Esportes

COPA DO MUNDO

Brasil samba em campo, goleia a Coreia e avança às quartas da Copa

Próximo jogo será nesta sexta-feira (9), contra a Croácia, no estádio Cidade da Educação

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Park Moon-sung é o mais famoso narrador de futebol na televisão sul-coreana. É a voz das transmissões da Copa do Mundo no país. O Galvão Bueno da Coreia do Sul.

Em algum momento do primeiro tempo da partida desta segunda-feira (5), entre a seleção asiática e a do Brasil, ele deve ter dito à sua audiência que "virou passeio". Em coreano, claro.

Com 45 minutos de gala e a volta de Neymar, o Brasil atropelou a Coreia do Sul, goleou-a por 4 a 1 e obteve, com facilidade, a vaga nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.

Na próxima sexta-feira (9), enfrenta a Croácia, no estádio Cidade da Educação, para ir à semifinal e ter um potencial confronto com a Argentina.

Na véspera do confronto pelas oitavas de final, o zagueiro Thiago Silva havia lembrado o amistoso realizado entre as duas equipes em junho deste ano, com vitória do Brasil por 5 a 1.

"Agora é Copa do Mundo", disse, ao prever que seria bem difícil.

Não foi. Foi mais fácil do que há seis meses, na verdade. Os sul-americanos dominaram desde o primeiro minuto e poderiam ter superado a maior goleada de sua história em Mundiais: 7 a 1 sobre a Suécia em 1950.

A ironia é ser também o placar de sua derrota mais elástica e traumática, diante da Alemanha, na semifinal de 2014.

O jogo do "virou passeio" de Galvão Bueno.

"Lá vem eles de novo!", possivelmente gritou Park Moon-sung no seu microfone, com os comentários, ao seu lado, de Ahn Jung Hwan, herói da campanha da semifinal de 2002.

Depois que Vinícius Junior abriu o placar aos sete minutos, em jogada de Raphinha, tornou-se claro que o Brasil dançaria em campo.

Ou sambaria. Fez isso em todas as comemorações de gols, para aproveitar a batucada tocada no último volume pelo sistema de som do Estádio 974, que teve sua despedida de gala. Foi a última partida da história da arena feita com contêineres, que será desmontada após o torneio.

Todos os dez jogadores de linha se reúnem em círculo e começam a pular e dançar.

A atuação impressionante do Brasil ofuscou até mesmo a esperada volta de Neymar, ausente diante de Suíç e Camarões por lesão. Ele fez o seu gol, o segundo, de pênalti, ao deixar o goleiro Kim Seung-Gyu de joelhos.

Houve o lance em que cercado por dois sul-coreanos e atrapalhado pelo árbitro francês Clement Turpín, deu um drible que deixou todos para trás. Inclusive o juiz.

Para quem ficou com medo do que poderia acontecer com a seleção após a derrota com os reservas diante de Camarões, na última rodada da fase de grupos, a goleada desta segunda-feira foi uma catarse.

Um misto de objetividade, frieza e fantasia do futebol brasileiro, representada em sua síntese pelo terceiro gol, aos 28, quando Richarlison iniciou o lance com embaixadinhas e concluiu para a rede após troca de passes entre Casemiro, Marquinhos e Thiago Silva.

Os atletas do banco de reservas chamaram o camisa 9 para celebrar com Tite, que imitou um pombo, apelido do atacante.

"E lá vem eles de novo! Olha que absurdo!", foi a frase que poderia ter disparado o narrador sul-coreano, atônito como Galvão Bueno há oito anos no Mineirão. Ficou pior porque Lucas Paquetá faria o quarto aos 36.

O Brasil criou oportunidades após o intervalo, mas desacelerou porque sabia que a vitória estava garantida. Raphinha, o nome do ataque titular mais necessitado de um gol para ganhar confiança, teve grande chance, mas a desperdiçou.

Quando saiu para o jogo, mesmo de uma maneira mais desinteressada, a seleção ameaçou. Em parte, também pela insistência da Coreia do Sul em atacar. E quando ia à frente, o time verde e amarelo chegava com facilidade, o que deixaria o narrador asiático contrariado:

"Chegam, repito, como se fosse um treino".

Nem tanto, porque Paik Seung-Ho acertou um belo chute de fora da área aos 32 para diminuir a vantagem brasileira e castigá-la pela diminuição do ritmo avassalador da etapa inicial.

Preocupado com lesões e condições físicas dos seus jogadores, Tite já havia começado a fazer mudanças para preservar os titulares. Recuperado de lesão no tornozelo,

Danilo deu lugar a Bremer. Daniel Alves foi para a vaga de Militão. Neymar continuou em campo até os 35, como que para provar estar 100% recuperado de problema também no tornozelo.

A partida estava tão definida que, com 10 minutos para o final do tempo regulamentar, o treinador trocou de goleiros. Weverton, o único dos 26 convocados que não havia ainda entrado em campo no Mundial, ocupou o lugar de Alisson.

Apesar de a Coreia insistir em atacar, o confronto já havia há tempos ganhado jeito de amistoso.

Em seus melhores 45 minutos de Copa do Mundo desde o segundo tempo da vitória também por 4 a 1 sobre o Japão, em 2006, na Alemanha, o Brasil passeou em Doha.

Como Park Moon-sung deve ter constatado na transmissão para a TV coreana, era "uma grande seleção contra um time de meninos."


BRASIL
Alisson (Weverton); Militão (Daniel Alves), Marquinhos, Thiago Silva e Danilo (Bremer); Casemiro e Lucas Paquetá; Raphinha, Neymar (Rodrygo) e Vinícius Júnior (Gabriel Martinelli); Richarlison. T.: Tite.

COREIA DO SUL
Kim Seunggyu; Kim Moonhwan, Kim Minjae, Kim Younggwon e Kim Jinsu (Hong Chul); Hwang Inbeom (Paik Seungho), Jung (Son Junho) e Lee (Lee Kangin); Hwang Heecha, Son e Cho (Hwang Uijo). T.: Paulo Bento.

  • Local: Estádio 974, em Doha
  • Horário: 16h (de Brasília) desta segunda-feira (5)
  • Árbitro: Clement Turpin (FRA)
  • Assistentes: Nicolas Dano e Cyril Gringore (ambos da França)
  • VAR: Jerome Brisard (FRA)
  • Cartões amarelos: Jung Wooyoung (COR)
  • Gols: Vinícius Júnior (BRA), aos 7', e Neymar (BRA), aos 13', Richarlison (BRA), aos 29', Lucas Paquetá (BRA), aos 36'/1ºT. Paik Seungho, aos 31'/2°T

ESPORTES

PSG chega ao Catar e Luís Enrique se preocupa com desgaste físico

O time desembarcou em Doha por volta das 17h. O zagueiro Marquinhos e o atacante Dembélé, que são dúvidas para as partidas, estão com a delegação

14/12/2025 20h00

Com 22 jogadores relacionados, o PSG enfrenta o Flamengo na quarta-feira, às 14h (de Brasília).

Com 22 jogadores relacionados, o PSG enfrenta o Flamengo na quarta-feira, às 14h (de Brasília). Reprodução: rede social

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Adversário do Flamengo na decisão da Copa Intercontinental, o Paris Saint-Germain viajou, com 22 jogadores relacionados, neste domingo para Doha, no Catar, onde enfrenta o campeão da Libertadores na quarta-feira, às 14h (de Brasília). O time parisiense busca o quinto título de 2025, após as conquistas do Francês, da Copa da França, da Supercopa da França e da Champions League, e a agenda cheia preocupa o técnico Luis Enrique

"Espero que isso não gere muita fadiga, viajamos muito neste fim de ano. Mas não queremos procurar desculpas, viajamos nas melhores condições, ainda que isso possa cansar", afirmou o treinador antes do compromisso no Francês no sábado, para o qual a delegação viajou a Metz enfrentar o time local. "Mas, pelo que vejo nos treinos, a equipe está pronta para encarar esse belo fim de ano que nos espera."

Luis Enrique escalou uma formação alternativa e venceu o Metz por 3 a 2. O goleiro russo Matvey Safonov jogou e foi o titular pela terceira partida consecutiva. Contratado a pedido de Luis Enrique para substituir Donnarumma, Lucas Chevalier ficou no banco pela primeira vez desde que chegou ao clube. O goleiro de 24 anos sofreu uma contusão no tornozelo direito no dia 29 de novembro, contra o Monaco, e perdeu duas partidas, contra Rennes e Athletic Bilbao.

A possibilidade de Safonov ser o titular contra o Flamengo não surpreende a imprensa francesa, que considera que o russo deu conta do recado na ausência de Chevalier. "Ele (Chevalier) está de volta conosco. Pudemos ver Matvey Safonov em ação, e ele mostrou coisas muito boas. E muito profissionalismo. Fico feliz em ver que todos estão prontos para responder quando necessário", afirmou Luis Enrique sobre suas opções para o gol.

O time desembarcou em Doha por volta das 17h. O zagueiro Marquinhos e o atacante Dembélé, que são dúvidas para as partidas, estão com a delegação.

Confira os relacionados e a numeração do PSG para a viagem ao Catar:

4 - Lucas Beraldo

5 - Marquinhos

6 - Illia Zabarnyi

7 - Khvicha Kvaratskhelia

8 - Fabian Ruiz

9 - Gonçalo Ramos

10 - Ousmane Dembélé

14 - Désiré Doué

17 - Vitinha

19 - Lee Kang-In

21 - Lucas Hernandez

24 - Senny Mayulu

25 - Nuno Mendes

29 - Bradley Barcola

30 - Lucas Chevalier

33 - Warren Zaïre-Emery

39 - Matvey Safonov

47 - Quentin Ndjantou

49 - Ibrahim Mbaye

51 - Willian Pacho

87 - João Neves

89 - Renato Marin
 

ESPORTES

Marcênio, de Campo Grande, bate o Corinthians e vence bicampeonato nacional de futsal

O campo-grandense foi um dos heróis do primeiro jogo da final ao empatar a partida que terminou em 3x3, em São Paulo.

14/12/2025 16h00

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo Reprodução: rede social

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De Campo Grande para o mundo, Marcênio Ribeiro da Silva, ou simplesmente Marcênio, já é um dos principais nomes do futsal nacional. Neste sábado (13), o ala do Jaraguá conquistou seu bicampeonato da Liga Nacional de Futsal, ao vencer o time do Corinthians, no jogo de volta, por 3 a 0.

O sul-mato-grossense foi fundamental na final, já que garantiu o gol de empate no primeiro jogo da decisão, que terminou em 3x3, diante do Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, lotado de corintianos. O tento marcado pelo jogador foi o quarto dele na competição.

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo
Marcênio celebra seu bicampeonato com o Jaraguá Futsal / Reprodução: rede social

Ontem, o time catarinense jogou em casa, com a Arena Jaraguá lotada de torcedores que apoiaram o time. Na primeira etapa, quando o jogo se encaminhava para o intervalo sem gol, Bruninho, restando menos de dois minutos, fez rápida tabela e chutou com força para fazer 1 a 0 para explosão do ginásio.

No começo da segunda etapa Igor Carioca por pouco não empatou. Ele perdeu o gol mais feito da partida em contra-ataque livre na frente do goleiro Di Fanti chutando para fora. O castigo veio em seguida. Pedrinho fez grande jogada e foi derrubado por Kelvin. O goleiro alegou simulação, o Vídeo Suporte foi acionado, mas a penalidade foi confirmada após a revisão. Eka bateu firme e ampliou para 2 a 0.

A festa foi maior com o terceiro gol nos segundos finais, marcado pelo fixo Leco, ídolo do clube. Com o título.

Após os títulos de 2005, 2007, 2008, 2010 e 2024, o Jaraguá se consolidou como o maior campeão da competição, superando a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) e conquistando novamente a taça em 2025.

Carreira de Marcênio

Antes de chegar ao Jaraguá, Marcênio vestiu por seis meses as cores do Anderlecht, da Bélgica, e cinco temporadas no Barcelona, da Espanha, um dos melhores clubes do mundo. 

Durante sua passagem no clube espanhol, o atleta campo-grandense conquistou 16 títulos, incluindo sua segunda Champions League da modalidade. Ele também venceu o torneio continental pela equipe russa Gazprom-Ugra. 

Na Capital de Mato Grosso do Sul, onde nasceu, o jogador atuou na Geração 2000, em 1997, e, posteriormente, passou pelo time do Colégio ABC, ficando até 2007, quando foi para o Santa Fé Futsal, da cidade Santa Fé do Sul (SP), já como atleta profissional.

Em 2024, um ano repleto de conquistas para Marcênio, o ala foi campeão por clube e pela seleção brasileira. O atleta venceu a Copa América e fez parte do elenco campeão contra a Argentina. Na competição, marcou dois gols e uma assistência na campanha perfeita da seleção brasileira. Além disso, também conquistou a Copa do Mundo de Futsal de 2024, disputada no Uzbequistão. No Jaraguá, levantou as taças do Estadual e da LNF.

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