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Amor pelo Botafogo une esquerda e direita em Mato Grosso do Sul

Zeca do PT, Nelsinho Trad, Fábio Trad, Vander e Mandetta torcem pelo Glorioso e comemoram temporada épica do time

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O amor pelo Botafogo une políticos de esquerda e direita em Mato Grosso do Sul. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), o senador Nelsinho Trad (PSD), o deputado federal Vander Loubet (PT), o deputado estadual Zeca do PT (PT) e o ex-deputado federal Fábio Trad (PSD) torcem pelo time alvinegro. 

Os políticos falaram ao Correio do Estado sobre a paixão pelo atual líder do Campeonato Brasileiro e sobre o que eles esperam do time neste ano. 

Vander Loubet começa com uma frase que também foi citada pelos outros torcedores: “O Botafogo não é a gente que escolhe, o Botafogo escolhe a gente”. 

Nascido em Porto Murtinho, o deputado federal acompanha os times do Rio de Janeiro desde a infância, principalmente por ser filho de militar e ter convivido com cariocas que foram para Corumbá. 
vander Loubet também teve foi influenciado por sua família, seus tios Heitor, que já faleceu, e Zeca do PT, deputado estadual, são botafoguenses. Vander viu o time carioca das décadas de 1970 e 1980 e citou Jairzinho como um dos principais nomes da época. 

O tio de Vander, Zeca do PT, tornou-se torcedor do Alvinegro aos 12 anos de idade, durante a Copa do Mundo de 1962, quando o Brasil conquistou o bicampeonato. Ele recorda que os dois grandes times da época eram Santos e Botafogo. 

“Até hoje o Botafogo é o time que mais deu jogadores para a seleção brasileira, com 49, e naquela época a base da seleção era Santos e Botafogo”, relata o deputado, que ouvia os jogos principalmente pela Rádio Nacional. Ele recorda com muita alegria os feitos de Nilton Santos, Didi, Garrincha, Zagalo e Amarildo, tanto pela seleção quanto pelo time carioca. 

A paixão pelo Botafogo se transformou em um acervo de presentes, camisas autografadas, canecas e diversos itens do time, que incluem um suvenir muito valioso: o pé direito das chuteiras que Garrincha usou na Copa do Mundo de 1962. 

 

“Quando era governador do Estado, eu ganhei de um empresário amigo meu o pé direito das chuteiras do Garrincha da Copa de 1962. Quando tem jogo, eu deixo a chuteira do Garrincha na frente da televisão”, comenta Zeca a respeito de suas superstições. 

“Todo botafoguense que se preza é um ser supersticioso”, diz Nelsinho Trad. O senador assiste a todos os jogos com o mesmo calção e a mesma camiseta. Ele também evita ir a lugares diferentes, até mesmo para o estádio, com medo de levar azar para o Botafogo. 

A paixão pelo time carioca começou na infância. Nelsinho relembra o time Manequinho, que foi montado na Capital para disputar um campeonato no Belmar Fidalgo. “A camisa era a estrela solitária, escrita ‘Manequinho’ em cima e era preta e branca”, recorda. 

A família de Nelsinho é toda botafoguense, menos o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, que, segundo o senador, é “do contra e torce para o Vasco”. 

O ex-deputado federal Fábio Trad também segue a estrela solitária e passou esse amor para sua filha Maísa. 
“Tornei-me botafoguense antes mesmo de viver essa dimensão terrena”, comenta o ex-deputado federal, que, apesar de reconhecer a fase “mágica” do time, prefere não comentar muito a respeito, para não estragar. 
O torcedor ilustre, assim como todos os outros, também tem sua superstição, que é assistir aos jogos com meias e cuecas da mesma cor desde junho de 1989. 

A tradição familiar também é vista na família do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que divide sua paixão com dois dos três filhos, Pedro e Marina, e o neto Gabriel. Já o filho caçula é vascaíno. 
A estrela solitária, símbolo do time, foi o que chamou a atenção de Mandetta. 

“Eu me lembro que, quando eu era pequeno, a gente tinha um time de futebol de campinho, e o pai de um amigo que era muito botafoguense deu um jogo de camisa do Botafogo. Depois eu fui estudar Medicina no Rio de Janeiro e comecei a ir para o Maracanã, a seguir o Botafogo, uma paixão absurda, não perco um jogo”, disse.

ATUALIDADE 

Todos compartilham o amor pelo Botafogo com familiares e estão confiantes, mas preferem não falar de título. 

“A gente que é botafoguense torce sempre. Ídolos que ninguém tem, a gente tem, a paixão é diferente, é mais tradicional”, comentou Mandetta, que prefere curtir um jogo de cada vez, torcendo até o fim. 
O ex-ministro já foi ao Estádio Nilton Santos neste ano, com o filho Pedro, e viu a vitória do Glorioso contra o Red Bull Bragantino, por 2 a 0. 

Já Vander não vai aos jogos, pois nas últimas vezes que foi o time perdeu. “Prefiro assistir na televisão”, comenta o deputado, que acredita que a mudança para Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foi um dos fatores que transformou o Botafogo no time que todos veem hoje, por ter sido constituída de forma organizada e com uma forte identificação com a torcida. 

Nelsinho Trad e Zeca do PT também pontuam que a reestruturação foi fundamental para a atual fase. “O que está acontecendo no Botafogo prova que é preciso profissionalizar o futebol. A entrada da SAF, na minha cabeça, é muito bem-vinda”, comenta o deputado. 

“Tem coisas que se sobressaem em relação aos outros times: a dedicação e o comprometimento uns com os outros são muito evidentes. Quem se machuca, parece que os 11 se machucaram junto”, aponta Nelsinho. 
O senador relata ainda que atualmente o Botafogo está jogando “tão bem e tão bonito” que uniu diversos torcedores de outros times e que já teve até amigo flamenguista que reconheceu o bom jogo do rival. 

REFERÊNCIA DE FORA

Yeltsin é "esquecido" em premiação dos melhores atletas de MS no ano

Campo-grandense conquistou um bronze e um ouro nesta última edição da Paralimpíadas, realizada em Paris; campeão Paralímpico Fernando Rufino foi indicado

22/11/2024 12h30

Yeltsin (à direita) com sua medalha de ouro conquistado no 1.500m em Paris-2024

Yeltsin (à direita) com sua medalha de ouro conquistado no 1.500m em Paris-2024 Foto: Silvio Avila/CPB

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Campeão dos 1.500m e bronze nos 5.000m na edição deste ano nos Jogos Paralímpicos, realizado em Paris (França), o campo-grandense Yeltsin Jacques foi “esquecido” na lista de  indicados ao prêmio Melhores no Esporte do Ano 2024, que premia os destaques esportivos sul-mato-grossenses.

A relação definitiva foi divulgada nesta sexta-feira (22) e surpreendeu ao não constar o nome do melhor atleta de Mato Grosso do Sul nos últimos anos. Segundo prevê o edital, a inscrição dos atletas nas categorias é feita pela Federação daquela determinada modalidade ou pelos Clubes ou Associações que fomentam a referida modalidade no estado.

Ao todo, o prêmio é dividido em 14 categorias, sendo três grandes temas: modalidades individuais masculino e feminino, modalidades coletivas masculino e feminino e profissionais do esporte (técnico/treinadores e árbitros). As categorias são:

Individual Masculino e Feminino

  • Infantojuvenil (até 17 anos);
  • Adulto (a partir de 18 anos);
  • Paradesporto/surdolímpico (até 17 anos);
  • Paradesporto/surdolímpico (a partir de 18 anos);
  • Melhor Idade (a partir de 60 anos);

Coletivo Masculino e Feminino

  • Infantojuvenil (até 17 anos);
  • Adulto (a partir de 18 anos);
  • Paradesporto/surdolímpico (até 17 anos);
  • Paradesporto/surdolímpico (a partir de 18 anos);
  • Melhor Idade (a partir de 60 anos);
  • Melhor equipe;

Profissionais do esporte (técnico/treinadores e árbitros)

  • Melhor Treinador(a);
  • Melhor Treinador(a) Paradesporto/surdolímpico;
  • Melhor Árbitro(a);

A categoria da qual se encaixaria Yeltsin é a Paradesporto/surdolímpico (a partir de 18 anos) e nela foram indicados outros seis atletas: Aldrey Gonzada Mareco (Paratletismo), André Luis Barroso Filho (Bocha Paralímpica), Fernando Rufino De Paulo (Paracanoagem), Jorge Diodi Nakashita (Judô De Cegos), Luiz Nelson Nunes Azevedo (Tiro Esportivo) e Rivair Souza Da Silva (Boliche).

A diretoria de excelência e capacitação esportiva da Fundesporte respondeu que as federações e associações são as responsáveis pelas indicações  no caso do paradesporto e melhor idade, mas os atletas que participaram da Paralimpíada serão premiados

Sobre o prêmio, no próximo dia 4, a a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) anuncia a lista com os 5 finalistas em cada categoria. Uma semana depois, dia 11, às 19h, acontece a cerimônia de premiação, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.

Para conferir todos os indicados, clique aqui.

Biografia do Yeltsin

Segundo consta no site oficial da Confederação Paralímpico Brasileiro (CPB), Yeltsin nasceu, em 1991, com baixa visão, mas seu começo não foi no atletismo. Em 2003, com apenas 12 anos, ele competiu no Campeonato Brasileiro de Judô e, posteriormente, chegou a praticar natação. 

Porém, com 16 anos, ele se apaixonou pela corrida após ajudar um amigo, totalmente cego, a praticar a modalidade. Em 2007, se inscreveu na sua primeira competição oficial, a Paralimpíadas Escolares. Yeltsin corre na classe T11, para atletas com deficiência visual quase total, alguns deles têm a capacidade de identificar um objeto a 25cm, do qual todos competem com óculos escuros e com um guia.

Principais conquistas: 

Ainda, em 2021, após conquistar os dois ouros em Tóquio, Yeltsin recebeu o prêmio "Surto Olímpico" de melhor atleta paralímpico masculino. Além disso, a medalha no 1.500m foi histórica, já que foi o 100º ouro brasileiro nos Jogos, com direito a recorde mundial, ao terminar a corrida no tempo de 3min57s60.

Rufino

No último dia de paralímpiada, Fernando Rufino, sul-mato-grossense nascido em Eldorado, conquistou a medalha de ouro na paracanoagem, na prova de 200 metros da classe VL2 (canoa, em que se usa tronco e braços na remada).

O "Cowboy de Aço", como é conhecido, completou o percurso em 50s47, estabelecendo o novo recorde dos Jogos. Rufino conquistou o bi-campeonato, já que o atleta também foi medalhista de ouro nesta mesma prova nos Jogos Paralímpicos de Toquio 2020. Rufino também foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, ao lado da nadadora Carol Santiago.

Rufino atualmente é tricampeão mundial na paracanoagem. A primeira conquista foi em 2021, na cidade de Copenhague, na Dinamarca. O segundo título veio no ano passado, em Duisburg, na Alemanha. Neste ano, o atleta chegou ao tricampeonato em maio, alcançando o primeiro lugar em Szeged, na Hungria.

Em entrevista para o Correio do Estado, Fernando Rufino contou quais são suas metas após o bicampeonato paralímpico.

“Eu quero chegar em alto nível competitivo em Los Angeles 2028. Estou descansando agora, em casa, com a minha família, mas ano que vem tem Mundial, em agosto. Já estamos pensando na preparação para Los Angeles, vendo o que a gente fez na Paralimpíada para melhorar”, declarou Rufino.

Outras medalhas de MS na Paralímpiadas

Outro sul-mato-grossense que se destacou nas paralímpiadas foi o campo-grandense Yeltsin Jacques, que conquistou o ouro nos 1.500m e o bronze no 5.000m na classe T11 (atletas cegos) no atletismo.

Na prova dos 1.500m, Yeltsin se tornou bi-campeão paralímpico, batendo o seu próprio recorde que foi atingido nas paralímpiadas de Toquio. Yeltsin e o guia Guilherme Ademilson concluíram a prova de Paris em 3m55s82. Na prova de Tóquio 2020, Yeltsin realizou o percurso em 3m57s60.

No salto em distância, o douradense Paulo Henrique dos Reis, competiu nas paralímpiadas pela primeira vez em Paris, e logo na sua estreia o sul-mato-grossense conquistou a medalha de bronze. Paulo dos Reis atingiu a marca de 7.20m, a sua melhor marca da temporada na classe T13.

A judoca Érika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna e criada em Campo Grande, também estreou nos Jogos Paralímpicos conquistando medalha, Érika foi medalhista de prata na categoria de +70kg no judo da classe J1 (cegos totais).

*Colaborou Judson Marinho

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Campeonato Sul-Mato-Grossense

Goleiro Elissom retorna ao Operário em busca do bicampeonato estadual

O experiente goleiro de 37 anos, que conquistou a confiança da torcida operariana, retorna ao clube com o objetivo de conquistar o bicampeonato estadual, além de disputar a Copa do Brasil e o Brasileirão Série D

21/11/2024 15h30

Goleiro Elissom comemorando com a camisa do Operário Futebol Clube

Goleiro Elissom comemorando com a camisa do Operário Futebol Clube Foto: Reprodução/RedesSociais

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Após conquistar a confiança da torcida operariana, o experiente goleiro de 37 anos, que também foi campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 2014, Elissom retorna a Mato Grosso do Sul para defender o Operário Futebol Clube na temporada de 2025. O anúncio foi feito pelas redes sociais do atleta, que participou de 14 partidas pelo Galo de Campo Grande no Campeonato Estadual e agora volta ao clube em busca do bicampeonato sul-mato-grossense.

Antes de fechar com o Operário, Elissom estava disputando a segunda divisão do futebol goiano, onde atuou em 13 jogos pelos times Associação Beneficente e Esportiva Catalana e Ouvidorense.

No último campeonato estadual, Elissom foi o goleiro menos vazado, sofrendo apenas 7 gols, e conquistou a confiança da torcida operariana pelo seu excelente desempenho em campo.

“A história vai continuar, feliz e honrado em vestir essa camisa novamente”, escreveu Elissom no anúncio do clube nas redes sociais.


Talismã e companheiro 

No último campeonato sul-mato-grossense, o goleiro Elissom chamou a atenção ao estender, em todos os jogos, uma camiseta branca com a estampa de um garoto sorridente e o nome "Lucca Eterno" dentro do gol, como forma de homenagem e proteção.

O mistério foi desvendado quando Elissom conquistou o título sul-mato-grossense e revelou que a criança estampada na camisa era seu filho, Lucca Guilherme, de 6 anos. Lucca faleceu após sofrer um traumatismo craniano em um acidente doméstico. Os órgãos do pequeno Lucca foram doados para crianças de Minas Gerais e São Paulo.

Goleiro Elissom comemorando com a camisa do Operário Futebol Clube Elissom tem 37 anos e retorna ao Operário em busca do bi-campeonato de MS — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mais contratações 

Além do goleiro Elissom, o Operário Futebol Clube anunciou o volante Marcel para a temporada de 2025. O atleta, que defendia o Gaúcho de Passo Fundo, retorna ao Galo de Campo Grande em busca do bicampeonato sul-mato-grossense.

Além dos dois atletas, o Operário também anunciou o retorno de Leocir Dall”Astra, o auxiliar técnico Leandro Nunes e o diretor executivo Renné Franco. 

O Campeonato Sul-Mato-Grossense de 2025, deve iniciar no dia 12 de janeiro. Confira a tabela completa neste link

Além do Campeonato Estadual, o Operário Futebol Clube disputará a Copa do Brasil, a Copa Verde e o Campeonato Brasileiro da Série D.

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