Atraso da CEF na reposição de material gera preocupação de lotéricos (Foto: Álvaro Rezende)
"Vai parar o atendimento”. O alerta é feito pelo presidente do Sindicato dos Agentes Lotéricos de Mato Grosso do Sul, Ricardo Amado Costa, sobre a paralisação dos serviços oferecidos na rede lotérica por falta de bobinas de papel, mostra reportagem na edição de hoje do jornal Correio do Estado. Com o material escasso para imprimir comprovantes e jogos, algumas lotéricas já não estão mais recebendo contas, para economizar bobina.
Segundo Ricardo Costa, a situação é generalizada e a paralisação de todo o atendimento é uma questão de tempo, nas contas do sindicalista. “É o fim da picada essa situação. Já temos notícias de lojas que limitaram a operação justamente porque não tem bobina. É um absurdo o que tem acontecido com a rede lotérica”, desabafa Ricardo, que é lotérico há 29 anos.
Responsável pelos serviços lotéricos de todo o País, a Caixa Econômica Federal fica com 11% do que é arrecadado nas lotéricas justamente para garantir o fornecimento de insumos, como bobinas, volantes de jogos e raspadinhas, além da manutenção dos terminais.
De acordo com a reportagem de Patrícia Belarmino, exatamente por ficar com parte da arrecadação para fornecer os insumos, a Caixa é a única responsável pelo fornecimento dos materiais e manutenção dos terminais. Quando o banco não entrega o material, como acontece agora, os lotéricos ficam de mãos atadas. O presidente do sindicato dos lotéricos explica que a bobina, por exemplo, é feita com um material diferenciado e não é comercializada no mercado. “É uma bobina específica, tem especificações técnicas. Não existe no mercado”, diz.