Embora não figure entre as regiões com os maiores índices de exploração do ouro no mundo, o continente sul-americano conseguiu puxar para si os holofotes. Isso porque, em maio deste ano, a mineradora Vicuña, formada por meio da parceria entre a australiana BHP e a sueco-canadense Lundin Mining, anunciou a descoberta de uma grande jazida de minerais na Cordilheira dos Andes.
A empreitada foi tamanha, que especialistas a definiram como o maior depósito mundial de cobre, ouro e prata dos últimos 30 anos. Com a façanha em evidência, a região ganhou um novo prestígio em meio ao mercado global de mineração. Nesse ínterim, os achados foram enquadrados em “medidos”, que correspondem a quantidades confirmadas por estudos técnicos detalhados, e “inferidos” estimados com base em análises preliminares.

Ainda que as escavações estejam em vigência, foram confirmadas 12,8 milhões de toneladas de cobre, enquanto são estimadas 25,1 milhões de toneladas no total. Em contrapartida, 32,2 milhões de onças de ouro foram medidas e 48,7 milhões de onças são calculadas. Por fim, a prata apresentou 659 milhões de onças confirmadas e 808 milhões de onças previstas.
O detalhe curioso é que a jazida na Cordilheira dos Andes integra a Argentina e Chile, fator de extrema importância para ambos os mercados. Além da oferta de trabalho, os investimentos internacionais devem ganhar forças, uma vez que as demandas por tais minerais são amplificadas no cenário aeroespacial, sendo usados em satélites, naves espaciais, cabos elétricos e tecnologias sustentáveis.
Jazida de ouro é encontrada no Piauí?
Nos últimos meses, imagens reproduzidas nas redes sociais deram conta de que um reservatório tomado por ouro havia sido encontrado em Currais, no Piauí. Apesar de ter gerado grande repercussão, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que coletou amostras rochosas na região, colocou um ponto final nas especulações.
“Sugestões da descoberta de uma grande jazida de ouro são mentirosas. As análises realizadas no solo da região apresentaram teor de ouro considerado insignificante para a formação de minerais com este metal, apresentando, portanto, condição incompatível para a formação de uma jazida”, esclareceu a entidade especializada.





