Economia

limite prudencial

Prefeitura da Capital pode estourar o teto de gastos com a folha de pagamento

Gestão municipal corre para tentar enxugar R$ 106 milhões em excesso da despesa com funcionários públicos

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A Prefeitura de Campo Grande luta para adequar a folha de pagamento dos servidores municipais ao que rege a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De acordo com o relatório de gestão fiscal do segundo quadrimestre de 2022, o limite máximo de despesa com pessoal está em 53,78%, bem próximo do teto permitido pela LRF, que é de 54%. 

Conforme a legislação, as contas públicas dos municípios devem manter até 95% da Receita Corrente Líquida (RCL) do exercício, que atualmente deveria ser de R$ 2.189.881.713,40, atingindo 51,3% do que é preconizado pela lei.

Segundo a Secretaria de Finanças de Campo Grande (Sefin), este ano as contas municipais estão projetadas para terminar em torno de 57%. 

Segundo o relatório, a despesa líquida com pessoal (DLP) do Executivo está cerca de R$ 106 milhões acima dessa faixa considerada segura.

O relatório, que é o mais recente divulgado pela prefeitura, aponta que os gastos para pagamento de funcionários de setembro de 2021 até agosto de 2022 são da ordem de R$ 2.295.836.700,07. 

Advogada do escritório Portes Advogados, especializada em Direito Tributário, Raiana Sabrina Barbosa comenta que, se não forem controladas, as contas públicas da Capital podem ultrapassar o limite do teto. 

Segundo ela, o relatório do 2º quadrimestre apresenta aumento de 32,34% (R$ 54.245.972,94) do montante atribuído às despesas com pessoal, se compararmos o mês de agosto de 2021 (R$ 167.719.184,11) com agosto de 2022 (R$ 221.965.157,050).

Em dois meses subsequentes, de julho para agosto deste ano, a folha avançou o equivalente a R$ 55.119.059,39, alta de 32,86%. 

“Se as margens continuarem nos termos em que se encontram, é provável que o teto da lei de responsabilidade fiscal seja atingido, até mesmo porque o limite prudencial de 95% do valor disponível para despesas com pessoal já foi ultrapassado”, analisa a advogada. 

JUSTIFICATIVA

A titular da Sefin, Márcia Helena Hokama, justificou que a folha dos entes públicos tiveram de se adequar a uma mudança técnica. Historicamente, elas eram contabilizadas no mesmo ano. 

“A partir deste ano, todas as despesas de dezembro de 2021 passaram a fazer parte do exercício de 2022, então, é como se este ano tivesse 13 meses. Com isso, ficamos em 59,16% no fim do exercício [2021]”, explica.

No fim das contas, a administração municipal deve contabilizar também a folha do décimo terceiro salário e o terço de férias, totalizando assim um regime de pagamento com 14,33 meses de despesas a partir de 2021, ano em que há estouro do teto da LRF, conforme a titular da pasta. 

Márcia ressalta que, com a mudança, foi dado um período de 10 anos para adequação das contas municipais. 

“A lei diz que, dentro do limite da despesa de pessoal, é obrigatória a adequação do excesso até 2032, isso requer redução de 0,5% ao ano, e esse prazo começa a ser contado em 2023. Para nós, isso deve acontecer mais rápido, até 2024 deve estar enquadrado”, projeta. 

Em entrevista ao Correio do Estado na edição do dia 7 de setembro, Márcia Hokama comentou que existem duas formas de se adaptar à LRF: aumentar a arrecadação e manter as despesas como estão ou diminuir gastos, caso as receitas fiquem estáveis. 

A prefeitura da Capital caminha em direção à segunda alternativa, a dos cortes. Alguns secretários já foram trocados desde o término do período eleitoral. O Executivo exonerou mais de 100 servidores comissionados.

Na estimativa de Hokama, foi aberto entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões da folha neste período. 

“Temos de lembrar que o cálculo é feito no mês de referência, ou seja, essas exonerações não serão contabilizadas nos 11 meses anteriores. Esse impacto será refletido integralmente só daqui a 12 meses”. 

LIMITE

De acordo com a advogada Raiana Barbosa, respeitar a LRF é dever dos administradores públicos porque a principal receita do Executivo advém da tributação dos cidadãos. 

Ela explica que a Lei de Responsabilidade impõe limite de 60% da Receita Corrente Líquida do município para gastos com despesas de pessoal: 54% para o Poder Executivo e 6% para o Poder Legislativo.

 “A lei tem por objetivo o cumprimento da Constituição Federal e a contenção de cargos em comissão e funções de confiança, que por vezes incham demasiadamente o orçamento administrativo”, classifica. 

Além dos cortes, outro problema é a adequação da folha aos aumentos salariais combinados pelo antigo gestor com as classes da educação, com a Guarda Municipal Metropolitana e com as classes fiscais. 

Essas últimas receberiam reajuste automático, caso o projeto de lei que prevê aumento salarial da prefeita seja aprovado na Câmara Municipal.

A estimativa é de que cerca de 470 servidores sejam impactados pela medida. Hokama não confirma este número. Ainda é preciso fazer um estudo para saber se esse projeto passa ainda este ano. 

“A Lei de Responsabilidade diz que, se estourado o teto, não é possível fazer reajustes acima da inflação. Então, para aumentar esses salários, é preciso arrumar espaço na folha”, pondera.

Fac-Símile

Relatório de gestão fiscal de Campo grande

 

 

Oportunidade

Com salário de até R$ 10,6 mil, Antônio João abre cadastro reserva

Candidatos aprovados serão contratados em até um ano; vagas variam de nível fundamental a superior

15/01/2025 16h45

Município de Antônio João

Município de Antônio João Reprodução

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A Prefeitura de Antônio João lançou o edital nº 001/2025 (a partir da página 11) para um novo processo seletivo simplificado. O objetivo é formar um extenso cadastro de reserva para futura reposição de vagas em diversos cargos.

Os salários variam de R$ 863,22 a R$ 10.692,74, considerando cargas horárias semanais de 30 a 40 horas.

O prazo de contratação para os cargos de todos os níveis escolares será de até 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período, conforme o interesse da administração pública. 

Oportunidades

O processo seletivo oferece vagas para profissionais de diferentes níveis de escolaridade:

Nível superior: 

  • Médico;
  • Engenheiro Civil;
  • Assistente Social;
  • Fonoaudiólogo;
  • Fiscal de Vigilância Sanitária;
  • Facilitador;
  • Pedagogo;
  • Psicólogo;
  • Enfermeiro;
  • Fisioterapeuta;
  • Farmacêutico/Bioquímico;
  • Biomédico;
  • Nutricionista;
  • Educador Físico.

Nível médio/técnico: 

  • Técnico de Enfermagem;
  • Técnico em Higiene Dental;
  • Educador Social;
  • Auxiliar de Enfermagem;
  • Auxiliar de Laboratório;
  • Guarda.

Nível alfabetizado ou fundamental: 

  • Motorista;
  • Operador;
  • Eletricista;
  • Mecânico;
  • Pedreiro;
  • Agente de Vigilância Sanitária;
  • Assistente de Administração.

Como participar

As inscrições estão abertas até sexta-feira, 17 de janeiro. Os interessados devem comparecer pessoalmente à Rua Vitório Penzo, nº 347 – Centro, Antônio João-MS, CEP: 79910-000, em horário comercial (das 7h às 11h e das 13h às 17h). Não será cobrada taxa de inscrição.

A seleção dos candidatos será realizada por meio de análise curricular. Serão considerados fatores como escolaridade, cursos específicos, tempo de trabalho na área e tempo de serviço público.

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SORTUDOS

Sortudos de MS faturam R$ 158 mil em bolão da Mega-Sena

Sorteio do jogo foi feito na noite desta terça-feira (14) e nenhuma apostas acertou todos os números, acumulando o prêmio para R$ 38 milhões

15/01/2025 10h30

Bolão douradense de 28 cotas fatura R$ 160 mil na Mega-Sena

Bolão douradense de 28 cotas fatura R$ 160 mil na Mega-Sena Foto: Divulgação/Caixa

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Na noite desta terça-feira (14), a Caixa Econômica Federal sorteou o concurso número 2815 da Mega-Sena, mas ninguém acertou as seis dezenas sorteadas e o prêmio acumulou. Porém, um bolão sul-mato-grossense tirou a "sorte grande" e faturou R$ 158 mil nesta edição do jogo.

Segundo consta no portal da instituição financeira, a aposta foi feita em Dourados, na lotérica Baldasso & Endo Ltda, localizada na Avenida Marcelino Pires (Vila São Francisco). Além disso, foram feitas duas apostas de 28 cotas, que resultaram no acerto da quadra e quina.

Ao acertar cinco dos seis números sorteados, o bolão levou R$ 151.838,12. Já ao acertar quatro números, os sortudos embolsaram R$ 6.266,96. Ou seja, somados os dois golpes de sorte, as apostas renderam R$ 158.105,08 (R$ 5.646,61 para cada cota).

Outra aposta, desta vez de Campo Grande, também acertou a quina do jogo, mas como foi uma aposta simples, levaram significativamente menos do que os douradenses, cerca de R$ 75,9 mil. Outras 33 apostas de MS acertaram quatro números e embolsaram R$ 1.253,44 cada.

Confira o rateio completo da Mega-Sena 2815 clicando aqui.

Os números da Mega-Sena 2815 são:

  • 05 - 20 - 38 - 28 - 53 - 50

Próximo sorteio: Mega-Sena 2816

Como a Mega Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quinta-feira, 16 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2816, com prêmio estimado em R$ 38 milhões.

Para participar dos sorteios da Mega-Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 5,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 6 dentre as 60 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

Como jogar na Mega-Sena

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha).

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