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Alemanha veta exportação de blindado brasileiro após Lula negar munição

O país decidiu embargar a exportação de 28 blindados fabricados no Brasil para as Filipinas

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A Alemanha decidiu embargar a exportação de 28 blindados fabricados no Brasil para as Filipinas, movimento visto no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como retaliação pela negativa do presidente de vender munição de tanques para Berlim repassar à Ucrânia em sua luta contra a Rússia.

O caso foi revelado pela revista Veja. A venda havia sido fechada em 2021 entre a empresa israelense Elbit e o Exército do país asiático, incluindo tanques e outros materiais de defesa, incluindo blindados de transporte de tropas.

Neste último item, a Elbit escolheu o modelo brasileiro Guarani, desenvolvido em parceria pelo Exército Brasileiro com a empresa italiana Iveco e fabricado em Sete Lagoas (MG).

Os militares brasileiros detêm uma porcentagem da propriedade intelectual do blindado, e recebem royalties a cada unidade exportada -ele já foi vendido para o Líbano, por exemplo.

A Alemanha alegou, segundo informações extraoficiais do Ministério da Defesa já que se trata de um negócio privado, que os componentes de origem germânica do blindado não podem ser vendidos a terceiros sem sua autorização. Como isso, o Escritório Federal de Economia e Controle de Exportação determinou a suspensão do envio.

Cinco Guarani já estava prontos para envio. A fatia do contrato dedicado aos veículos é estimada em US$ 47 milhões (R$ 243 milhões). A reportagem tentou contato com a Embaixada da Alemanha em Brasília e com a Iveco na tarde desta sexta (24), sem sucesso.

O Exército também não comentou. Segundo pessoas com conhecimento do caso no governo, ainda há espaço para negociar, ou ainda pode haver a substituição dos itens alemães nos armamentos por componentes de outra origem.

Boa parte do recheio eletrônico e os sensores deste Guarani sob medida são, por exemplo, israelenses. Em janeiro, a Folha revelou que Lula havia se recusado a repassar R$ 25 milhões em munições para tanques Leopard-1 que a Alemanha tem estoque e pretendia mandar para Kiev, alegando que não seria o caso de se antagonizar com a Rússia na guerra. A posição foi reafirmada pelo presidente ao premiê alemão, Olaf Scholz, durante visita do europeu a Brasília.

O Brasil procura uma postura independente, mantendo relações com Moscou e condenando tanto a invasão que completou um ano nesta sexta (24) quanto o regime draconiano de sanções aplicado pelo Ocidente aos russos. Já era assim sob Jair Bolsonaro (PL), cujo governo foi sondado para enviar munição para blindados de defesa antiaérea Gepard que Berlim doou para Kiev e negou.

O país importa cerca de 30% dos fertilizantes que consome da Rússia, e agora Lula tenta apadrinhar uma proposta de criação de um grupo para discutir o fim do conflito que foi elogiada por Moscou.

narcotráfico ou petróleo?

Petros diz que corpos no mar podem ser de vítimas de bombardeio dos EUA

Dois corpos foram localizados no mar do lado colombiano e vários outros do lado da venezuela na semana passada

08/12/2025 07h10

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu neste domingo, 7, a abertura de uma investigação sobre o achado de dois corpos na beira do mar em um povoado na fronteira com a Venezuela e sugeriu que as mortes podem ter sido causadas por um bombardeio americano no Caribe.

Na quinta-feira, 4, a rede pública de televisão RTVC informou sobre a descoberta de dois corpos nesse povoado e de vários outros no lado venezuelano, sem precisar o número.

"Peço ao Instituto de Medicina Legal que estabeleça as identidades (...). Podem ser mortos por bombardeio no mar", escreveu Petro na rede social X. Um porta-voz da polícia confirmou à AFP que os corpos foram encontrados em uma praia de pescadores no departamento de La Guajira (norte).

Em outubro, Petro já havia acusado Washington de violar a soberania colombiana e de matar um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe.

Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças dos Estados Unidos que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia.

À época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na rede social Truth Social ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, é um líder do tráfico de entorpecentes, "que incentiva fortemente a produção maciça de drogas". O chefe da Casa Branca, porém, não apresentou provas sobre suas acusações.

Na ocasião, o presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.
 

deslizamento de terra

Naufrágio deixa mortos e desaparecidos na Amazônia peruana

Informações iniciais apontam que pelo menos 12 pessoas morreram e em torno de 60 seguiam desaparecidas

02/12/2025 07h29

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

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Ao menos 12 pessoas morreram e cerca de outras 60 estão desaparecidas após o naufrágio de duas embarcações de passageiros provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali, um dos principais rios da Amazônia peruana, nesta segunda-feira, dia 1º.

Imagens divulgadas pela mídia local mostravam mulheres de mãos dadas com crianças, correndo e chorando às margens do rio; pessoas tentando reanimar sobreviventes do naufrágio que estavam no chão, tossindo água; e, até mesmo sobreviventes saindo do rio por conta própria.

O incidente aconteceu durante a madrugada quando as duas embarcações estavam atracadas. Uma delas foi esmagada durante o deslizamento, enquanto a outra virou devido ao impacto da terra com o rio, que gerou uma "grande onda".

As equipes de resgate informaram que a lista de passageiros se perdeu, então não é possível determinar ao certo quantas pessoas estavam a bordo no momento da tragédia.

Corpos foram encontrados flutuando no rio, alguns a até 3 km do local do acidente, em meio a fortes correntes.

Este não foi o único acidente do tipo ocorrido em 2025. Em maio, uma colisão entre uma embarcação da Marinha peruana e um navio-tanque da petrolífera anglo-francesa Perenco, no rio Amazonas, deixou dois marinheiros mortos e um desaparecido.

Em setembro de 2024, outro acidente ocorreu no mesmo rio Ucayali, após uma embarcação colidir com um tronco submerso, resultando em seis mortos e mais de 80 pessoas resgatadas com vida. Na região do Ucayali, assim como em outras partes da Amazônia peruana, os rios são o meio de transporte mais utilizado devido à falta de estradas. Fonte: Associated Press.
 

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