Esportes

TAÇA RIO

Fla-Flu vale liderança e 100% de aproveitamento

Fla-Flu vale liderança e 100% de aproveitamento

Gazeta Press

13/03/2011 - 14h49
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O primeiro clássico da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, será realizado neste domingo, quando Flamengo e Fluminense ficarão frente a frente, a partir das 18h30min (de Brasília), no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ), em confronto válido pela terceira rodada da fase de classificação.

O duelo vale muito para os dois clubes, que chegam com 100% de aproveitamento para este compromisso. O Rubro-Negro defende a liderança isolada do Grupo A e chega animado após derrotar o Bangu por 2 a 1, com direito a um gol nos acréscimos do segundo tempo. O Tricolor, que tem seis pontos e iniciou o fim de semana dividindo a ponta do Grupo B com o Botafogo, vem de uma vitória de 3 a 1 sobre o America.

O confronto deste domingo vai marcar o encontro entre o campeão brasileiro, o Fluminense, e o campeão da Taça Guanabara, no caso o Flamengo. A rivalidade entre os dois clubes, que é o ingrediente mais "picante" do torneio, está acirrada por diversas estrelas. O Rubro-Negro aposta em Ronaldinho Gaúcho, principal contratação do Brasil em 2011, e no meia Thiago Neves, um velho conhecido da torcida tricolor. O Fluminense, por sua vez, deposita suas fichas no argentino Darío Conca, que teve grande atuação contra o America e que costuma jogar bem diante dos flamenguistas.

"Será um grande jogo, pois o Flamengo montou uma grande equipe para esta temporada e o Fluminense manteve a base que conquistou o título do Campeonato Brasileiro. As duas equipes estão fazendo boa campanha na Taça Rio e qualquer resultado pode acontecer. Espero que a gente consiga colocar em prática o bom futebol que apresentamos contra o America para que o Fluminense chegue aos nove pontos, o que seria uma grande passo para a classificação para as semifinais, nosso primeiro objetivo neste segundo turno", disse o atacante Rafael Moura, uma das esperanças de gols do Fluminense.

Pelo lado do Flamengo também existe a expectativa de um grande jogo. "O Fla-Flu naturalmente já é um clássico de grande rivalidade e que mexe com toda a cidade. Esse ano ganha ainda mais importância pela boa campanha que as duas equipes vem fazendo na Taça Rio. É o confronto entre os dois últimos campeões brasileiros e dois clubes que podem ser apontados como favoritos ao título deste Estadual. Com certeza os torcedores que forem ao Engenhão vão acompanhar um belo espetáculo e particularmente espero que a sorte esteja ao lado do Flamengo, pois ganhar este tipo de jogo é sempre muito importante", acrescentou o meia Renato Abreu.

Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo, reconhece que estrategicamente é muito importante derrotar o Fluminense. Não apenas pelos efeitos que os três pontos terão na tabela de classificação, mas também pela moral que a equipe pegaria.

"Claro que em termos de pontuação seria fanstático ganhar, pois chegaríamos a nove pontos e já tendo anulado um dos clássicos da Taça Rio. Seria um passo gigantesco rumo á classificação. Mas também tem o aspecto psicológico. Ganhar um clássico, contra o campeão brasileiro, com certeza aumentaria ainda mais a confiança dos nossos jogadores, que vem aumentando por conta da boa campanha na temporada e pelo bom desempenho do time na temporada. Porém, espero realmente um jogo muito equilibrado e decidido nos detalhes", explicou Vanderlei.

Para o zagueiro tricolor Gum, o duelo deste domingo realmente deverá ser muito equilibrado, conforme acredita Vanderlei Luxemburgo. Para o defensor do Fluminense, o estilo de jogo das duas equipes impede qualquer tipo de previsão.

"Fica complicado fazermos qualquer tipo de previsão, pois Flamengo e Fluminense atravessam um grande momento e qualquer resultado dentro de campo poderá ser considerado natural. Pelo volume de jogo dos times e pela qualidade dos elencos, devemos esperar apenas muito equilíbrio, um jogo de xadrez e qualquer movimento em falso pode custar a vitória", analisou Gum.

As duas equipes parecem definidas para este confronto. No Fluminense, Muricy Ramalho vai manter a base que derrotou o America, já que continua sem poder contar com o atacante Fred, se recuperando de lesão na panturrilha esquerda. Já no Flamengo, Vanderlei Luxemburgo vai promover apenas uma modificação em relação à formação que superou o Bangu. O zagueiro David Braz, que cumpriu suspensão, volta na vaga de Ronaldo Angelim.

FICHA TÉCNICA
FLAMENGO X FLUMINENSE

Local: Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 13 de março de 2011 (Domingo)
Horário: 18h30(de Brasília)
Árbitro: Pathrice Maia (RJ)
Assistentes: Ricardo de Almeida (RJ) e Eduardo Couto (RJ)

FLAMENGO: Felipe, Leonardo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Maldonado, Willians, Renato Abreu, Botinelli e Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

FLUMINENSE: Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Diogo, Diguinho, Marquinho e Darío Conca; Araújo e Rafael Moura
Técnico: Muricy Ramalho
 

VELOCIDADE

Aos 6 anos, Helena já é piloto de kart e não tem medo de acelerar nas pistas

A pequena campo-grandense mostra que, com coragem e habilidade, o céu é o limite para as meninas no automobilismo

24/12/2024 09h45

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas

A piloto de 6 anos treina feito gente grande, mas ainda não tem idade para competir: só a partir dos 8 anos ela passa a participar de provas Fotos: Mariana Moreira

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Na vida, há quem encontre a felicidade nas linhas de um livro, em cima dos palcos ou no campo durante uma partida de futebol. A campo-grandense Helena Moreira, aos 6 anos, descobriu que a sua alegria está no ronco do motor e no vento que corta o capacete.

Entre tantas opções para brincar e sonhar, ela escolheu o kart – e com ele encontrou na velocidade uma maneira de ser criança de forma plena, desafiando curvas, tempos e até os próprios medos.

O amor de Helena pelas pistas não surgiu por acaso: ele está no DNA da família. Inspirada pela paixão da mãe, a cirurgiã-dentista Caroline Moreira, 33 anos, a pequena piloto encontrou todo o incentivo necessário para acelerar em busca de seus sonhos.

Caroline sempre acreditou na importância da prática esportiva na infância e estimulou Helena a explorar diferentes atividades.

“Tentamos balé, mas a Nena [apelido dado à filha] não achou interessante. Com a ginástica artística foi a mesma coisa. Então, por amar acompanhar a Fórmula 1, sugeri para ela o kart. Mostrei vídeos de como seria, e ela topou na hora”, conta.

O primeiro contato de Helena com o kart ocorreu em agosto de 2023, durante o curso de pilotagem infantil dos Fittipaldi Brothers, em Blumenau (SC).

“Fomos sem colocar nenhuma pressão. Se ela gostasse e se sentisse confiante para pilotar, seria ótimo. Caso contrário, já tínhamos o plano reserva: uma visita ao Beto Carrero para ela brincar”, conta a mãe.

No início do curso, Helena percebeu que era a única menina, o que trouxe à tona pela primeira vez a barreira de atividades ainda “separadas por gêneros”. Caroline relata que esse foi um momento importante para a filha. 

“Os professores foram muito acolhedores desde o início, respeitaram a forma de como ela estava se sentindo e reforçaram que o essencial era ela aproveitar a experiência. Helena estava acompanhada de sua madrinha e da minha irmã, e conversamos bastante com ela e explicamos que ela podia ser o que quisesse e fazer o que desejasse”, disse a cirurgiã-dentista.

Após o impacto inicial, Helena conseguiu fazer amizades e deixou de lado o peso de ser a única menina, tornando-se apenas mais uma criança pronta para acelerar. 

“Todos nós da família temos a consciência de que essa é uma barreira que ela terá que enfrentar constantemente no automobilismo, uma vez que ainda há pouco incentivo para que as meninas entrem nesse esporte, e isso se reflete em todas as competições”, reitera Caroline.

Responsável pelo curso de pilotagem infantil e campeão em várias categorias e provas no kartismo brasileiro e americano, Pedro Jacobsen, 41 anos, avalia que Helena sempre foi muito atenciosa em todas as aulas teóricas e que, no decorrer do curso, ela foi se desenvolvendo na prática em cima das quatro rodas.

“Ela nos chamou atenção, e notamos muito o controle de pedais e de mão. A Helena havia esquecido os óculos [durante a prática], e no fim, quando descobrimos que ela tinha um grau altíssimo de miopia e ainda tinha ido muito bem, [isso] nos despertou o alerta de que seria possível desenvolver ela muito rápido [no esporte]”, salientou o treinador.

PRIMEIRO KART

De volta à cidade de Campo Grande, o entusiasmo de Helena pelo kart se tornou ainda mais evidente, e a família decidiu investir para manter a pequena nas pistas.

“Eu achei nas redes sociais o piloto Fabinho Bianchi, e a família dele nos ajudou a achar o Michel, hoje responsável pelos treinos da Helena no kartódromo nas Moreninhas”, explicou a mãe.

Com o pé no acelerador e as mãos no volante, Helena rapidamente mostrou que coragem e habilidade não têm idade.

“Quando eu piloto, parece que estou voando, sinto muita adrenalina! É a coisa que 
eu mais gosto de fazer”, conta a pequena, com o entusiasmo de quem encontrou na velocidade o seu espaço de liberdade e felicidade.

A dedicação da família foi além da busca por treinos. 

Todos se uniram para garantir os equipamentos necessários, e o maior presente chegou em fevereiro deste ano, quando Helena completou seis anos: o primeiro kart, o qual foi comprado pela mãe.

“Ela ficou radiante quando viu o seu próprio kart. Foi o início de um sonho que estamos construindo juntas”, diz Caroline. Com o novo equipamento, Helena passou a treinar regularmente, mostrando cada vez mais vontade de dominar as curvas da pista.

PRIMEIRA MENINA

Ao Correio do Estado, o presidente da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul (Fams), Wagner Coin, relatou que o Estado ainda não teve nenhuma representante feminina em competições de kart durante as disputas nacionais.

“A Fams já teve muitas mulheres piloto, mas nas áreas de rali arrancada e algumas até em velocidade no asfalto. Especificamente no kart, tivemos algumas pilotos que correram de motor quatro tempos e dois tempos [em competições locais], e agora temos a Helena, que tem um grande futuro pela dedicação que vem demonstrando”, destacou Coin.

Ele reiterou que a Fams tem interesse em incentivar e prestigiar a participação feminina no kartismo.

“Estamos agora com uma nova direção no Kartódromo [Ayrton Senna] e que vai dar uma ênfase especial a todas que quiserem ingressar e participar do kart”, disse.

Treinador de Helena em Mato Grosso do Sul, Michel Mesquita pontuou que um dos grandes destaques da menina é o seu lado competitivo.

“Quando colocamos algum outro aluno para treinar junto, ela se transforma. Quer acelerar e não aceita ser superada na pista por nenhum deles. Ela não gosta de perder de jeito nenhum, e isso é muito bom, pois acredito que todo piloto que tem isso dentro de si tende a ir longe”, salientou.

Atualmente, Helena treina com mais dois meninos, um de 9 anos e outro de 10 anos.

DESAFIOS

O automobilismo, especialmente o kartismo, ainda é predominantemente masculino, e as meninas enfrentam diversos desafios para se destacarem nesse ambiente competitivo.

Além de lidar com a barreira do gênero, elas frequentemente se deparam com a dura realidade da falta de apoio e incentivo para ingressar nesse esporte que demanda um grande aporte financeiro.

No entanto, ações estão sendo tomadas para mudar esse cenário, como o apoio de federações e cursos especializados que visam promover a participação feminina. 

A exemplo disso, o curso de pilotagem infantil do qual a jovem Helena participou busca acolher meninas e incentivá-las a desenvolver suas habilidades no esporte, mostrando que, com bastante dedicação, elas têm espaço nas pistas e um grande futuro pela frente.

Jacobsen destacou que a entrada de meninas no esporte deve ser cada vez mais incentivada e que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em conjunto com Susie Wolff – ex-piloto e ex-chefe de equipe da Venturi na Fórmula E –, desenvolveu uma categoria para formar jovens pilotos mulheres, a F1 Academy.

“Nós sabemos que a Fórmula 1 é um esporte de alto desempenho, rendimento físico e técnico do ser humano, e como diversos outros esportes é difícil as mulheres terem a chance de chegarem lá. Mas, essa é uma realidade que eu acredito que vai mudar. Aqui na escola, temos sete pilotos mulheres, o que enriquece muito as nossas aulas. Sou um dos apoiadores e faço de tudo para levar elas para as grandes competições de kartismo do mundo”, frisou.

Piloto desde os 6 anos e com mais de 23 anos de experiência na formação de jovens no kart, Jacobsen complementou que, “sem dúvidas, uma piloto como a Helena tem todas as chances de chegar à categoria máxima do automobilismo internacional”.

“Ela tendo desenvolvimento, apoio e estrutura, com certeza conseguirá trazer muitos incentivos e diferenciais para o nosso esporte”, descreveu o instrutor de kart.

Para o próximo ano, o Brasil contará com uma representante da F1 Academy, a jovem piloto de 19 anos Rafaela Ferreira. A catarinense disputará a F1 Academy 2025 pela Visa Cash App RB Formula One Team (VCARB).

A piloto se tornou a primeira mulher a vencer na F4 nacional e será a segunda brasileira a pilotar na F1 Academy. Na temporada deste ano, o País contou com Aurélia Nobels, que faz parte da academia de pilotos da Scuderia Ferrari.

Saiba

Helena compartilha os treinos nas pistas e na academia e as aventuras da vida de pequena pilota em seu perfil no Instagram @racerhelena.

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Esportes

Racismo: prisão de 4 atletas do River Plate é convertida em preventiva

Jogadoras foram detidas por injúria racial durante jogo contra Grêmio

23/12/2024 23h00

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Quatro jogadoras do River Plate detidas em flagrante por injúria racial, durante jogo contra o Grêmio na última sexta-feira (20) em São Paulo, tiveram a prisão convertida em preventiva nesta segunda (23), após audiência de custódia. De acordo com a Agência Reuters, a justiça brasileira teria decidido pela prisão preventiva para evitar que as argentinas deixassem o Brasil. As atletas Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz seguem presas na penitenciária da capital paulista (Carandiru).

A detenção na sexta (20) ocorreu após confusão generalizada em campo, originada por gestos racistas feitos pela jogadora Candela Díaz, do River Plate, após o Grêmio empatar em 1 a 1 com o River Plate, aos 40 minutos do primeiro tempo, no Estádio do Canindé. Vídeos publicados em redes sociais mostram o momento em que Candela Díaz aparece imitando um macaco em direção a um dos gandulas da partida. As jogadoras do Grêmio reagiram contra os gestos da atleta argentina e depois, segundo nota de repúdio do Tricolor gaúcho, também sofreram insultos racistas.

“Ao defender o gandula,  as Gurias Gremistas também foram vítimas de palavras e gestos racistas. Na confusão, a partida foi interrompida e seis jogadoras do River acabaram expulsas, dando fim ao jogo. Lamentamos profundamente o episódio e nos solidarizamos com o gandula e as atletas que foram agredidas de maneira inadmissível e intolerável. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia responsável e faremos todo o possível para que o caso resulte em punição para as responsáveis”, disse o Grêmio em nota.

Agência Brasil entrou em contato com a advogada das atletas argentinas, Thaís Sankari, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Após o incidente, o River Plate foi excluído do torneio e das próximas duas edições da Ladies Cup, torneio que encerrou a temporada do futebol feminino no país. Os organizadores do Ladie Cup classificaram os acontecimentos como "lastimáveis" e também repudiaram os insultos racistas, em nota oficial.

“A organização reforça o posicionamento antirracista e reafirma que jamais irá tolerar casos dessa natureza", diz o comunicado.

Na noite de sexta (20), o clube argentino também publicou nota oficial condenou o ocorrido. 

O River Plate manifesta o mais absoluto repúdio aos gestos discriminatórios ocorridos na partida com o Grêmio pela Brasil Ladies Cup 2024. Comunica que já está tomando as medidas disciplinares correspondentes e continuará trabalhando para erradicar esse tipo de comportamento.

Após final contra o Bahia, Grêmio é campeão da Ladies Cup

No domingo (22), Grêmio derrotou o Bahia nos pênaltis e levantou a tça da Ladies Cup,  A atacante Maria Dias abriu o marcador para as gaúchas e a meia Kaiuska deixou tudo igual. Nos pênaltis, as goleiras Vivi e Yanne brilharam, com três defesas, mas as tricolores do sul foram mais eficientes e venceram por 2 a 1, conquistando o título pela primeira vez, para orgulho da técnica Thaissan Passos.

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