Especialistas preveem que o mercado de trabalho, além de ficar muito mais competitivo, deverá apresentar novas exigências e desdobramentos que devem ser levados em conta por quem está trilhando o caminho rumo à carreira.
Qual profissão escolher? A dúvida faz sentido especialmente se considerarmos o cenário pós-pandemia. Pensando nisso que o Correio do Estado procurou uma especialista no assunto para desvendar quais são as possíveis profissões do futuro.
A psicóloga Giuliana Elisa dos Santos, que trabalha com orientação profissional e de carreiras, explica que várias pesquisas foram realizadas para descrever as tendências para o mercado dos próximos anos.
“De maneira geral, áreas como tecnologia da informação e marketing, saúde, planejamento e gestão financeira/administração, compras, logística e agronegócio têm sido apontadas como áreas que serão cada vez requisitadas”, afirma.
A pedido da equipe de reportagem, Giulia aponta as cinco áreas mais promissoras para os próximos tempos, elencando as razões que as tornam boas apostas para quem está pensando em mudar de carreira ou que está em vias de escolha.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Nesse nicho estão os cursos de Ciências da Computação, Engenharia de Computação, Engenharia de Cibersegurança, Engenharia de Dados, Gestão da Tecnologia da Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
“Como estamos em constante e exponencial busca pela tecnologia, independente da conjuntura socioeconômica, precisaremos cada vez mais destes profissionais que integram todo esse sistema complexo, além de bons salários eles também tem alta empregabilidade, embora ainda haja carência de profissionais qualificados.”, aponta a especialista.
A psicóloga acrescenta que não somente as profissões que atuam no seguimento de desenvolvimento ficarão em alta, mas também aquelas relacionadas à tecnologia e marketing, como gestores de mídias sociais, planejamento da estratégia de conteúdos e até monitoramento da interação dos clientes com a empresa.
SAÚDE
Medicina, Odontologia, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, entre outros. Independentemente do contexto ou do cenário econômico, a área está imune a crises.
“Com a pandemia, mais do que nunca esses profissionais estão sendo muito demandados. Tanto a saúde física como emocional tem sido a tônica de preocupação recorrente. Com os efeitos deletérios do isolamento social, muitos contextos estão sido abruptamente mudados e a adaptação está exigindo e muito, tanto do físico, como também do emocional”, explica Giulia.
Além disso, prossegue a especialista, com o aumento da expectativa de vida, preocupações com a saúde de maneira geral fazem com que os profissionais estejam entre os que têm maior empregabilidade nas últimas décadas.
GESTÃO
Com a recessão econômica, um dos maiores desafios tem sido auxiliar as empresas a conduzirem e sobreviverem em um momento tão atípico e tenso do mercado. É por isso que formações como Administração, Ciências Contábeis, Economia e Gestão Financeira têm seu lugar garantido.
“Fazer a leitura desse mercado e pensar em estratégias (análise da concorrência, pensar em novos produtos e serviços) de enxugar despesas, reposicionar no mercado, planejar e investir, por exemplo, são passos importantíssimos destas áreas com vistas principalmente, a manter a saúde financeira de Organizações (públicas e privadas)”, diz a psicóloga.
MARKETING
Com a crise, tornou-se necessário investir em divulgação para sobreviver no mercado. As empresas precisam de ideias novas, precisam se reinventar. Também precisam de uma imagem que as coloque no topo.
“São desafios e oportunidades de uma ampla gama de opções de trabalho nessa área. Embora não necessariamente para exercer a área de marketing precise de graduação, o grande desafio é destacar-se no mercado com competência diante de tanta concorrência”, afirma a especialista.
COMPRAS
A atual conjuntura de crise tornou necessário saber negociar, condição essencial no mercado. No caso, o profissional de compras tem várias responsabilidades, como buscar novos oportunidades e avaliar aquisições.
“Em síntese, é um profissional muito valorizado, principalmente como um estrategista na redução de despesas. Embora seja uma área ampla, as formações necessárias para atuar nesse contexto são Comércio Exterior, Gestão Comercial e Relações Internacionais”, completa.