Economia

EFEITO CORONAVÍRUS

Queda na arrecadação municipal pode chegar a R$ 150 milhões

Prefeitura de Campo Grande contabilizou redução de R$ 30 milhões em abril

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A retração na economia dos estados e municípios do País, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), começa a ser contabilizada. A Prefeitura de Campo Grande já computou queda de 18,56% na arrecadação municipal em abril. A estimativa é que em 2020 a redução chegue a R$ 150 milhões.

Durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande nesta segunda-feira (4), o secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, disse que mesmo com a retomada parcial das atividades comerciais a economia anda a passos lentos. 

No primeiro momento, em março, com as medidas de isolamento social, a arrecadação da prefeitura chegou a cair mais de 80%. Com a reabertura do comércio o município retomou parcialmente a arrecadação. “Abril foi um mês de economia andando pela metade, mas andando. O total de queda foi de R$ 30 milhões comparando abril de 2019 a 2020”, explicou Pedrossian Neto.

Ainda de acordo com o secretário, os resultados não foram ainda mais críticos na área de finanças porque as medidas restritivas aconteceram depois do vencimento dos prazos para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),  e Imposto sobre Serviços (ISS). Assim, o primeiro trimestre do ano encerrou com acréscimo de R$ 42 milhões na receita, que fechou em R$ 730 milhões contra R$ 688 milhões no ano passado, considerando recursos do Tesouro e Fundeb.

Em abril, só de IPTU a queda foi de 24,33%, com a receita caindo de R$ 18,7 milhões para R$ 14,1 milhões. Outros tributos também apresentaram redução na receita como o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) que caiu 37,13%, no ISS a queda foi de 14,7% e ICMS 24,8%, montante preocupante considerando que Campo Grande já enfrentava queda no rateio deste imposto em anos anteriores. 

O secretário salientou que a prefeitura enfrenta série de dificuldades para fechar as contas, pois já vinha de um deficit de R$ 12 milhões. Segundo ele, anteriormente, esse montante era de R$ 37 milhões. A estimativa é de queda de R$ 150 milhões na arrecadação neste ano. 

CORTES

Sobre as medidas adotadas no período de pandemia, Pedrossian destacou a economia de R$ 16 milhões com o corte de 30% nos salários do alto escalão. Redução de R$1,6 milhão com a Solurb com o setor de varrição; redução de R$1 milhão no tapa-buraco; R$ 800 mil mensais do transporte escolar; R$ 1,5 milhão na conta de água e luz principalmente das escolas; entre outras.

“A estratégia até aqui, é de um lado tentar conciliar a saúde com economia, houve essa abertura parcial do comércio que tem voltado gradativamente, e quando empresas e as famílias vão mal, a prefeitura vai  também. Nós fizemos alguns cortes, a queda da receita é muito grande, nesse período consumimos nossa poupança. Não tem fórmula mágica, aquele que diz se estamos fazendo certo ou errado, tem que ter um pouco de humildade para reconhecer que no mundo inteiro não ter fórmula mágica para passar essa crise econômica”, considerou Pedrossian Neto. 

Para salvar os cofres municipais, a esperança está no projeto de lei aprovado no Senado com plano de ajuda para municípios em que Campo Grande deve receber R$ 148 milhões. "A expectativa é que esse recurso não venha carimbado, pois assim podemos dar seguimento a diversos serviços sociais e pagarmos funcionalismo". Sem ajuda da Uniāo, não haveria como pagar a folha de junho, alertou Pedrossian Neto. 

Mesmo com a redução nas despesas, surgem novos compromissos neste período. A estimativa de gastos com coronavírus na área de saúde é de R$ 56,3 milhões e na área de assistência de R$ 7 milhões. O valor da saúde será direcionado para hospitais e também para compra de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). "Os preços estão absurdos. Até empresas que já forneciam produtos para prefeitura estão pedindo realinhamento de preços", disse o secretário. 

PLANEJAMENTO

A audiência debateu as projeções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021, que está sendo debatida pelos vereadores. O debate foi proposto pela Comissão de Finanças e Orçamento da Casa de Leis, presidida pelo vereador Eduardo Romero, que também é o relator da LDO de 2021, constante no Projeto de Lei 9740/20, do Executivo Municipal, que prevê orçamento de R$ 4.333.259.490,79 para o próximo ano. Também integram a Comissão os vereadores Odilon de Oliveira (vice-presidente), Delegado Wellington, Roberto dos Santos e Dharleng Campos. 

 O secretário afirmou que o plano para 2021 é uma leve recuperação em meio a crise. A LDO de 2021 aponta para queda de 4,33% em termos reais, considerando os valores a preços constantes, sem considerar a inflação do período. Neste caso, o valor passa de  R$ 4,303 bilhões para R$ 4,116 bilhões. Já com valores a preços correntes, o crescimento é de 0,70%, quando o orçamento previsto passa a ser de R$ 4.333.259.490,79 para o próximo ano, em relação às estimativas de 2020. 

“Para 2022, queda de 1,25% isso em termos reais, em termos nominais tem um leve crescimento que não reflete e não vai recompor a inflação. É uma LDO que vai compor a situação de crise, mas no mês que vem não sabemos o que pode acontecer”, disse Pedrossian Neto. 

O vereador Eduardo Romero lembrou a importância da apresentação dos dados em Audiência, com a participação dos moradores com sugestões. "Estamos num momento onde temos muitas incertezas, na saúde, na economia e na política. A LDO nos aponta as diretrizes, mas, neste momento, sabemos da instabilidade presente. Há muitas incertezas sobre arrecadação e investimentos, mas o cidadão pode mandar sugestões para que o vereador possa fazer emendas. O resultado negativo não pode ser maior do que nossa capacidade de adaptação e suporte", disse o relator da LDO na Câmara. O vereador relembrou ainda sobre o prazo para emendas até dia 11 de maio.  

Economia

Saiba o que é o bônus na conta de luz que ajudou a segurar a inflação

Desconto nas tarifas de energia beneficia 78 milhões de consumidores

24/01/2025 20h00

Saiba o que é o bônus na conta de luz que ajudou a segurar a inflação

Saiba o que é o bônus na conta de luz que ajudou a segurar a inflação ARTE CONTA DE LUZ/ITAIPU BINACIO

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A prévia da inflação oficial de janeiro apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,11%. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa o menor valor mensal desde julho de 2023, quando houve inflação negativa (-0,07).

A taxa é também a menor para um mês de janeiro de todo o plano Real, iniciado em 1994. Os pesquisadores do IBGE identificaram que o custo de vida no mês foi puxado para cima por itens ligados aos grupos de alimentos e bebidas (1,06%) e transportes (1,01%).

No entanto, o item que mais impactou o IPCA-15 individualmente foi a conta de luz, que regrediu 15,46%, ajudando a segurar a inflação. Essa variação significou diminuição de 0,6 ponto percentual no IPCA-15.

Bônus de Itaipu

A explicação para esse alívio no custo da conta de luz é o chamado Bônus de Itaipu, que beneficiou em janeiro mais de 78,3 milhões de consumidores. Isso representa 97% do total de unidades residenciais e rurais no país em 31 de dezembro de 2023.

Esses clientes de companhias elétricas recebem na conta deste mês descontos na tarifa de energia. 

No total, o valor do desconto chega a R$ 1,3 bilhão. Esse dinheiro representa o saldo positivo na Conta de Comercialização de Energia Elétrica da Itaipu, a Conta Itaipu. Esse dinheiro é arrecadado pela Itaipu Binacional, que gera energia a partir da usina localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, ao longo do rio Paraná.

Recebem esse dinheiro rateado em forma de descontos os consumidores brasileiros residenciais e rurais que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em ao menos um mês de 2023.

Cálculo 

A Tarifa-Bônus de Itaipu referente a 2023 foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o valor de R$ 0,011648844 por kWh.

Para entender quanto vai receber, o consumidor deve multiplicar o valor da Tarifa-Bônus pelo quantitativo em kWh informado na fatura de energia em cada mês de 2023 em que o consumo tenha sido inferior a 350 kWh – o valor do bônus para o consumidor será a soma desses resultados mensais.

Exemplo, se uma família consumiu exatamente 100 kWh por mês nos 12 meses do ano, o cálculo será de R$ 0,011648844 (tarifa-bônus) x 100 (consumo mensal em kWh) x 12 (meses), totalizando R$ 13,98.

Como a média de consumo em 2023 entre os 78,3 milhões de unidades beneficiadas foi de 119 kWh por mês, uma família com esse consumo receberia o bônus de R$ 16,66.

Discriminação na conta

Para saber se foi beneficiado, o consumidor precisa observar a conta de luz emitida pelas distribuidoras. Está discriminado na aba “itens da fatura”, como “bônus Itaipu art.21, Lei n. 10438/02”. No mesmo campo, é possível verificar exatamente qual o valor do abatimento.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, comenta que o alívio na conta é um instrumento a mais de combate à inflação. “O cálculo da energia elétrica entra na cesta básica da inflação, ou seja, quando baixamos o valor da energia elétrica, a inflação baixa também, e isso ajuda todo o país”, diz.

Aprovação

A conta Itaipu tem apresentado resultado positivo desde 2018. A distribuição do saldo aos consumidores é uma determinação do Decreto 11.027/2022.

A distribuição do saldo de R$ 1,3 bilhão foi aprovada em 26 de novembro de 2024 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). 

A decisão é uma forma de distribuir o lucro de estatais diretamente para a sociedade.

A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar) é a responsável pela gestão da Conta de Itaipu e tem a atribuição de repassar o montante do bônus às distribuidoras do Sistema Interligado Nacional, para que efetuem o crédito nas faturas dos consumidores.

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3302, sexta-feira (24/01)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

24/01/2025 19h21

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3302 da Lotofácil na noite desta sexta-feira, 24 de janeiro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3302 são:

  • 24 - 01 - 08 - 02 - 19 - 06 - 10 - 25 - 12 - 03 - 15 - 11 - 09 - 13 - 05

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3303

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 25 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3303. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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