Economia

INFRAESTRUTURA

Reativação da Malha Oeste transformará Campo Grande em um hub logístico

Investimentos na malha ferroviária impulsionam o potencial de Mato Grosso do Sul como centro de distribuição de cargas

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A aguardada revitalização da Malha Oeste promete reposicionar Campo Grande como um dos principais hubs logísticos do Brasil. O projeto, que envolve a rebitolagem de trechos estratégicos da ferrovia e investimentos privados, poderá transformar o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais, ampliando a competitividade de Mato Grosso do Sul no cenário nacional e internacional.

Além do agronegócio, o projeto beneficiará o transporte de eucalipto, minérios e combustíveis, como o etanol. De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Jaime Verruck, a modernização da ferrovia permitirá que produtos vindos da Bolívia, por exemplo, possam ser distribuídos de forma mais eficiente.

“O grande trunfo estratégico é que Campo Grande se tornará um hub de distribuição. Os produtos que chegam da Bolívia, que poderiam vir em bitola estreita, poderiam fazer a distribuição. Teríamos também uma grande saída de etanol para São Paulo. Acho que esse é um outro ponto extremamente importante”, afirma Verruck ao Correio do Estado

Após anos de impasse com a devolução da concessão pela Rumo e o estudo de relicitação, o governo federal, junto ao Ministério dos Transportes e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), optou por repactuar o contrato com a empresa. 

Conforme adiantou o Correio do Estado em dezembro do ano passado, as tratativas para relicitar a malha ferroviária que corta Mato Grosso do Sul de leste a oeste estão travadas. Mesmo com novas conversas sobre um acordo entre a concessionária e o governo federal, nada foi concretizado. 

“Essa proposta de repactuação [do contrato] seria fazer a rebitolagem de Campo Grande até Três Lagoas, desativar de Três Lagoas até Mairinque, e de Três Lagoas subiríamos com essa ferrovia até o município de Aparecida do Taboado, manteria na bitola estreita de Campo Grande até Corumbá. Então, esse seria o desenho atual da questão ferroviária. A gente tem insistido, mas praticamente ficou paralisada essa proposta ao longo de 2024”, explicou Verruck. 

GRUPOS

Ainda de acordo com o secretário, o projeto é que, com a revitalização da ferrovia, as gigantes do Vale da Celulose possam se conectar à linha férrea e otimizar o tempo para o transporte da produção ao porto de Santos (SP), já que todas os grupos têm terminais próprios dentro do porto. 

“O grupo LHG, que atua na mineração em Corumbá, já apresentou uma proposta de recapacitação da linha em bitola estreita entre Corumbá e Porto Esperança”, detalha.

Outro player importante é a Eldorado Brasil, que obteve licenciamento para construir uma ferrovia de 97 quilômetros, ligando sua fábrica até Aparecida do Taboado, facilitando o transporte direto da celulose para o Porto de Santos. A Suzano, por sua vez, também solicitou autorização para conectar sua unidade em Três Lagoas ao mesmo destino.

Com a revitalização, empresas como Suzano, Bracell e Eldorado poderão escoar sua produção de forma mais eficiente.

“Hoje, a Suzano retira toda a celulose de caminhão até Água Clara, para só então embarcar no trem. Se tivéssemos a revitalização da ferrovia, poderíamos carregar diretamente na fábrica, reduzindo custos e aumentando a competitividade”, explica o secretário.

Ainda no ramo da celulose, conforme adiantou o Correio do Estado no mês passado, a Arauco pretende construir uma ferrovia de 47 km, ligando o projeto Sucuriú, em Inocência, à Malha Oeste. O processo de autorização está em andamento na ANTT e já foi encaminhado ao Ministério da Infraestrutura e à Secretaria de Portos. 

Conforme o cronograma estabelecido, a expectativa é que, até o fim de março, a resolução autorizando a obra seja publicada. O secretário Jaime Verruck lembra que a empresa de celulose Arauco sinalizou que pretende iniciar a construção da ferrovia em setembro deste ano. 

“Dentro desse cronograma, a Arauco tem uma sinalização de iniciar essa obra em setembro deste ano. Então, nós teríamos aí a primeira autorização da ferrovia shortline, uma ferrovia ligando a indústria até a Malha Norte, para futuramente fazer todas as operações de exportação de celulose da Arauco”, afirmou.

O investimento na unidade da Arauco é de 4,6 bilhões de dólares, reforçando a relevância do projeto para a economia estadual.

O titular da Semadesc destacou, ainda, que a ferrovia da Arauco pode ser a primeira ferrovia shortline do Brasil a ser autorizada após a regulamentação da lei do marco regulatório das ferrovias.

“Provavelmente, consolidando com a primeira autorização ferroviária do Brasil, após a regulamentação da lei do marco regulatório das ferrovias”, enfatizou o secretário.

REPACTUAÇÃO

A reportagem também adiantou, na edição de 31 de outubro do ano passado, que o Ministério dos Transportes quer acelerar a renovação da concessão da ferrovia entre Mato Grosso do Sul e São Paulo com um novo contrato de 30 anos. A promessa era de que uma proposta de solução consensual seria apresentada em junho pela Pasta.

A proposta que está em discussão inclui a devolução de 650 km do trecho paulista para conversão futura em transporte de passageiros. Já em Mato Grosso do Sul, a concessionária Rumo Logística teria exclusividade sobre a Malha Oeste e investiria em 137 km adicionais, um projeto de cerca de R$ 2,7 bilhões para integrar o traçado à Malha Paulista.

Em Mato Grosso do Sul está a maior parte da ferrovia, que abrange um trecho de aproximadamente 800 km, entre Corumbá e Três Lagoas, e outro de 355 km, entre Campo Grande e Ponta Porã. 

De olho no corte de custos, o plano é prorrogar a concessão por mais 30 anos, evitando o vencimento do contrato atual, pois um novo processo de relicitação seria mais extenso e custoso.

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LOTERIA

Resultado da Quina de hoje, concurso 6652, sexta-feira (07/02)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

07/02/2025 19h02

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6652 da Quina na noite desta sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 6,7 milhões.

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6652 são:

  •  59 - 65 - 52 - 42 - 47

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6653

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 8 de fevereiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6653. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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MICRO E PEQUENOS

Sociedade Limitada Unipessoal é modelo preferido pelo setor de serviços em MS

A Jucems registrou que em janeiro deste ano 75,1% das empresas abertas são dessa atividade no Estado

07/02/2025 15h07

O setor de serviços é o que mais usa o modelo de Sociedade Limitada Unipessoal

O setor de serviços é o que mais usa o modelo de Sociedade Limitada Unipessoal Arquivo

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As Sociedades Limitadas Unipessoais (SLUs), modelo preferido por empreendedores que buscam segurança jurídica e agilidade, destacaram-se no número de empresas abertas em janeiro deste ano em Mato Grosso do Sul.

Conforme balanço da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), o Estado iniciou 2025 com um salto significativo na abertura de empresas: 1.298 novos negócios foram registrados em janeiro, o que representou um crescimento de 50,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando 862 empresas foram criadas. 

Os dados revelam ainda que o setor de serviços liderou as aberturas, com 976 empresas, ou seja, 75,1% do total, sendo que o modelo adotado por essas empresas foi o de SLU. Depois aparecem os setores do comércio, com 289 registros (22,2%), e da indústria, com 33 (2,54%). 

De acordo com o contador Luzemir Barbosa, a SLU foi introduzida no Brasil pela Lei da Liberdade Econômica em 2019 e permite que um único sócio gerencie o negócio com responsabilidade limitada ao capital social, protegendo patrimônios pessoais.

“As SLUs democratizaram o acesso às estruturas empresariais mais seguras. Antes, a EIRELI exigia um capital mínimo elevado. Com as SLUs, qualquer pessoa pode abrir uma empresa sozinha, sem riscos ao patrimônio pessoal, o que explica parte desse crescimento nas aberturas”, afirmou.

Ele explicou ainda que o modelo SLU é especialmente atraente para serviços porque reúne profissionais liberais, consultores e pequenos prestadores de serviços. “Eles optam pela SLU por sua simplicidade e custo acessível. Além disso, a separação de bens dá confiança para investir”, destaca.

Campo Grande

A capital sul-mato-grossense concentrou 42,6% das novas empresas (554), reforçando seu papel como polo econômico. Porém, cidades como Dourados (147 aberturas), Três Lagoas (74), Ponta Porã (53) e Chapadão do Sul (35) também registraram crescimento, indicando uma interiorização do empreendedorismo.

Para Luzemir Barbosa, o avanço reflete maior acesso à informação e incentivos locais. “Municípios menores estão criando programas de apoio, e a SLU facilita a formalização. Muitos pequenos produtores rurais e comerciantes do interior, por exemplo, estão migrando de MEI {Micro Empreendedor Individual} para SLU para ampliar atividades com menos burocracia”, analisou.

Além da proteção patrimonial, a SLU não exige capital social mínimo e permite escolher entre regimes tributários como o Simples Nacional, vantagens que a tornam acessível para micro e pequenos negócios. “O empreendedor define um capital inicial simbólico, se quiser, e mantém controle total sobre as decisões. Isso reduz conflitos e acelera processos”, assegurou.

O contador alertou, porém, para a necessidade de planejamento. “Ainda há quem abra uma SLU sem definir corretamente o objeto social no contrato ou ignore obrigações municipais, como alvarás. Isso pode gerar multas. A assessoria contábil é essencial para evitar riscos”, reforçou.

O predomínio do setor de serviços (75,1%) reflete tendências nacionais de digitalização e demanda por soluções especializadas. Em Campo Grande, startups, consultorias e empresas de tecnologia estão entre as que mais adotaram a SLU. Já o comércio, segundo colocado (22,2%), inclui desde lojas online até estabelecimentos físicos que buscam expandir com segurança jurídica.
 

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