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GRÊMIO-CORINTHIANS

Cássio defende pênalti, Corinthians vence
o Grêmio e dispara na ponta

Cássio defende pênalti, Corinthians vence
o Grêmio e dispara na ponta

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"Futebol se ganha com inteligência". A frase usada pelo técnico Fabio Carille antes do jogo foi seguida à risca pelos jogadores corintianos. Com a estratégia de marcar atrás da linha da bola durante o maior tempo da partida e valorizar a posse dela quando tinha nos pés, o Corinthians venceu o Grêmio por 1 a 0, neste domingo (25), em Porto Alegre, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, a equipe alvinegra disparou na liderança agora com 26 pontos -quatro a mais do que o Grêmio, vice-líder. O time também aumentou sua invencibilidade para 23 partidas. A última derrota foi para a Ferroviária no dia 19 de março, quando entrou em campo com uma formação mista.

Grêmio e Corinthians não fizeram uma partida truncada; mas muito estudada. A equipe paulista adotou sua estratégia de marcar atrás da linha da bola durante maior tempo do jogo e valorizar a posse dela quando tinha nos pés.

A melhor chance corintiana na primeira etapa foi com o volante Paulo Roberto, substituto de Gabriel, expulso contra o Bahia. Aos 11 minutos, o jogador recuperou a jogada no meio de campo, avançou, passou por Geromel e finalizou para defesa parcial de Grohe. No rebote, Cortez afastou antes da chegada de Jadson.

Já o time tricolor teve mais volume de jogo, porém, não impôs um ritmo forte como era esperado. O clube exigiu defesas de Cássio em finalizações de fora da área de Pedro Rocha e Barrios. A grande oportunidade, no entanto, caiu nos pés de Geromel que, livre, desviou para fora.

No segundo tempo, as duas equipes mantiveram a estratégia. Com o seu jogo de paciência, o Corinthians controlou o impeto do Grêmio e conseguiu chegar ao gol. Paulo Roberto ganhou a dividida, avançou pela esquerda e cruzou para Jô, que não conseguiu dominar. A bola, no entanto, sobrou para Jadson, que bateu de primeira e colocou entre as pernas do goleiro gremista.

O Grêmio se lançou para o ataque e teve ótima chance para empatar. Aos 20 minutos, Pedro Rocha recebeu dentro da área e tocou para Luan na pequena área. O camisa sete mandou para o gol e Cássio fez linda defesa.

Com a derrota parcial, Renato tirou o volante Arthur e colocou o atacante Fernandinho. Na sequência, Gastón Fernández substituiu Pedro Rocha e, pouco depois, optou pela entrada do atacante Everton no lugar do lateral Edílson.

Já Carille trocou o futebol cadenciado de Rodriguinho pela velocidade de Marquinhos Gabriel. Destaque do jogo, o volante Paulo Roberto deu lugar para Camacho, que tem um poder de marcação inferior. Clayson ainda entrou no lugar de Romero -o paraguaio pediu para sair
As alterações de Renato deixaram o time mais ofensivo, porém, desorganizado. Já o Corinthians mantinha a posse de bola e controlava a partida.

A frase de Carille quase foi por água abaixo em um ato impensável de Marquinhos Gabriel, que puxou a camisa de Geromel dentro da área após uma cobrança de escanteio. O pênalti foi assinalado pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, aos 37 minutos. Luan cobrou e Cássio defendeu.

Nos acréscimos, Cássio ainda fez boa defesa em chute de Gastón Fernández para segurar a vitória corintiana.

O triunfo agradou a comissão técnica, que traçou como meta conquistar pelo menos um ponto em Porto Alegre. Com dois jogos consecutivos no Itaquerão -enfrentará Botafogo (dia 2 de julho) e Ponte Preta (dia 8)-, o clube alvinegro terá a oportunidade de se distanciar na ponta.

Já o Grêmio visitará o Palmeiras e recebe o Avaí.
O time gaúcho também terá a desvantagem de disputar outras duas competições. Na quarta (28), enfrentará o Atlético-PR, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Seis dias depois, pega o Godoy Cruz (ARG), pelas oitavas da Libertadores.

Já o Corinthians terá apenas a Copa Sul-Americana. O rival da segunda fase será o Patriotas (COL). O jogo de ida será dia 28, na Colômbia.

 

VELOCIDADE

Aos 6 anos, Helena já é piloto de kart e não tem medo de acelerar nas pistas

A pequena campo-grandense mostra que, com coragem e habilidade, o céu é o limite para as meninas no automobilismo

24/12/2024 09h45

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas Fotos: Mariana Moreira

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Na vida, há quem encontre a felicidade nas linhas de um livro, em cima dos palcos ou no campo durante uma partida de futebol. A campo-grandense Helena Moreira, aos 6 anos, descobriu que a sua alegria está no ronco do motor e no vento que corta o capacete.

Entre tantas opções para brincar e sonhar, ela escolheu o kart – e com ele encontrou na velocidade uma maneira de ser criança de forma plena, desafiando curvas, tempos e até os próprios medos.

O amor de Helena pelas pistas não surgiu por acaso: ele está no DNA da família. Inspirada pela paixão da mãe, a cirurgiã-dentista Caroline Moreira, 33 anos, a pequena piloto encontrou todo o incentivo necessário para acelerar em busca de seus sonhos.

Caroline sempre acreditou na importância da prática esportiva na infância e estimulou Helena a explorar diferentes atividades.

“Tentamos balé, mas a Nena [apelido dado à filha] não achou interessante. Com a ginástica artística foi a mesma coisa. Então, por amar acompanhar a Fórmula 1, sugeri para ela o kart. Mostrei vídeos de como seria, e ela topou na hora”, conta.

O primeiro contato de Helena com o kart ocorreu em agosto de 2023, durante o curso de pilotagem infantil dos Fittipaldi Brothers, em Blumenau (SC).

“Fomos sem colocar nenhuma pressão. Se ela gostasse e se sentisse confiante para pilotar, seria ótimo. Caso contrário, já tínhamos o plano reserva: uma visita ao Beto Carrero para ela brincar”, conta a mãe.

No início do curso, Helena percebeu que era a única menina, o que trouxe à tona pela primeira vez a barreira de atividades ainda “separadas por gêneros”. Caroline relata que esse foi um momento importante para a filha. 

“Os professores foram muito acolhedores desde o início, respeitaram a forma de como ela estava se sentindo e reforçaram que o essencial era ela aproveitar a experiência. Helena estava acompanhada de sua madrinha e da minha irmã, e conversamos bastante com ela e explicamos que ela podia ser o que quisesse e fazer o que desejasse”, disse a cirurgiã-dentista.

Após o impacto inicial, Helena conseguiu fazer amizades e deixou de lado o peso de ser a única menina, tornando-se apenas mais uma criança pronta para acelerar. 

“Todos nós da família temos a consciência de que essa é uma barreira que ela terá que enfrentar constantemente no automobilismo, uma vez que ainda há pouco incentivo para que as meninas entrem nesse esporte, e isso se reflete em todas as competições”, reitera Caroline.

Responsável pelo curso de pilotagem infantil e campeão em várias categorias e provas no kartismo brasileiro e americano, Pedro Jacobsen, 41 anos, avalia que Helena sempre foi muito atenciosa em todas as aulas teóricas e que, no decorrer do curso, ela foi se desenvolvendo na prática em cima das quatro rodas.

“Ela nos chamou atenção, e notamos muito o controle de pedais e de mão. A Helena havia esquecido os óculos [durante a prática], e no fim, quando descobrimos que ela tinha um grau altíssimo de miopia e ainda tinha ido muito bem, [isso] nos despertou o alerta de que seria possível desenvolver ela muito rápido [no esporte]”, salientou o treinador.

PRIMEIRO KART

De volta à cidade de Campo Grande, o entusiasmo de Helena pelo kart se tornou ainda mais evidente, e a família decidiu investir para manter a pequena nas pistas.

“Eu achei nas redes sociais o piloto Fabinho Bianchi, e a família dele nos ajudou a achar o Michel, hoje responsável pelos treinos da Helena no kartódromo nas Moreninhas”, explicou a mãe.

Com o pé no acelerador e as mãos no volante, Helena rapidamente mostrou que coragem e habilidade não têm idade.

“Quando eu piloto, parece que estou voando, sinto muita adrenalina! É a coisa que 
eu mais gosto de fazer”, conta a pequena, com o entusiasmo de quem encontrou na velocidade o seu espaço de liberdade e felicidade.

A dedicação da família foi além da busca por treinos. 

Todos se uniram para garantir os equipamentos necessários, e o maior presente chegou em fevereiro deste ano, quando Helena completou seis anos: o primeiro kart, o qual foi comprado pela mãe.

“Ela ficou radiante quando viu o seu próprio kart. Foi o início de um sonho que estamos construindo juntas”, diz Caroline. Com o novo equipamento, Helena passou a treinar regularmente, mostrando cada vez mais vontade de dominar as curvas da pista.

PRIMEIRA MENINA

Ao Correio do Estado, o presidente da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul (Fams), Wagner Coin, relatou que o Estado ainda não teve nenhuma representante feminina em competições de kart durante as disputas nacionais.

“A Fams já teve muitas mulheres piloto, mas nas áreas de rali arrancada e algumas até em velocidade no asfalto. Especificamente no kart, tivemos algumas pilotos que correram de motor quatro tempos e dois tempos [em competições locais], e agora temos a Helena, que tem um grande futuro pela dedicação que vem demonstrando”, destacou Coin.

Ele reiterou que a Fams tem interesse em incentivar e prestigiar a participação feminina no kartismo.

“Estamos agora com uma nova direção no Kartódromo [Ayrton Senna] e que vai dar uma ênfase especial a todas que quiserem ingressar e participar do kart”, disse.

Treinador de Helena em Mato Grosso do Sul, Michel Mesquita pontuou que um dos grandes destaques da menina é o seu lado competitivo.

“Quando colocamos algum outro aluno para treinar junto, ela se transforma. Quer acelerar e não aceita ser superada na pista por nenhum deles. Ela não gosta de perder de jeito nenhum, e isso é muito bom, pois acredito que todo piloto que tem isso dentro de si tende a ir longe”, salientou.

Atualmente, Helena treina com mais dois meninos, um de 9 anos e outro de 10 anos.

DESAFIOS

O automobilismo, especialmente o kartismo, ainda é predominantemente masculino, e as meninas enfrentam diversos desafios para se destacarem nesse ambiente competitivo.

Além de lidar com a barreira do gênero, elas frequentemente se deparam com a dura realidade da falta de apoio e incentivo para ingressar nesse esporte que demanda um grande aporte financeiro.

No entanto, ações estão sendo tomadas para mudar esse cenário, como o apoio de federações e cursos especializados que visam promover a participação feminina. 

A exemplo disso, o curso de pilotagem infantil do qual a jovem Helena participou busca acolher meninas e incentivá-las a desenvolver suas habilidades no esporte, mostrando que, com bastante dedicação, elas têm espaço nas pistas e um grande futuro pela frente.

Jacobsen destacou que a entrada de meninas no esporte deve ser cada vez mais incentivada e que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em conjunto com Susie Wolff – ex-piloto e ex-chefe de equipe da Venturi na Fórmula E –, desenvolveu uma categoria para formar jovens pilotos mulheres, a F1 Academy.

“Nós sabemos que a Fórmula 1 é um esporte de alto desempenho, rendimento físico e técnico do ser humano, e como diversos outros esportes é difícil as mulheres terem a chance de chegarem lá. Mas, essa é uma realidade que eu acredito que vai mudar. Aqui na escola, temos sete pilotos mulheres, o que enriquece muito as nossas aulas. Sou um dos apoiadores e faço de tudo para levar elas para as grandes competições de kartismo do mundo”, frisou.

Piloto desde os 6 anos e com mais de 23 anos de experiência na formação de jovens no kart, Jacobsen complementou que, “sem dúvidas, uma piloto como a Helena tem todas as chances de chegar à categoria máxima do automobilismo internacional”.

“Ela tendo desenvolvimento, apoio e estrutura, com certeza conseguirá trazer muitos incentivos e diferenciais para o nosso esporte”, descreveu o instrutor de kart.

Para o próximo ano, o Brasil contará com uma representante da F1 Academy, a jovem piloto de 19 anos Rafaela Ferreira. A catarinense disputará a F1 Academy 2025 pela Visa Cash App RB Formula One Team (VCARB).

A piloto se tornou a primeira mulher a vencer na F4 nacional e será a segunda brasileira a pilotar na F1 Academy. Na temporada deste ano, o País contou com Aurélia Nobels, que faz parte da academia de pilotos da Scuderia Ferrari.

Saiba

Helena compartilha os treinos nas pistas e na academia e as aventuras da vida de pequena pilota em seu perfil no Instagram @racerhelena.

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Esportes

Racismo: prisão de 4 atletas do River Plate é convertida em preventiva

Jogadoras foram detidas por injúria racial durante jogo contra Grêmio

23/12/2024 23h00

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Quatro jogadoras do River Plate detidas em flagrante por injúria racial, durante jogo contra o Grêmio na última sexta-feira (20) em São Paulo, tiveram a prisão convertida em preventiva nesta segunda (23), após audiência de custódia. De acordo com a Agência Reuters, a justiça brasileira teria decidido pela prisão preventiva para evitar que as argentinas deixassem o Brasil. As atletas Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz seguem presas na penitenciária da capital paulista (Carandiru).

A detenção na sexta (20) ocorreu após confusão generalizada em campo, originada por gestos racistas feitos pela jogadora Candela Díaz, do River Plate, após o Grêmio empatar em 1 a 1 com o River Plate, aos 40 minutos do primeiro tempo, no Estádio do Canindé. Vídeos publicados em redes sociais mostram o momento em que Candela Díaz aparece imitando um macaco em direção a um dos gandulas da partida. As jogadoras do Grêmio reagiram contra os gestos da atleta argentina e depois, segundo nota de repúdio do Tricolor gaúcho, também sofreram insultos racistas.

“Ao defender o gandula,  as Gurias Gremistas também foram vítimas de palavras e gestos racistas. Na confusão, a partida foi interrompida e seis jogadoras do River acabaram expulsas, dando fim ao jogo. Lamentamos profundamente o episódio e nos solidarizamos com o gandula e as atletas que foram agredidas de maneira inadmissível e intolerável. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia responsável e faremos todo o possível para que o caso resulte em punição para as responsáveis”, disse o Grêmio em nota.

Agência Brasil entrou em contato com a advogada das atletas argentinas, Thaís Sankari, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Após o incidente, o River Plate foi excluído do torneio e das próximas duas edições da Ladies Cup, torneio que encerrou a temporada do futebol feminino no país. Os organizadores do Ladie Cup classificaram os acontecimentos como "lastimáveis" e também repudiaram os insultos racistas, em nota oficial.

“A organização reforça o posicionamento antirracista e reafirma que jamais irá tolerar casos dessa natureza", diz o comunicado.

Na noite de sexta (20), o clube argentino também publicou nota oficial condenou o ocorrido. 

O River Plate manifesta o mais absoluto repúdio aos gestos discriminatórios ocorridos na partida com o Grêmio pela Brasil Ladies Cup 2024. Comunica que já está tomando as medidas disciplinares correspondentes e continuará trabalhando para erradicar esse tipo de comportamento.

Após final contra o Bahia, Grêmio é campeão da Ladies Cup

No domingo (22), Grêmio derrotou o Bahia nos pênaltis e levantou a tça da Ladies Cup,  A atacante Maria Dias abriu o marcador para as gaúchas e a meia Kaiuska deixou tudo igual. Nos pênaltis, as goleiras Vivi e Yanne brilharam, com três defesas, mas as tricolores do sul foram mais eficientes e venceram por 2 a 1, conquistando o título pela primeira vez, para orgulho da técnica Thaissan Passos.

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