Economia

REFLEXOS

Sobrevivência de 57% das empresas de MS vai depender de empréstimos

Pesquisa realizada pelo Sebrae aponta que o faturamento de 89% dos empresários diminuiu

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O equilíbrio financeiro e a sobrevivência de muitas empresas em Mato Grosso do Sul estão ameaçados com os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Pesquisa realizada pelo Sebrae aponta que 57% dessas empresas só sobreviverão com empréstimos para conseguir manter o negócio e não demitir funcionários.  

O levantamento divulgado nesta quinta-feira (2) aponta ainda que, caso as restrições sejam mantidas, para 38% das empresas o tempo de sobrevivência é de 1 mês; para 28%, de 2 a 3 meses; para 17%, de 3 a 6 meses; e o restante, 17%, não sabe ou não quis responder.

A solução encontrada por 57% dos empresários sul-mato-grossenses para contornar a situação é recorrer a empréstimo para poder continuar operando sem demitir. De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, essa é a realidade do comércio. “Temos empresas pertencentes ao microempreendedor individual, e essas são empresas bastante complexas, porque muitas vezes nasceram como alternativa de renda e não possuem uma sobrevivência de longo prazo. A gente já imaginava que fossem necessários os empréstimos, mas os empresários precisam ver as taxas de juros mais atrativas ou que têm o menor custo”, explicou.  

O estudo aponta ainda que o faturamento mensal diminuiu para 89% dos empresários do Estado, e para mais de metade deles a queda foi maior que 50%. E, apesar da queda no faturamento, as principais despesas da empresa permaneceram as mesmas, o que afeta os resultados. Para 40% dos empresários, não houve mudanças no custo com matérias-primas; para 66%, o custo com pessoal permaneceu igual; e para 80% o custo com aluguel não sofreu alteração.

“Essa questão do peso dos custos a gente ainda percebe que há algumas possibilidades de renegociação com a própria parte dos aluguéis, há essa necessidade de que os locadores de imóveis sejam mais flexíveis. Este é o momento em que, infelizmente, todos terão perdas, seja no quesito renda, seja tentando ajudar o outro. O empresário vai ter de tentar negociar também com fornecedor, essas são algumas alternativas para tentar reduzir os custos”, contextualizou Daniela.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, são necessárias medidas para apoiar os pequenos negócios neste momento. “As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos empregos formais. O Sebrae tem orientado e realizado ações para apoiar os empresários, porém, a situação exige o comprometimento de todos os agentes públicos para que os negócios não fechem”, disse.

ESTRATÉGIAS

Os especialistas recomendam que os empresários adotem estratégias, independentemente da reabertura de lojas, que começa a ocorrer na segunda-feira (6). “Por exemplo, canais de comercialização, como vendas on-line; entregas, para que o cliente não precise se deslocar até a empresa; e a realização de vendas antecipadas com vouchers, para consumo posterior. É o momento de negociar com os fornecedores e estar atento ao estoque. Precisamos da solidariedade de todos”, afirmou o superintendente do Sebrae.

A economista reforça que a adoção de entregas e vendas por mídias sociais pode minimizar o impacto financeiro para esses empresários.  

“A gente precisa de medidas emergenciais e rápidas. A entrega de produtos em casa é um tipo de estratégia que precisa ser fortalecido neste momento. Porque, mesmo que a gente tenha a reabertura do comércio, nada garante que as vendas alcançarão o mesmo patamar de antes, porque a população está com muito medo. Se de repente vou precisar de um empréstimo e eu estou conseguindo abater um pouco dos gastos com minhas vendas a distância, 10% que eu vendo já vai me ajudar, porque são 10% a menos que vou precisar pegar emprestado”, ressaltou Daniela Dias. 

Perfil dos levantamentos

Levantamento foi realizado pelo Sebrae em todo o território brasileiro, entre os dias 19 e 23 de março de 2020, com grau de confiança de 95% e erro de 1%. No Brasil, foram 9.105 respondentes, já em Mato Grosso do Sul foram ouvidas 113 empresas.

Economia

Dólar sobe e Bolsa enfrenta queda com incertezas nas contas públicas

Só em relação ao real, a moeda americana havia acumulado mais de 2% de queda nos últimos dias

20/09/2024 20h00

Foto: Arquivo / Agência Brasil

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O dólar disparou 1,78% nesta sexta-feira (20), a R$ 5,519, com investidores ajustando posições globalmente após sessões de desvalorização, em meio, também, a temores sobre as contas públicas brasileiras.

O relatório bimestral de despesas e receitas será enviado ao Congresso ainda nesta sexta, mas a apresentação do documento e a subsequente entrevista coletiva foram adiadas para segunda-feira.

Já a Bolsa fechou em forte queda de 1,55%, a 131.065 pontos, com pressão da curva de juros futuros afetando ações sensíveis à economia doméstica.

Na semana, a moeda americana acumula perdas de 0,83%; o Ibovespa, de 2,79%.
O mercado reagiu a uma série de estímulos que reduziram o apetite por investimentos no Brasil.

Após uma semana marcada pelas decisões de juros do BC (Banco Central) e do Fed (Federal Reserve, a autoridade americana), o dólar se valorizou globalmente nesta sessão, em movimento de recomposição de perdas.

Só em relação ao real, a moeda americana havia acumulado mais de 2% de queda nos últimos dias, diante da perspectiva -e, depois, da confirmação- do aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.

Aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, citando resiliência da economia brasileira. Já o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, num afrouxamento de 0,50 ponto após temores de desaceleração do mercado de trabalho. Os juros americanos agora estão na banda de 4,75% e 5%.

O aumento do diferencial de juros favorece investimentos de "carry trade" -isto é, quando investidores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em moedas de países de taxas altas para maior rentabilização.

Com a perda do impulso inicial, é "natural que a moeda americana entre em correção técnica", explica Andre Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital.
O movimento de valorização foi global nesta sexta: o índice do dólar -que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas- subiu 0,10%, a 100,72.

Ainda houve o empurrão da decisão de política monetária do Banco Central do Japão, que manteve as taxas de curto prazo em 0,25% e pediu "paciência" para elevar os juros novamente. Em relação ao iene, o dólar teve alta de 0,76%, a 143,97, o que puxou grande parte dos investidores estrangeiros à moeda americana.

A disparada, porém, não foi tão forte em outros mercados como foi aqui. "Há questões de fundo: uma inflação brasileira persistentemente mais alta, que pressiona os juros, e os riscos fiscais, que são muito importantes na avaliação do mercado e serão ainda maiores em 2025", diz André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

Na decisão de quarta-feira, o Copom deixou os próximos passos em aberto e evitou se comprometer com a intensidade e com o tamanho do ciclo de alta de juros. Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, preevem que a Selic deve entrar em 2025 a 11% e permanecer neste patamar por um bom tempo.

As projeções de alta afetaram as curvas de juros futuros pelo segundo dia seguido, sobretudo os contratos de curto e médio prazo.

A taxa para janeiro de 2026 avançou para 12,175%, de 12,045% do ajuste anterior, enquanto a de janeiro de 2027 saltou de 12,015% para 12,25%. Já o contrato para 2029 marcou 12,365%, ante 12,09%.

Esse movimento afetou ações mais sensíveis à economia doméstica na Bolsa, como Magazine Luiza (-7,25%), Lojas Renner (-4,34%) e MRV (-3,64%), que ajudaram a pressionar o Ibovespa para baixo.

A baixa foi intensificada pelas perdas de 1,42% da Vale, em meio à desvalorização acumulada do minério de ferro e a conclusão da descaracterização do Dique 1B do Sistema Conceição, localizado em Itabira (MG).

O risco fiscal ainda aprofundou a aversão ao risco dos investidores. O governo brasileiro deve enviar ao Congresso o relatório bimestral de receitas e despesas, o que acendeu temores sobre o cumprimento das metas propostas pelo arcabouço.
O relatório "pode ser determinante para o resultado fiscal de 2024", afirma Galhardo, do Remessa Online.

"O governo tem trabalhado muito na questão de trazer mais receitas extraordinárias, o que mostra empenho em cumprir com o que está disposto no arcabouço fiscal, mas também a dificuldade de fazer o ajuste pelo lado da despesa", explica.

Em projeção enviada ao Congresso nesta manhã, o governo Lula (PT) ainda vai abrir mão de arrecadar R$ 543,7 bilhões em 2025 com a concessão de benefícios tributários a empresas e pessoas físicas. O montante representa um aumento de R$ 20 bilhões em relação ao valor estimado de renúncias neste ano.

Na contramão do tamanho da renúncia de impostos, o governo previu que dependerá de R$ 166 bilhões de receitas extras para fechar a peça orçamentária com déficit zero estabelecido como meta fiscal para o ano que vem.

Os temores com as contas públicas ainda "trazem muita volatilidade ao mercado, o que se refletiu no ruído no câmbio nesta sexta", diz Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos.

 

*Informações da Folhapress 
 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3200, sexta-feira (20/09)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

20/09/2024 19h21

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3200 da Lotofácil na noite desta sexta-feira, 20 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 5 milhões. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3200 são:

  • 05 - 04 - 06 - 02 - 22 - 08 - 17 - 19 - 14 - 23 - 10 - 16 - 25 - 01 - 12

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotofácil 3201

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 21 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3201. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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