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Veja cinco erros que ajudam a explicar a eliminação do Brasil na Copa do Mundo

Segunda eliminação seguida do Brasil nas quartas de final expôs as falhas que tiveram influência direta no resultado final e na volta antecipada para casa

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Única pentacampeã mundial, a seleção brasileira sempre chega a uma Copa do Mundo como candidata ao título.

No Qatar, porém, a equipe de Tite era vista como favorita, o time a ser batido, devido a sua campanha invicta nas Eliminatórias da Copa (14 vitórias e três empates) e também aos nomes de seu elenco, comandado em campo pelo atacante Neymar, até então em boa forma física e técnica.

Nesta sexta-feira (9), porém, a segunda eliminação seguida do Brasil nas quartas de final, com derrota nos pênaltis pela Croácia, expôs as falhas que tiveram influência direta no resultado final e na volta antecipada para casa.

1 - FALTA DE AMISTOSOS CONTRA SELEÇÕES FORTES

Há cerca de cinco meses, o técnico Tite anunciou que a seleção brasileira não disputaria amistosos às vésperas da Copa do Qatar.

O motivo apontado pela comissão técnica era evitar risco de lesões nos jogadores. Como o treinador teria apenas dez dias de preparação do grupo antes da estreia no Mundial, contra a Sérvia, ele resolveu evitar disputas mais acirradas.

À época, o treinador afirmou que essa decisão foi influenciada pelas opiniões dos ex-jogadores Juninho, Cesar Sampaio e Taffarel, que fazem parte da sua comissão.

"Eu disse: cinco dias antes da Copa vamos fazer amistoso, e eles (ex-jogadores) me olharam e foram indo para trás. O risco de lesão supera o benefício técnico e tático quando é muito próximo. Se é para ser, tem que ser nove ou dez dias antes, por exemplo, como o jogo que o Peru vai fazer. Muito próximo, a cabeça não funciona, e, quando ela não funciona, o corpo não funciona. Para mim, a resposta é não", disse Tite.

Antes da Copa da Rússia, em 2018, também com Tite no comando, o Brasil enfrentou Croácia e Áustria na preparação. Porém o período de treinos na ocasião foi de três semanas.

No Qatar, a seleção se deu bem contra Sérvia e Suíça na fase de grupos, mas, ao enfrentar a Croácia, uma equipe mais forte e experiente em jogos decisivos, acabou sendo eliminada.

2 - CONVOCAÇÃO DESEQUILIBRADA

A convocação do grupo final para disputar a Copa teve um nome mais contestado: o lateral direito Daniel Alves, de 39 anos, que estava sem atuar havia dois meses. Ele foi bancado pelo técnico Tite, que citou sua experiência e liderança no grupo. No entanto, quando teve chances de utilizá-lo na Copa, como na lesão do titular Danilo, o treinador optou pela improvisação de Éder Militão.

Dani Alves só entrou como titular no duelo contra Camarões, na última rodada da fase de grupos, quando o Brasil já estava classificado às oitavas de final. Assim, o duelo serviu apenas como um amistoso de luxo.
Outro problema da convocação foi a fartura de atacantes chamados em contraste aos poucos defensores.

Tanto que, com as lesões dos laterais Danilo, Alex Sandro e Alex Telles, Tite precisou fazer improvisações.
Enquanto isso, lá na frente, o comandante tinha muitas opções, mas que não conseguiram render o que a torcida esperava. Apenas Vinicius Junior e Richarlison tiveram atuações sólidas sempre que estiveram em campo.

3 - PRODUÇÃO INCONSTANTE DE NEYMAR

O Brasil estreou com uma boa vitória sobre a Sérvia, mas o atacante Neymar sofreu lesão no tornozelo que o deixou fora dos dois jogos seguintes, contra Suíça e Camarões.

Na sua volta, nas oitavas de final, encontrou um cenário perfeito para jogar, uma vez que a Coreia do Sul não tem uma marcação tão forte quanto a dos outros rivais.

Assim, ele pôde circular em campo, sofrendo apenas três faltas, e ainda marcou um gol, de pênalti.
No jogo contra a Croácia, no entanto, ele teve na maior parte do tempo uma participação bem abaixo da média, com pouca movimentação em campo.

O gol no primeiro tempo da prorrogação foi um lampejo do bom jogador, mas o momento acabou não sendo decisivo.

Se ele ainda sente dores no tornozelo machucado, não se sabe, mas em muitas jogadas do Brasil, principalmente na defesa, ele só andou em campo. Faltou o algo mais do principal nome da equipe, para colocar fogo nos companheiros mais jovens.

4 - SUBSTITUIÇÕES POUCO EFETIVAS

O comandante falhou nas substituições no jogo decisivo contra a Croácia ao não achar soluções para surpreender o adversário.

Quando o time precisava encontrar formas de furar o bloqueio defensivo rival, o comandante fez apenas substituições de seis por meia dúzia: Rodrygo no lugar de Vinicius Junior, Antony no de Raphinha e Pedro no de Richarlison.

Com os três novos jogadores, a atuação brasileira não teve grandes mudanças. Melhorou um pouco com a velocidade de Antony na direita, uma vez que Raphinha não estava em um bom dia, mas os croatas não precisaram mudar seu sistema defensivo, que continuou encaixado no estilo de jogo brasileiro.

E, quando acharam um contra-ataque, foram fulminantes e fizeram o gol no único chute que acertaram na meta de Alisson.

5 - DECISÕES ERRADAS NO JOGO

A grande falha contra a Croácia foi justamente a jogada que deu origem ao gol do rival, levando a decisão para os pênaltis.

O volante Fred entrou no lugar do meia Lucas Paquetá após o gol de Neymar, na prorrogação, para compor a defesa e segurar a pressão do rival, que partiu com tudo para o ataque.

No entanto, Fred se lançou à frente, enrolou-se com Pedro e proporcionou o contra-ataque. Com a defesa desguarnecida, os croatas chegaram ao empate.

Durante a partida, a marcação brasileira também esteve frouxa no meio de campo, dando muito espaço para a criação de Modric, que, mesmo aos 37 anos, movimentou-se por todo o campo, municiando o ataque.
Após o jogo, o técnico Tite afirmou que não houve desorganização do time brasileiro no lance do empate.

"Não concordo com a desorganização. Primeiro, estávamos em uma ação ofensiva, colocando volume na frente, e a jogada foi quebrada. No que ela foi quebrada e pressionada, tivemos com o Pedro a infiltração do Fred, uma bola espirrada na frente, Danilo dá e volta, e nesse vai e vem uma bola puxa fundo. Conseguimos voltar e fechar a parte central do campo, mas a bola veio para trás, finaliza, desvia e entra, em uma única finalização", disse.

Um último ponto que ganhou críticas nas redes sociais após a eliminação foi a sequência de jogadores brasileiros para as cobranças de pênalti.

Torcedores questionaram por que o primeiro foi Rodrygo, o jogador mais jovem do elenco (21 anos), enquanto Neymar, 30, acabou não tendo a oportunidade de cobrar, uma vez que a disputa terminou antes (4 a 2). O camisa 10 disse que foi um pedido de Rodrygo iniciar a série.

FUTEBOL

Fifa oficializa Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034

Após reunião nesta quarta-feira, país do Oriente Médio é aclamado pela entidade máxima do futebol e vai receber principal torneio de seleções

11/12/2024 23h00

Foto: Divulgação / Fifa

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A Fifa oficializou nesta quarta-feira, 11, a Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034. A escolha pelo reino árabe estava praticamente definida desde o ano passado, quando Austrália e Indonésia não formalizarem a proposta de realizar o evento de maneira conjunta.

Depois do Mundial do Catar, em 2022, esta será a segunda edição no Oriente Médio, e a terceira na Ásia. Anteriormente, Coreia do Sul e Japão sediaram o principal torneio de seleções em 2002, quando o Brasil conquistou o Penta.

Sediar a Copa do Mundo faz parte do Saudi Vision 2030, um megaprojeto da Arábia Saudita que combina entretenimento e turismo com o intuito de diversificar a economia do país, com vasta riqueza em combustíveis fósseis.

A aclamação é considerada uma grande vitória do governo, que há pelo menos dois anos se dedica a investir o dinheiro do petróleo para se tornar uma potência esportiva.

A principal commodity do país árabe serve de combustível para projeto de fortalecimento do futebol local para melhorar a imagem da nação junto à comunidade internacional, prática conhecida como sportwashing.

A candidatura da Arábia Saudita foi alvo de críticas pelo fato de o país ter um histórico de denúncias de violações aos direitos humanos. Uma das preocupações é o aumento de casos de abuso no setor da construção civil.

Em 2022, o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, administrado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, adquiriu 80% das ações do inglês Newcastle, da Inglaterra, por 300 milhões de libras (cerca de R$ 2,2 bilhões) e, mais recentemente, comprou os quatro principais clubes do país: Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Hilal e Al-Ahly.

Depois de seduzir astros do futebol mundial, como Cristiano Ronaldo, Neymar e Benzema, a cereja do bolo foi a oportunidade de realizar uma Copa do Mundo.

Assim como na Copa do Catar, existe a expectativa de o torneio ser realizado entre os meses de novembro e dezembro, período em que o forte calor da região arrefece. Segundo o documento oficial enviado à Fifa, a temperatura média em Riad no mês de julho, calendário tradicional do Mundial, é de 38 graus.

Em dias de sol forte, os termômetros podem passar dos 45 graus. Em dezembro, a média dos marcadores cai para 17 graus. Cabe lembrar que os estádios no Catar contaram com esquema de climatização mesmo com a competição sendo realizada no fim do ano.

Ao todo, 15 estádios vão receber partidas da Copa. Oito serão construídos do zero, mesmo número de arenas que a capital Riad vai ter durante a competição. Jeddah terá quatro, enquanto Neom, Abha e Al-Khobar, um cada. A expectativa é de que todos os palcos do Mundial sejam entregues até 2032.

O projeto mais audacioso é o do Estádio Internacional Rei Salman, também em Riad, com capacidade para 92 mil pessoas. O local será palco do jogo de abertura e da final, além de se tornar a casa oficial da seleção saudita após o Mundial.

Outro projeto que se destaca pela grandeza é a Arena Príncipe Mohammed bin Salman, projeto de arena futurista que visa “reinventar o conceito tradicional de estádio”.

Localizado no topo de uma montanha de 200 metros em Qiddiya, a 35 quilômetros de Riad, o local terá capacidade para para 47 mil pessoas, além de teto e gramado retráteis, permitindo a funcionalidade para diferentes eventos. Ele será coberto por painéis de LED, além de contar com um sistema de captação de água da chuva que resfria o ar-condicionado e funcionalidades multiuso.

Mundial do centenário, em 2030, terá 6 sedes em 3 continentes

O Congresso Extraordinário da Fifa também confirmou as sedes da Copa do Mundo de 2030, no aniversário de cem anos da competição. Seis países, de três continentes, vão receber jogos: Portugal, Espanha, Marrocos, Argentina, Uruguai e Paraguai.

De acordo com o que foi previamente definido, os dois países europeus e o africano serão considerados como sedes oficiais do Mundial.

Os sul-americanos, por outro lado, vão receber apenas uma partida cada. Os jogos serão disputados antes da abertura oficial do torneio, na semana anterior. Essa foi a maneira encontrada pela Fifa e a Conmebol para celebrar o centenário da Copa do Mundo.

A primeira edição foi vencida pelo Uruguai, o país-sede. Em 2030, o Estádio Centenário, em Montevidéu, vai hospedar o primeiro jogo do Mundial.

A partida da Argentina será no Mâs Monumental, o estádio do River Plate. O local do confronto no Paraguai ainda está sendo construído em Assunção: o estádio do Olimpia, Osvaldo Domínguez Dibb, pai do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez.

Mundial de Clubes

Botafogo leva 3 do Pachuca e dá adeus ao sonho da Copa Intercontinental na estreia

Alvinegro decepciona sua torcida que esperava vê-lo derrotar o Real Madrid (Espanha) na grande final

11/12/2024 17h40

Salomon Rondón celebra gol pela equipe mexicana

Salomon Rondón celebra gol pela equipe mexicana Divulgação/Pachuca

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O Botafogo decepcionou nesta quarta-feira (11), fez uma partida abaixo do esperado no estádio 974, em Doha, e se despediu da Copa Intercontinental da Fifa logo na estreia. A equipe brasileira poupou alguns jogadores no primeiro tempo, não mostrou forças para segurar o Pachuca e foi derrotada por 3 a 0.

Os mexicanos avançaram para a próxima etapa e medirão forças com o Al-Ahly na semifinal, no sábado, às 13h (horário de Mato Grosso do Sul). O ganhador do duelo enfrentará o Real Madrid na final.

Com tempo escasso de intervalo entre a conclusão do Brasileirão e a viagem para o Catar, o Botafogo foi impactado por um cenário de cansaço, também vivido pelo Palmeiras no início de 2021. Além dos botafoguenses e palmeirenses, também caíram na estreia Internacional, Atlético-MG e Flamengo em outras ocasiões.

Diferentemente de outros anos, nesta edição não há disputa de terceiro ou quarto lugar. Assim, o Botafogo já entra de férias e coloca um ponto final em uma temporada vitoriosa.

Melhores momentos

O Pachuca foi melhor nos primeiros minutos, criou oportunidades e deu trabalho ao goleiro John. O Botafogo apostou na velocidade dos contragolpes e era pressionado na saída de bola. Houve reclamação das duas partes por penalidades máximas, mas a arbitragem ignorou ambas.

O duelo foi perdendo intensidade ao longo da etapa inicial. Os lances de perigo diminuíram. As duas equipes pareciam cansadas. Os brasileiros ainda tinham o argumento dos jogos consecutivos e da longa viagem às vésperas da estreia, mas o Pachuca não entrava em campo para partidas oficiais havia mais de um mês.

Luiz Henrique foi o destaque botafoguense, mas, de uma maneira geral, o desempenho ficou aquém do esperado. Os mexicanos foram melhores e perderam a oportunidade de encerrar os 45 primeiros minutos à frente do marcador.

Já no segundo tempo, o Pachuca persistiu como o melhor em campo e não demorou para balançar as redes. O marroquino Idrissi deixou dois jogadores do Botafogo no chão dentro da área e anotou um golaço em Doha, aos 5 minutos, colocando os mexicanos em vantagem.

Perdendo o jogo, o Botafogo teve de forçar uma dinâmica diferente. Artur Jorge colocou em campo os titulares poupados, mas de nada adiantou. Aos 22, erro na saída de bola do Botafogo entregou um presente para Deossa, que do lado esquerdo da grande área, acertou um chute cruzado e contou com a falha de John para ampliar o marcador a favor do Pachuca.

A pressa do Botafogo abriu espaços na defesa e permitiu que os mexicanos aproveitassem. Os autores dos gols armaram belo contragolpe concluído por Rondón, que, aos 35 minutos, balançou as redes e confirmou a vitória do Pachuca.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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