Economia

FEIRA AGRO

Expogenética terá rodeio internacional, leilão inédito e movimentará Campo Grande

Exposição pretende mostrar o melhoramento genético do Nelore de MS e será realizada entre os dias 30/10 e 10/11

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Com rodeio internacional e leilão inédito de touros campeões, exposição agropecuária da raça Nelore, a 1ª Expogenética, movimentará mais de R$ 20 milhões na economia de Mato Grosso do Sul.

A feira será realizada entre os dias 30/10 e 10/11 no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, e promete movimentar a Capital. 

Estão confirmados 10 leilões, palestras técnicas, provas equestres, shopping de animais ao vivo, palestras de melhoramento e evoluções na reprodução, conceito de nutrição, parque de diversões, área comercial, stands, praça de alimentação e shows nacionais.

A expectativa, segundo a organização, é receber 12 mil pessoas diariamente. 

Leilões e agenda de shows:

O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Criadores de Nelore (Nelore-MS), Paulo Matos, afirmou ao Correio do Estado que a ideia é colocar a feira no calendário do agronegócio de Mato Grosso do Sul. 

“Entre os 10 maiores criadores de nelore do Brasil, sete são daqui de MS. Então, queremos mostrar toda essa parte de melhoramento genético. Esse evento vem consagrar e mostrar essa força para o restante do País, pois a genética produzida aqui no Estado é exportada para todo o Brasil”, disse. 

Matos ressalta que entre as grandes novidades e os atrativos que a exposição traz o retorno do rodeio ao Parque de Exposições. A Professional Bull Riders (PBR) vai realizar uma etapa máster do campeonato mundial entre os dias 31/10 e 2/11. O ganhador garante uma vaga para a grande final em Las Vegas (EUA). 

“Teremos uma etapa do melhor rodeio de montaria em touros do planeta. A gente vai ter shows junto aos rodeios e teremos toda a etapa de provas equestres: laço comprido, baliza, tambor, ranch sorting. Então, vai ser uma feira completa”, detalhou Matos. 

Além disso, no dia 3 de novembro será realizado o 1° leilão de touros de rodeio da história do Brasil.

“Serão vendidos 26 touros, dos quais dois são campeões da PBR Brasil. Vai ser o primeiro leilão deste tipo no Brasil”, completou Matos. 

Quem é Professional Bull Riders

A PBR é a maior organização mundial de montaria em touros e está presente em vários países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Canadá, México e Austrália. 

No Brasil, a PBR está presente desde 2006, promovendo campeonatos nas arenas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

Suas principais etapas são realizadas dentro dos maiores eventos agropecuários e rodeios nessas regiões.

MOVIMENTAÇÃO

Paulo Matos acrescenta que os valores negociados durante a Expogenética devem ser muito superiores aos R$ 20 milhões, uma vez que haverá ainda as atividades de comercialização dentro do parque de exposições. 

“Vamos oferecer um layout semelhante ao da Expogrande, com mais de 150 stands disponíveis para empresas do segmento agropecuário”, explica Matos.

São nove leilões confirmados para as duas semanas de feira. Para o gerente comercial da Agro Jacarezinho, Lucas Motta, aceitar o convite para expor seus animais é contribuir com a pecuária do Estado. 

“Nos, da Agropecuária Jacarezinho, aceitamos o convite para o leilão durante a Expogenética primeiramente pela organização sempre impecável, e nessa virada de ciclo da pecuária, estar dentro do Estado que mais acredita na evolução genética de rebanho, e que tem o maior desafio pelas dificuldades do Pantanal, é acreditar no nosso trabalho. Nosso gado se encaixa perfeitamente no que tange a rusticidade e lucratividade para os pecuaristas de Mato Grosso do Sul e deve chegar no parque na segunda-feira [4] de novembro”, comenta Motta.

Em sua primeira edição, a pretensão da Expogenética Nelore-MS é se consolidar como uma feira com entretenimento voltado para toda a família.

Outras atrações: 

Além da expectativa de negócios com leilões de touros já confirmados, terá shopping ao vivo, palestras sobre melhoramento, evoluções na reprodução e conceito de nutrição, todos voltados para produtores que atuam ou queiram conhecer mais sobre a área de reprodução e melhoramento genético.

O presidente da Nelore-MS ainda detalha que esse tipo de evento é importante para valorizar a pecuária de Mato Grosso do Sul, que conta atualmente com um rebanho bovino de corte estimado em 18,9 milhões de cabeças.

“Dessas, seguramente 80% são de animais nelore ou anelorado, uma raça que se adaptou ao longo dos anos naturalmente ao clima e à geografia do Centro-Oeste”, concluiu.

A feira ainda contará com grandes nomes da música. No dia 31, a dupla Jads e Jadson garantirá a animação. No dia 1º de novembro, a atração musical será o DJ Jiraya Uai. Já no dia 2 de novembro, a atração será a dupla Felipe & Rodrigo. E no dia 8 de novembro o “Cabaré” estará de volta, desta vez com a dupla Bruno e Marrone e Leonardo.

Bovinos em Mato Grosso do Sul

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, Mato Grosso do Sul registrou redução gradual do quantitativo de bovinos, saindo de 21,800 milhões em 2016 para 21,474 milhões em 2017. Em 2018, o total aferido chegou a 20,896 milhões, reduzindo para 19,407 milhões em 2019 e para 19,027 milhões em 2020.

Em 2021, chegou a 18,608 milhões, foi a 18,433 milhões em 2022 e subiu a 18,891 milhões no ano passado.

Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, “mais importante do que estar no topo é ter uma carne de qualidade. Mato Grosso do Sul tem reconhecidamente uma das melhores carnes do Brasil, e precisamos buscar uma melhor remuneração por essa qualidade”. 
 

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CONTAS PÚBLICAS

MS adere a programa que alivia dívida bilionária e dá fôlego fiscal para 2026

Estado deve formalizar adesão ao Propag, que reduz juros da dívida de R$ 9,6 bilhões com a União e abre espaço no orçamento

15/12/2025 08h20

Secretaria de Estado de Fazenda; erário deve ter folga fiscal com renegociação da dívida

Secretaria de Estado de Fazenda; erário deve ter folga fiscal com renegociação da dívida Marcelo Victor

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), deve confirmar nesta semana a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) da Secretaria do Tesouro Nacional.

A adesão deve dar fôlego financeiro a MS em 2026, em razão da carência de 15 meses para pagamento após a renegociação da dívida de R$ 9,6 bilhões com a União e entes externos, além da redução dos juros, medida que deve zerar o serviço de pagamento da dívida no próximo ano e reduzi-lo nos anos subsequentes.

Atualmente, o serviço dessa dívida com a União tem custado em torno de R$ 676 milhões por ano, aproximadamente 3% da receita corrente líquida de Mato Grosso do Sul, que no segundo quadrimestre do ano era de R$ 21,2 bilhões.

A dívida de Mato Grosso do Sul com a União é de R$ 9,6 bilhões, sendo R$ 7,6 bilhões (79,7%) referentes a empréstimos e financiamentos internos, inclusive os decorrentes das reestruturações de dívida que vêm sendo roladas desde a década de 1990.

Outros R$ 1,68 bilhão (17,5%) da dívida se referem a empréstimos e financiamentos externos (para entidades de direito privado, não governamentais) ou para entes internacionais em que a União é a garantidora da dívida.

O volume de precatórios é de R$ 186 milhões (1,9%), considerado baixo quando comparado ao de outros estados. Por fim, há ainda R$ 80 milhões em dívidas de contribuições sociais.

A dívida consolidada líquida de Mato Grosso do Sul é de R$ 5 bilhões. O valor desconsidera a receita corrente líquida e representa aproximadamente 24% do que o Estado arrecada.

No comparativo com outros estados brasileiros, a situação de Mato Grosso do Sul não é das piores, como as de São Paulo (R$ 372 bilhões), Minas Gerais (R$ 191 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 217 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 128 bilhões), mas é uma situação pior que a de Mato Grosso, que tem uma dívida de R$ 5 bilhões, por exemplo.

O programa

A adesão ao Propag começou no fim de novembro, quando o governador Eduardo Riedel enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul solicitando autorização para aderir ao programa. O projeto foi aprovado na sexta-feira e já foi encaminhado para sanção do governador. A expectativa é de que a adesão ao Propag vire lei ainda nesta semana.

O projeto autoriza o governo de Mato Grosso do Sul a transferir recursos ao Tesouro Nacional por meio de amortização extraordinária do saldo devedor de R$ 9,6 bilhões, além de transferir participações societárias em empresas de propriedade do Estado. A lei também autoriza a gestão estadual a transferir bens móveis e imóveis à União, desde que haja manifestação de aceite pelas partes.

Secretaria de Estado de Fazenda; erário deve ter folga fiscal com renegociação da dívida

Também está prevista, como condição para ter acesso a condições mais favoráveis de pagamento da dívida, a cessão de créditos líquidos e certos do Estado para o setor privado, desde que previamente aceitos pela União.

Por fim, MS poderá transferir à União recebíveis de créditos inscritos na dívida ativa da Fazenda Pública estadual, “confessados e considerados recuperáveis”, ou seja, não vale a transferência do que é chamado de “dívida podre”.

Pagamentos

A adesão ao Propag consiste no pagamento com os ativos citados acima e também com outra forma de quitação: o parcelamento da dívida em até 30 anos, com taxa atrelada ao IPCA (inflação) acrescida de juros zero, ou de 1%, ou de 2%, a depender de algumas condições, como porcentual de antecipação da dívida e contribuição para o Fundo de Equalização Federativa (fundo de compensação da reforma tributária).

Como a primeira parcela do pagamento do Propag só vence 15 meses após a assinatura do acordo com o Tesouro Nacional, o Estado poderá ter um forte alívio financeiro em 2026, sem a necessidade de repassar a dívida à União.

Atualmente, o serviço da dívida é de R$ 676 milhões por ano, o que representa repasses de R$ 53 milhões por mês, valor que deve ser reduzido com a adesão ao programa.

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ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

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