Cidade do Cabo, África do Sul
Passada a fase das oitavas de final da Copa do Mundo, encerrada na terça-feira, a competição começa a se afunilar, tendo sobrado apenas oito times na luta pelo título. Neste cenário quem mais se destaca é a América do Sul, que segue com 100% de aproveitamento possível em termos de avanços no torneio, e com a possibilidade de ocupar as quatro vagas das semifinais.
É da América do Sul a maioria dos participantes destas quartas de final. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai seguem na luta e o Chile foi eliminado porque cruzou o caminho de outro sul-americano, a seleção brasileira. A Europa, tão acostumada a emplacar o maior número de representantes nas etapas finais de Mundiais, segue com três equipes na disputa: Espanha, Alemanha e Holanda.
O curioso é que o Velho Continente, que teve uma participação modesta na fase de grupos, conseguindo classificar apenas seis equipes para as oitavas de final, viu todas elas se cruzarem em confrontos diretos. Isso porque, nas oitavas, Holanda, Alemanha e Espanha eliminaram, respectivamente, Eslováquia, Inglaterra e Portugal.
Com três europeus e quatro sul-americanos nas quartas de final, uma vaga ficou em aberto. O convidado fora dos dois continentes é justamente um dos “anfitriões”. Trata-se de Gana, única seleção africana a permanecer na disputa. Os ganeses, por sinal, podem ser considerados visitantes indesejados. Isso porque essa foi a única equipe que passou pelas oitavas de final sendo segunda colocada de seu grupo. Todos os campeões de chave da primeira etapa aparecem nas quartas de final, exceção dos Estados Unidos, que cruzaram o caminho de Gana.
Sequência
Os confrontos de quartas de final marcam Brasil x Holanda, Uruguai x Gana, Espanha x Paraguai e Alemanha x Argentina. Desses, dois duelos serão inéditos em quartas de final. Isso porque ganeses e paraguaios chegam pela primeira vez a essa etapa da competição. Alemães e argentinos enfrentaram-se nas quartas de final de 2006 e, na ocasião, os europeus levaram a melhor, avançando nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
Aliás, o confronto entre Argentina e Alemanha tem muita história recente. As duas seleções, que juntas somam cinco títulos, fizeram duas finais de Copas do Mundo. Os bicampeões argentinos ganharam na edição de 1986, com um 3 a 2 na final. Os alemães, que são tricampeões, deram o troco quatro anos depois, na Itália, quando venceram a decisão por 1 a 0.
Brasileiros e holandeses duelaram três vezes em Mundiais. Na primeira delas, em 1974, triunfo europeu por 2 a 0. Depois o Brasil deu o troco nas quartas de final de 1994, ganhando por 3 a 2, com um golaço de falta do lateral esquerdo Branco. Quatro anos depois, em 1998, na França, o confronto-desempate. Melhor para o Brasil, que venceu nos pênaltis após 1 a 1 no tempo normal.