Economia

Balança comercial

Quase metade das exportações de MS são para a China; EUA compram mais

Com entrada de Milei, vendas para Argentina despencaram; Estados Unidos e Holanda aumentaram parceria comercial com MS

Continue lendo...

No ano de 2024, o Estado de Mato Grosso do Sul continuou dependente das vendas para a China no mercado externo, mas ampliou o leque de parceiros comerciais.

O gigante asiático comprou quase metade dos produtos do Estado que foram exportados: US$ 4,53 bilhões dos US$ 9,96 bilhões que o Estado vendeu para outros países.

A participação chinesa, que em 2023, ano em que comprou US$ 4,21 bilhões de MS, foi de 39,7% das exportações, passou a ser de 45,4% das vendas externas do Estado em 2024.

Em termos de crescimento nas vendas, o aumento nas compras do segundo maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, os Estados Unidos, foi ainda mais expressivo. As compras norte-americanas de produtos de Mato Grosso do Sul cresceram 28,3%.

Passaram de US$ 522 milhões em 2023, ano em que representaram 4,9% das vendas externas de MS, para US$ 669,5 milhões no ano passado, quando a fatia norte-americana nas vendas externas de Mato Grosso do Sul passou a ser de 6,7% do mercado.

Aliás, em 2023, os Estados Unidos foram apenas o terceiro maior parceiro de Mato Grosso do Sul. Naquele ano, a Argentina havia sido o segundo maior comprador de produtos locais, responsável pela aquisição de US$ 1,1 bilhão em mercadorias (10,4% das compras).

No ano passado, o primeiro ano cheio sob o comando do liberal-libertário Javier Milei, as vendas para a Argentina despencaram. Em 2024, a Argentina foi apenas o sétimo maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, comprando US$ 207 milhões em produtos, o que representou uma participação de 2,1% nas vendas externas. A queda nas vendas para os “hermanos” foi de 81%.

Os Países Baixos, nome oficial do país que por aqui costumamos chamar de Holanda, eram o quarto maior parceiro comercial de Mato Grosso do Sul em 2023 e, no ano passado, mantiveram essa posição.

O país europeu comprou US$ 354 milhões de Mato Grosso do Sul em 2023, o que representou 3,3% do total das vendas. No ano passado, a participação holandesa nas vendas externas de MS saltou para 4,9% – um aumento de 38,9% – e o total de compras foi de US$ 492,7 milhões.


Balanço 2024


Em 2024, Mato Grosso do Sul exportou US$ 9,96 bilhões em produtos, ligeiramente abaixo do recorde de 2023 (US$ 10,6 bilhões). O saldo da balança comercial foi de US$ 7,1 bilhões, também menor que o recorde de US$ 7,56 bilhões registrado no ano anterior.

Celulose e Soja

  • A soja manteve-se como principal produto exportado, mas com queda de 27,9% no faturamento: de US$ 3,9 bilhões (7,6 milhões de toneladas) em 2023 para US$ 2,85 bilhões (6,5 milhões de toneladas) em 2024.
  • A celulose teve um crescimento expressivo devido à entrada em operação da megafábrica da Suzano no segundo semestre. O faturamento saltou 79%, de US$ 1,48 bilhão em 2023 para US$ 2,65 bilhões em 2024, e o volume exportado aumentou de 3,9 milhões para 4,63 milhões de toneladas.

Participação nas Exportações

Em 2024, a celulose representou 26,6% das receitas de exportação do Estado, enquanto a soja teve 28,7% de participação, uma queda em relação aos 37% registrados em 2023.
Esses resultados refletem mudanças no perfil exportador do Estado, com destaque para o crescimento da celulose no mercado externo.

Os maiores parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul: 

China

  • 2023: US$ 4.217.421.672 | 39,7% | 9.146.058 TON
  • 2024: US$ 4.530.135.400 | 45,4% | 9.273.128 TON
  • Variação: +7,4%

Estados Unidos

  • 2023: US$ 522.063.436 | 4,9% | 721.329 TON
  • 2024: US$ 669.552.918 | 6,7% | 785.256 TON
  • Variação: +28,3%

Países Baixos (Holanda)

  • 2023: US$ 354.893.648 | 3,3% | 668.599 TON
  • 2024: US$ 492.774.270 | 4,9% | 900.803 TON
  • Variação: +38,9%

Indonésia

  • 2023: US$ 207.182.160 | 2,0% | 328.309 TON
  • 2024: US$ 282.261.651 | 2,8% | 666.829 TON
  • Variação: +36,2%

Itália

  • 2023: US$ 140.269.296 | 1,3% | 640.934 TON
  • 2024: US$ 280.387.978 | 2,8% | 471.915 TON
  • Variação: +99,9%

Chile

  • 2023: US$ 194.726.912 | 1,8% | 75.340 TON
  • 2024: US$ 210.545.142 | 2,1% | 54.887 TON
  • Variação: +8,1%

Argentina

  • 2023: US$ 1.100.843.347 | 10,4% | 3.662.730 TON
  • 2024: US$ 207.452.634 | 2,1% | 1.755.309 TON
  • Variação: -81,2%

Emirados Árabes Unidos

  • 2023: US$ 100.692.943 | 0,9% | 122.340 TON
  • 2024: US$ 202.459.979 | 2,0% | 245.532 TON
  • Variação: +101,1%

Turquia

  • 2023: US$ 70.509.756 | 0,7% | 88.834 TON
  • 2024: US$ 182.344.812 | 1,8% | 236.706 TON
  • Variação: +158,6%
  • Índia

  • 2023: US$ 180.543.992 | 1,7% | 234.358 TON
  • 2024: US$ 155.061.709 | 1,6% | 257.662 TON
  • Variação: -14,1%

Total Exportado

  • 2023: US$ 10.610.748.258 | 100% | 26.777.220 TON
  • 2024: US$ 9.969.104.489 | 100% | 20.730.197 TON
  • Variação: -6,0%

Assine o Correio do Estado

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

Continue Lendo...

O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).