financeiras aparecem em segundo lugar, com 16,93%, seguidas pelos Serviços, com 15,33%.

Ao comparar esses números com os dados do mês anterior, nota-se uma leve variação nas proporções: em julho, os Bancos e Cartões correspondiam a 30,40%, as Instituições Financeiras a 17,38%, e os Serviços a 17,86%.

Essa mudança indica uma dinâmica nas categorias das dívidas que os sul-mato-grossenses enfrentam, sugerindo uma necessidade de atenção e estratégia para lidar com o crescente endividamento.

Por outro lado, o Brasil apresenta um panorama otimista em relação à inadimplência, com o principal indicador do setor registrando uma nova queda em agosto, conforme o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa.

Embora o país conte com 72,4 milhões de inadimplentes, o mês passado marcou a terceira menor taxa de inadimplentes no País em 2024, aproximando-se dos níveis de janeiro e fevereiro.

De acordo com análise de mercado, a redução de 200 mil nomes no cadastro de negativação é um reflexo da tendência de queda que vem sendo observada desde abril. Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome, destaca que a diminuição no número de inadimplentes alivia a pressão sobre o orçamento das famílias.

“Essa mudança não apenas melhora a saúde financeira das famílias, mas também sinaliza um ambiente econômico mais favorável, com um maior número de pessoas recuperando o acesso ao crédito”, avalia Aline.

ANÁLISE

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que a incapacidade de quitar dívidas, levando em consideração as atuais condições econômicas, se dá principalmente em decorrência da má gestão das finanças.

“Como a renda é muito baixa para empregados do setor privado e de prefeituras, a pessoa aposta que vai ganhar mais, ou não faz a sintonia financeira esperada [finanças pessoais planejadas], aumentando novamente o endividamento que resulta na inadimplência”, relata.

Pavão ainda pontua que questões estruturais, como o crescimento econômico atingindo seus limites, são potencializadas por mudanças climáticas, geopolíticas, guerras e queda na demanda.

“Com as intempéries climáticas, o agronegócio está tendo queda de lucros e, por conseguinte, não conseguem ganho de produtividade e de renda”, analisa o economista.

O doutor em Economia Michel Constantino lista os principais fatores que contribuíram para o cenário em Mato Grosso do Sul.

“Estão ligados primeiramente a falta de planejamento financeiro, seguido pelo custo de vida alto, inflação, juros altos e ainda empregos chamados subempregos [sem carteira assinada], que são frágeis e não tem proteção”, elenca.

Para o mestre em economia Lucas Mikael, a expectativa é de que o cenário da inadimplência permaneça estável nos próximos meses, já que a mudança dessa realidade costuma levar tempo.

“Diversos fatores, como a instabilidade econômica e as flutuações do mercado, ainda impactam a capacidade de pagamento das famílias”, encerra.

PERFIL

O perfil dos inadimplentes em Mato Grosso do Sul revela um equilíbrio quase equivalente entre gêneros, com 52,3% de homens e 47,7% de mulheres enfrentando dificuldades financeiras.

Já as faixas etárias mais afetadas são as de 26 a 40 anos e de 41 a 60 anos, que somadas representam 70,1% do total de inadimplentes. A primeira faixa, entre 26 e 40 anos, conta com 35,1% dos endividados, enquanto a segunda, de 41 a 60 anos, abrange 35%. I

Por outro lado, os endividados com até 25 anos representam apenas 12% do total, e aqueles acima de 60 anos somam 18%. Esse cenário pode indicar que os jovens estão mais conscientes em relação ao endividamento, enquanto os idosos podem enfrentar dificuldades em honrar compromissos devido a aposentadorias fixas ou imprevistos financeiros.

No País, os segmento de Bancos e Cartões de Crédito representou 27,9% das dívidas, com uma diminuição de 0,46 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já as contas básicas de água, luz e gás mostraram uma queda de 0,15 pontos percentuais em comparação a julho.

O setor de serviços, que inclui atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma diminuição de 1,22 pontos percentuais. Em contraste, o segmento de telecomunicações registrou um leve aumento de 0,5 ponto percentual em agosto, refletindo uma quase estagnação desse indicador.

SAIBA

Até julho deste ano haviam sido computados 56.904 novos nomes negativados em Mato Grosso do Sul, que totalizaram 1,096 milhão de inadimplentes no ano. Dados do Mapa da Inadimplência da Serasa revelaram que, em comparação ao último mês do ano passado [dezembro], o aumento foi de quase 5,47%, superando a média nacional que registrou elevação de apenas 1,34%.

 

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