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Taxação da energia solar será adiada por mais seis meses

Projeto foi aprovado na Câmara e, agora, será apreciado no Senado; sanção presidencial precisa ser feita no início de 2023

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O projeto que visa adiar a taxação da energia gerada por painéis solares foi aprovado na Câmara dos Deputados e, agora, segue para o Senado. A intenção é adiar o início da incidência da cobrança pela utilização da rede da distribuidora de energia elétrica.

O Projeto de Lei (PL) nº 2.703/2022, do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) e com relatoria do deputado Beto Pereira (PSDB-MS), visa alterar a Lei nº 14.300/2022 (marco legal da geração própria). O texto-base foi aprovado por 260 votos a 83.

A legislação sancionada no início deste ano prevê que a partir de 2023 os novos sistemas ligados à rede começarão a ser taxados.

Conforme publicado pelo Correio do Estado na edição de 9 de novembro, o projeto original tinha por objetivo postergar por um ano o início da cobrança. Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que a mudança para seis meses de prorrogação foi um acordo entre as lideranças das Casas e que o projeto deve ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente em tempo. 

O presidente da associação Movimento Solar Livre (MSL), Hewerton Martins, acredita que os senadores aprovarão o texto.

“O projeto nasceu na audiência pública da defesa do consumidor, foi aprovado na terça-feira pela maioria na Câmara dos Deputados e, hoje [ontem], chegou ao Senado e está nas mãos do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para determinação do relator. Acreditamos que vai para votação na próxima semana”. 

 O deputado federal Beto Pereira, que foi relator da pauta na Câmara, disse que agora é preciso celeridade para que a lei seja sancionada até o dia 7 de janeiro de 2023. 

“Primeiro, quero destacar a participação do deputado Celso Russomanno, autor da proposta, e o embasamento técnico do Movimento Solar Livre. Agora, temos uma tarefa cumprida, que foi a aprovação do projeto no plenário da Câmara. Agora precisamos pedir celeridade na aprovação no Senado e, posterior à sua votação, precisamos da sanção antes do fim do prazo”. 

O marco legal da microgeração e minigeração foi sancionado em janeiro deste ano pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A lei determinava que projetos que protocolarem solicitação de acesso nas distribuidoras até 7 de janeiro ficariam isentos do pagamento pelo uso do fio (rede) e de encargos até 2045. Esse prazo muda para julho de 2023.

Para quem fizer a solicitação de instalação após essa data, haverá um prazo de transição gradual, até que passem a arcar com todos os encargos. O repasse começa em 15% em 2023 e sobe gradativamente até atingir 100% em 2029. 

PRORROGAÇÃO

Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o PL 2.703/2022 é um avanço nas garantias do direito do consumidor e um passo importante para preservar a aplicação do marco legal. 

De acordo com a associação, a lei aprovada em janeiro deste ano previa prazos e compromissos para cada uma das partes, entre eles, um prazo máximo de até 180 dias, contados da data de publicação, para sua integral regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e implementação pelas concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica. 

No entanto, decorrido este prazo, nenhuma providência efetiva foi tomada pela agência reguladora, e “tal omissão tem acarretado inúmeros empecilhos, atrasos, prejuízos e dificuldades para os consumidores brasileiros.

O texto do PL restitui em seis meses o prazo para que os consumidores possam dar início aos trâmites de geração própria com as regras atuais”, explica a associação em nota.

“Como, até o momento, a lei não foi cumprida e a Aneel e as distribuidoras não têm sido capazes de cumprir os prazos e procedimentos previstos, impactando diretamente os consumidores, a sociedade e o setor fotovoltaico esperam a aprovação plena da matéria no Congresso Nacional”, comenta Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar.

De acordo com a Energisa Mato Grosso do Sul, em 2021 e neste ano, foram conectados 36.279 sistemas de geração distribuída (GD) em Mato Grosso do Sul. Em cinco anos, o número total chega a 50.408 unidades integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Conforme publicado pelo Correio do Estado na edição de 10 de janeiro, a Lei nº 14.300 foi publicada na edição do dia 7 de janeiro no Diário Oficial da União. O marco legal da geração própria de energia foi sancionado após dois anos de indefinição. 

Na prática, os consumidores que produzem a própria energia renovável passarão a pagar, gradualmente, tarifas sobre a distribuição dessa energia.

As regras incidem sobre a geração de energia solar fotovoltaica, eólica, de centrais hidrelétricas e de biomassa. Hoje, os micro e minigeradores não pagam pela energia que é gerada a mais e inserida na rede distribuidora. Com o novo marco, aqueles que já têm sistemas instalados mantêm a garantia de isenção de taxas até 2045. 

O pagamento escalonado da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd fio B) começa em 15%, a partir de 2023; vai a 30%, a partir de 2024; depois 45%, a partir de 2025; a 60%, em 2026; a 75%, a partir de 2027; a 90%, a partir de 2028; e a partir de 2029 ficará sujeito à tarifa estabelecida pela Aneel.

CUSTOS

Reportagem publicada pelo Estadão traz a discussão sobre quem paga os custos pelo uso dos sistemas de transmissão e distribuição não pagos por quem tem os sistemas de geração distribuída – que são rateados entre os demais consumidores de energia elétrica. Segundo cálculos da Aneel, os subsídios devem somar R$ 5,4 bilhões para os consumidores do País em 2023.

Esses custos serão suportados pelos consumidores por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial usado para bancar subsídios para diversos segmentos.

Com base no novo prazo, de seis meses, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) atualizou suas estimativas de impacto do projeto de lei nas contas de luz até 2046, que passa a R$ 118 bilhões, ante os R$ 159 bilhões anteriormente estimados.

 


 

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Economia

Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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