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Os melhores técnicos brasileiros da atualidade: quem realmente entrega desempenho

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O debate sobre a força dos treinadores brasileiros nunca esteve tão quente. A chegada de estrangeiros reorganizou o tabuleiro, elevou a régua e, ao mesmo tempo, obrigou o mercado nacional a se reciclar.

Em paralelo, a Seleção rompeu um tabu histórico ao apostar em um técnico de fora, o que contaminou de vez a discussão no país sobre metodologia, gestão de elenco e tomada de decisão à beira do gramado.

Esse contexto não elimina o valor de quem trabalha aqui — pelo contrário. Em 2025, alguns nomes distintos pela proposta de jogo, consistência de resultados e capacidade de desenvolver atletas vêm se destacando, mostrando que o “halo” estrangeiro não precisa ser sinônimo de superioridade.

O parâmetro mudou, e isso é bom para todo mundo: torcedor, clube e, principalmente, para os próprios técnicos brasileiros. Não à toa, até mesmo quem acompanha os bastidores do esporte com maior envolvimento busca recursos extras, como o Código de afiliado Betnacional, que reforça a conexão entre torcedores e o futebol dentro e fora das quatro linhas.

Com isso, vale mapear quem, de fato, entrega desempenho hoje no futebol brasileiro e quais características os colocam em destaque. A régua passa por ideias claras, impacto imediato ou evolução consistente ao longo do tempo, além da capacidade de competir em alto nível contra elencos fortes em jogos decisivos.

Filipe Luís (Flamengo): ideia clara, vitórias grandes e vitrine internacional

Filipe Luís virou caso de estudo. Em poucos meses como treinador, colecionou taças domésticas, moldou um Flamengo agressivo, com pressão coordenada e bom uso de amplitude, e ainda mostrou que pode competir de igual para igual com europeus: a atuação que rendeu a vitória por 3–1 sobre o Chelsea e o desempenho digno diante do Bayern no Super Mundial foram cartão de visitas de um trabalho com assinatura. Não à toa, seu nome passou a circular na imprensa europeia como potencial “exportação” de técnico brasileiro, algo raro na década. 

Resultado melhora quando ideia encontra elenco. O Flamengo tem lastro técnico para rodar a bola com velocidade e cercar a área; Filipe adicionou leitura fina de espaços entrelinhas, variações de saída e coragem para pressionar alto. Além do brilho tático, o recorte competitivo recente pesa a favor: time protagonista em mata-mata e regular em campanha longa, combinando desempenho e resultados. 

Rogério Ceni (Bahia): projeto, evolução e consistência em liga

O Bahia é um case de gestão esportiva e continuidade. Ceni renovou até 2027, empilhou marcas históricas do clube na era dos pontos corridos e recolocou o Esquadrão em rota de Libertadores depois de 35 anos.

Mais do que um bom momento, há sinais de processo: desempenho sustentado, melhora de métricas de criação, uso inteligente de base e leitura pragmática de janela (ajustes cirúrgicos, sem rupturas). 

A fotografia de 2025 reforça essa curva: campanha sólida no Brasileiro, competitividade regional e uma equipe que, mesmo oscilando, raramente se perde de sua identidade.

Em um cenário em que trocas no comando explodiram, a permanência com evolução coloca Ceni entre os que “entregam” semana após semana — sinal de valor para um calendário brutal. 

Rafael Guanaes (Mirassol): ciência aplicada, jogo propositivo e execução acima do orçamento

O Mirassol é um outlier: orçamento modesto, estreia na elite e, ainda assim, rendimento de veterano. Guanaes leva para o campo uma mistura de formação acadêmica, neurociência e análise de dados (inclusive com bagagem de simuladores como Football Manager) para acelerar aprendizado, gerir carga e modular comportamento competitivo.

O reflexo? Organização com e sem bola, mecanismos de apoio no corredor central e um time que compete por zona de tabela com elencos mais caros. 

No detalhe, chama atenção a gestão de expectativas e a didática de treino — tópicos que, no Brasil, costumam aparecer só quando o resultado cai. Em Mirassol, o processo sustenta o placar: pontuações estáveis nas primeiras rodadas, ajustes de modelo sem “rasgar” a ideia e um vestiário alinhado com o objetivo da permanência. É desempenho como produto de método. 

O termômetro do momento: estrangeiros em alta e o recorte que importa

A Série A passou 2025 com forte presença de técnicos estrangeiros — em março, eram nove dos 20 clubes, número que variou ao longo da temporada com trocas e novas chegadas.

O dado bruto importa menos do que a pergunta correta: por que alguns estrangeiros apresentam vida útil maior e resultados médios mais altos? Estudos do Gato Mestre mostram que, desde 2019, portugueses, por exemplo, ficam quase 100 dias a mais no cargo e têm aproveitamento superior ao dos brasileiros, empurrando o mercado local a se qualificar. 

O pano de fundo nacional também pesou neste ano: a Seleção apostou em Carlo Ancelotti — primeiro técnico estrangeiro a comandar a equipe em um século —, alteração simbólica que reforça o argumento da abertura metodológica e do benchmark internacional como parte do nosso cotidiano. 

Trocas recentes que mexem no eixo: Zubeldía no Flu e Ramón Díaz no Inter

Na última semana de setembro, duas mudanças importantes no eixo Rio–Sul: Renato Gaúcho pediu demissão do Fluminense após eliminação na Sul-Americana, e o clube fechou com Luis Zubeldía até o fim de 2026.

Em Porto Alegre, o Internacional demitiu Roger Machado e anunciou Ramón Díaz no dia 24/25 de setembro. As duas mexidas reaqueceram o debate sobre onde o “perfil estrangeiro” agrega mais: em resposta rápida para estabilizar ambiente ou na construção de um ciclo? 

Esse recorte ajuda a avaliar brasileiros hoje valorizados: quem mantém performance apesar de oscilações do entorno, calendário e ruído externo? E quem precisa dar resposta mais tangível quando os jogos grandes chegam?

E os “veteranos” do debate? Renato Gaúcho e Fernando Diniz sob novas lentes

Renato tem currículo pesado (títulos e campanhas marcantes), mas viveu um 2025 de atrito com a arquibancada tricolor e desgaste acelerado. A saída após as quartas da Sula deixou a sensação de que o projeto carecia de alinhamento entre expectativas e execução — algo que pesa na régua “desempenho sustentado”. 
Diniz, por sua vez, é um laboratório vivo.

Entre picos altíssimos (Libertadores pelo Flu) e vales que alimentam críticas, simboliza a tensão brasileira entre ideia e execução. Os números comparativos de longevidade e aproveitamento de estrangeiros reforçam que o ambiente exige mais que estética: pede consistência de pontos e capacidade de ajustar modelo ao elenco e ao recorte competitivo. 

Para onde aponta a bússola

Se a pergunta é “quem entrega desempenho agora?”, o pódio do momento tem um inegável protagonista: Filipe Luís, pela soma de ideia, taças e jogos grandes.

A ele se juntam um Rogério Ceni mais gestor, dono de um projeto que amadurece no dia a dia, e um Rafael Guanaes que performa acima do orçamento com ciência aplicada. Em comum, três ativos que não dependem de passaporte: clareza de modelo, repertório de treino e coragem para ajustar rápido.

O Brasil está, enfim, avaliando técnicos com métricas mais adultas. E isso é excelente notícia. A concorrência estrangeira elevou a régua, a Seleção adicionou um elemento simbólico com Ancelotti, e os melhores brasileiros responderam com campo — não com discurso. No fim das contas, prestígio volta a ser consequência. E desempenho, a causa.
 

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Liverpool massacra Real Madrid, supera noite de gala de Courtois e cola no topo da Champions

Thibaut Courtois tinha tudo para deixar Anfield como herói da noite em uma de suas maiores apresentações da carreira

04/11/2025 23h00

 Mac Allister comemora gol solitário da partida

Mac Allister comemora gol solitário da partida Foto: Reprodução X

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Thibaut Courtois tinha tudo para deixar Anfield como herói da noite em uma de suas maiores apresentações da carreira. O goleiro belga fez incontáveis milagres diante de um Liverpool arrasador. Mas acabou não suportando a enorme pressão e viu a invencibilidade espanhola chegar ao fim na Champions com derrota por 1 a 0 em dia de massacre em campo e linda festa dos ingleses

O duelo caminhava semelhante à decisão de 2021/22 entre as equipes no Stade de France, em Saint-Denis, na França, com ingleses mandando no jogo e merengues se segurando atrás. Ocorre que desta vez não saiu o gol decisivo de Vini Jr - o brasileiro já anotou cinco vezes diante do Liverpool na história da Champions, mas desta vez pouco fez. E o brilho de Courtois não foi suficiente. Se naquele jogo o belga segurou tudo, desta vez nada pôde fazer quando Mac Allister apareceu livre na área.

O resultado deixa o Real Madrid estacionado nos nove pontos, a mesma pontuação alcançada pelos ingleses, que encostam nos ponteiros e voltam a sonhar com a vaga direta às oitavas de final após derrota na casa do Galatasaray e desconfiança com o futebol abaixo do esperado.

O Liverpool entrou em campo com 'fome'. Queria espantar de vez a crise - antes de bater o Aston Villa, no fim de semana, vinha de quatro derrotas seguidas - e reduzir as decepções diante do time merengue, de quem perdeu as finais de 2017/18 e 2021/22, além de cair nas quartas de 2022/23.

Nem bem o árbitro apitou o início da partida e os ingleses já rondavam a área do Real Madrid, que optou por escalação mais conservadora, com quatro peças no meio e apenas Vini Jr. e Mbappé na frente. A pressão inicial visava derrubar a estratégia merengue.

Mas Courtois, como na decisão de 2021/22, na qual Vini Jr. marcou e o goleiro fechou o gol diante de um vibrante Liverpool, mais uma vez resolveu brilhar. Foi uma linda batalha entre o camisa 1 e Szoboszlai antes do intervalo. Em lance cara a cara, o belga desviou com o pé direito para evitar a abertura do placar. Depois voou na batida do húngaro de muito longe. Ainda saiu da área duas vezes para cortar de cabeça e realizou ao menos mais duas defesas complicadas.

O Real Madrid pouco oferecia ofensivamente. Vini Júnior até dava trabalho para Bradley, porém a marcação dupla dificultava suas investidas. O cartão amarelo por ajudar na defesa o fez 'murchar' em campo. A chance real merengue parou em defesa de Mamardashvili na batida de Bellingham.

O lance polêmico dos 45 minutos iniciais que podia mudar a história da partida veio aos 28. Szoboszlai, em mais uma tentativa de longa distância, chutou forte e a bola bateu na mão de Tchouaméni. O árbitro anotou a falta, mas o lance ocorreu dentro da área. Após longa consulta ao VAR, ficou decidido que o braço do francês estava recolhido e o placar zerado permaneceu até o descanso.

Os milagres de Courtois seguiram assim que a bola rolou na etapa derradeira. Van Dijk cabeceou na pequena área e viu o gigante espalmar. A cara de incredulidade do defensor refletia o desânimo com a partidaça do belga, que novamente salvou o Real na cabeçada de Ekitike na sequência na jogada.

O massacre deu resultado pelo alto com o argentino Mac Allister. Szoboszlai cobrou a falta na cabeça do camisa 10, que superou o paredão belga. Apenas após consulta ao VAR, em lance ajustado, veio o grito de gol dos ingleses. A festa foi gigante.

Em desvantagem, Xabi Alonso fez o que muito merengue esperava desde o apito inicial: Rodrygo na frente, ao lado de Vini Jr. e Mbappé. A equipe espanhola melhorou um pouco, enfim criando oportunidades. Nada, contudo, que pudesse modificar um triunfo gigante de um 'mordido', empolgado e bem armado Liverpool. A torcida local ainda se deliciou ao vaiar cada toque de bola de Alexander-Arnold na bola. O ex-lateral do clube jogou por 15 minutos.

DEMAIS RESULTADOS:

Atlético de Madrid 3 x 1 Union Saint-Gilloise

Bodo/Glimt 0 x 1 Monaco

Juventus 1 x 1 Sporting

Olympiacos 1 x 1 PSV

Tottenham 4 x 0 Copenhague

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Peões sul-mato-grossenses dominam montaria em touros no Brasil e no mundo

Além do atual campeão mundial, Mato Grosso do Sul conta com outros dois peões no Top-10 global

04/11/2025 15h30

Warley de Oliveira, em apresentação no rodeio internacional de Barretos

Warley de Oliveira, em apresentação no rodeio internacional de Barretos Foto: Erico Andrade / Reprodução

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Os peões sul-mato-grossenses vivem um momento histórico na montaria em touros. O Estado, tradicional revelador de talentos na arena, hoje domina o cenário nacional e mundial da Professional Bull Riders (PBR), principal competição da categoria.

Na temporada atual, Warley Oliveira da Silva, natural de Aparecida do Taboado, ocupa a 4ª colocação no ranking mundial, enquanto Cleber Henrique Marques, nascido em Cassilândia, figura na 8ª posição. Ambos são destaques também no ranking nacional da modalidade.

Líder do ranking nacional, Cleber Henrique Marques venceu quatro grandes etapas do circuito brasileiro: Uberlândia (MG), Piracaia (SP), Jaguariúna (SP) e Extrema (MG), já Warley Oliveira da Silva triunfou na etapa de Pirajuba (MG) e foi vice-campeão em Campo Grande no fim de novembro, uma das provas mais disputadas do calendário, diante da torcida sul-mato-grossense.

Protagonismo

O bom momento dos representantes do Estado acontece na esteira da consagração de outro ícone local, uma vez que José Vitor Leme, nascido em Ribas do Rio Pardo, conquistou em maio de 2025 o tricampeonato mundial de montaria em touros.

Aos 29 anos, Leme se firmou como um dos maiores nomes da história da PBR, ao lado de lendas como Adriano Moraes e Silvano Alves, também tricampeões. Leme já havia conquistado os títulos de 2020 e 2021, e nesta última temporada marcou o seu nome de vez na história ao registrar 98,75 pontos, a maior nota já alcançada na competição.

O domínio brasileiro nas arenas internacionais é marcante há décadas. Desde 1994, quando a PBR passou a premiar campeões mundiais, o país já soma dezenas de títulos, com nomes como Adriano Moraes (1994, 2001 e 2006), Silvano Alves (2011, 2012 e 2014), Guilherme Marchi (2008), Renato Nunes (2010) e Kaique Pacheco (2018). Nos últimos anos, o Brasil manteve a hegemonia, com Cassio Dias campeão em 2024, Rafael José de Brito em 2023. O país conta com 15 títulos mundiais. 

Campeões mundiais da PBR por ano

2025 - José Vitor Leme
2024 – Cassio Dias
2023 – Rafael José de Brito
2022 – Daylon Swearingen
2021 – José Vitor Leme
2020 – José Vitor Leme
2019 – Jess Lockwood
2018 – Kaique Pacheco
2017 – Jess Lockwood
2016 – Cooper Davis
2015 – J.B. Mauney
2014 – Silvano Alves
2013 – J.B. Mauney
2012 – Silvano Alves
2011 – Silvano Alves
2010 – Renato Nunes
2009 – Kody Lostroh
2008 – Guilherme Marchi
2007 – Justin McBride
2006 – Adriano Moraes
2005 – Justin McBride
2004 – Mike Lee
2003 – Chris Shivers
2002 – Ednei Caminhas
2001 – Adriano Moraes
2000 – Chris Shivers
1999 – Cody Hart
1998 – Troy Dunn
1997 – Michael Gaffney
1996 – Owen Washburn
1995 – Tuff Hedeman
1994 – Adriano Moraes 

*Saiba

No final do mês passado, o campeão brasileiro de 2024, Rogério Venâncio ficou com a fivela de campeão da etapa. Montando com sucesso os quatro touros que desafiou no fim de semana o mato-grossense faturou mais de R$ 40 mil em prêmios na competição.

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