Maria de Lourdes Carvalho há 11 dias realizou um sonho: conseguiu tornar formal o trabalho de mais de dez anos. A empresa de cestas café da manhã e telemensagens desde o dia 10 de fevereiro já pode emitir nota fiscal, registrar a funcionária que até então era informal e, ser enfim, considerada um negócio legal. Conquista que emociona a agora empresária. Desde 2000, Maria trabalha em casa. Aos poucos montou um site, uma pequena central telefônica e na própria cozinha reserva um espaço para os produtos e a montagem das cestas, que presenteiam aniversariantes e outros clientes. Ela também tem uma salinha de costura, na qual fabrica artesanalmente os adornos e ursos de pelúcia que fazem parte do produto que oferece. Tornar sólida a empresa só dependia de um papel – já que esse tinha se tornado o ganha-pão da família há muito tempo. “Em 2004 cheguei a tentar abrir uma empresa certinha, mas era muito burocrático e os impostos me desanimaram”, conta. Na época Maria desistiu, mas no ano passado, quando soube da Lei do Empreendedor Individual, a esperança do negócio formal renasceu. Ao procurar o Sebrae, soube que a i n iciat iva ainda não havia chegado a MS, mas ela soube esperar. No dia 8 de fevereiro o Portal do Empreendedor ficou disponível para os informais do Estado e então a trabalhadora pôde enfim realizar o sonho da empresa formal. “Sou empreendedora individual desde o dia 10, vou pagar R$ 62,10 por mês e ainda registrar minha funcionária”, conta, revelando otimismo e expectativa de que, a partir da iniciativa, o negócio – que rende cerca de R$ 2 mil por mês com a venda de 40 cestas e 300 telemensagens – só vai crescer a cada dia. (AM)