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EUA revogam visto de brasileiro por comentários sobre morte de Charlie Kirk

Além do brasileiro, que não teve o nome divulgado, EUA também revogaram visto de outras cinco pessoas

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O governo Trump revogou nesta terça-feira, 14, os vistos de seis estrangeiros, entre eles um brasileiro, que teriam feito comentários irônicos nas redes sociais sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. Ele foi morto no mês passado enquanto discursava em um campus universitário em Utah, nos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento de Estado americano, os estrangeiros são originários da Argentina, Brasil, Alemanha, México, Paraguai e África do Sul, mas seus nomes não foram divulgados. Segundo o órgão, a decisão foi tomada após análise de publicações consideradas irônicas ou que minimizavam a morte de Kirk.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente Donald Trump concedeu ao ativista, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil do país. No funeral de Kirk, em setembro, Trump o descreveu como um "herói americano" e "mártir da liberdade".

Desde o episódio, o governo norte-americano e apoiadores do presidente têm adotado medidas punitivas contra pessoas que ironizaram ou criticaram Kirk, incluindo demissões de jornalistas e professores, o que tem levantado preocupações sobre liberdade de expressão.

"Os estrangeiros que se aproveitam da hospitalidade dos Estados Unidos enquanto comemoram o assassinato de nossos cidadãos serão removidos", afirmou o Departamento de Estado. "O presidente Trump e o secretário de Estado Marco Rubio defenderão nossas fronteiras, nossa cultura e nossos cidadãos aplicando as leis de imigração", concluiu.

O vice-presidente JD Vance e outros membros do governo vêm incentivando usuários das redes sociais a denunciar postagens consideradas ofensivas sobre o caso. O vice-secretário de Estado Christopher Landau chegou a publicar mensagem pedindo que internautas o marcassem em publicações do tipo, dizendo estar "revoltado ao ver algumas pessoas nas redes sociais elogiando, racionalizando ou minimizando o evento, e instruí nossos funcionários consulares a tomarem as medidas cabíveis".

Ofensiva migratória

A medida faz parte de uma ampla ofensiva migratória do governo Trump, que busca identificar e expulsar estrangeiros suspeitos de incitar protestos ou apoiar publicamente ações contra as operações militares de Israel em Gaza. Nos últimos meses, Washington também tem negado vistos a candidatos cujos históricos em redes sociais contenham críticas à política externa ou interna dos EUA.

Entre os casos recentes, o governo americano expulsou o embaixador da África do Sul, revogou o visto do presidente palestino Mahmoud Abbas antes da Assembleia Geral da ONU e cancelou os vistos da dupla britânica de punk-rap Bob Vylan. Segundo o Departamento de Estado, está em curso uma revisão dos mais de 55 milhões de vistos ativos para identificar eventuais violações.

O governo Trump também revogou os vistos de ao menos 50 políticos e funcionários do governo do México, em meio à ofensiva contra os cartéis de drogas no país. No Brasil, 18 autoridades tiveram os vistos revogados até setembro, entre elas oito ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e advogado-geral da União, Jorge Messias.

Grupos de direitos civis criticaram as medidas, afirmando que elas violam o direito constitucional à liberdade de expressão, que, segundo a legislação norte-americana, se estende a qualquer pessoa dentro do território dos Estados Unidos, e não apenas a cidadãos. (Com informações da Associated Press)

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
 

China

Astronautas chineses fazem primeiro churrasco no espaço e gravam vídeo

Em vídeo publicado pelo canal de televisão estatal CCTV, os astronautas assam asas de frango em um forno elétrico

05/11/2025 23h00

Astronautas chineses fazem primeiro churrasco no espaço e gravam vídeo

Astronautas chineses fazem primeiro churrasco no espaço e gravam vídeo Divulgação

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Astronautas chineses fizeram o primeiro churrasco no espaço na terça-feira, 4, para recepcionar compatriotas que chegavam na Estação Espacial Chinesa, nomeada Tiangong ("Palácio Celestial", em português).

Em vídeo publicado pelo canal de televisão estatal CCTV, os astronautas assam asas de frango em um forno elétrico, com as peças de carne flutuando pela ausência de gravidade.

"No momento em que as asinhas entraram no forno, todos aqui ficaram cheios de ansiedade", resume o astronauta Zhang Hongzhang.

"Comida gourmet aqui!", diz Wu Fei ao tirar o frango do forno. Na sequência, as imagens mostram os homens comendo o frango, com um pedaço para cada um.

"Como podem ter um gosto tão bom?", delicia-se Chen Zhongrui. O vídeo também mostra que bifes de carne bovina foram assados.

O churrasco contou com a participação das equipes das missões Shenzhou-20 e dos recém-chegados da Shenzhou-21. O forno utilizado precisou passar por adaptações para funcionar corretamente no espaço.

O jornal chinês Global Times relembrou um teste de um protótipo de forno na Estação Espacial Internacional em 2020.

Na ocasião, os astronautas assaram cinco biscoitos de chocolate em órbita em um experimento inédito, mas descobriram que precisavam de muito mais tempo para ficarem prontos, 130 minutos.

A estação espacial chinesa está totalmente operacional desde o fim de 2022.

Construída com tecnologia do país asiático, ela também abriga pesquisas científicas de outros países e, no momento, conta com seis astronautas na tripulação a bordo. No entanto, os integrantes da missão Shenzhou-20 devem retornar à Terra em breve.
 

surpresa

Muçulmano captura insatisfação com Trump e se elege prefeito de NY

Zohran Mamdani, de apenas 34 anos, é de origem asiática e derrotou inclusive o candidato mais ao centro do partido Democrata

05/11/2025 07h23

Mamdani se torna o primeiro prefeito muçulmano de NY, o primeiro de ascendência sul-asiática e o primeiro nascido na África

Mamdani se torna o primeiro prefeito muçulmano de NY, o primeiro de ascendência sul-asiática e o primeiro nascido na África

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O democrata Zohran Mamdani foi eleito prefeito da cidade de Nova York nesta terça-feira, 4, apontou a projeção da Associated Press. Após uma campanha inusitada, o deputado estadual de 34 anos, se tornou o prefeito mais à esquerda da cidade em décadas ao derrotar o ex-governador Andrew Cuomo e o republicano Curtis Sliwa. Com 87% das urnas apuradas, ele tem 50,4% dos votos, contra 41,5% de Cuomo e 7,2% de Sliwa. A participação, com 2 milhões de eleitores, bateu recorde.

A vitória de Mamdani se soma a outros dois triunfos importantes dos democratas, nas eleições para governador em Nova Jersey e na Virgínia. Em ambos os casos, o partido obteve um desempenho melhor que na disputa entre Kamala Harris e Donald Trump e que nas eleições estaduais anteriores em 2021.

Com a vitória, Mamdani se torna o primeiro prefeito muçulmano de NY, o primeiro de ascendência sul-asiática e o primeiro nascido na África. Ele também se tornará o prefeito mais jovem da cidade em mais de um século quando assumir o cargo em 1º de janeiro.

A ascensão improvável de Mamdani dá força à ala mais à esquerda do partido, que defende uma agenda mais radical em vez de se unir em torno de centristas na esperança de reconquistar os eleitores indecisos que abandonaram os democratas.

Democratas retomam terreno

A ascensão de Mamdani em NY foi duramente criticada durante a campanha pelo presidente Donald Trump, que o chamou de comunista, lunático e prometeu reduzir as verbas federais para a cidade caso ele seja eleito. A vitória dele e das duas mulheres eleitas em New Jersey e na Virgínia, no entanto, aumentou a esperança de que a oposição se fortaleça, de olho na renovação do Congresso em novembro do ano que vem.

Mikie Sherrill, de Nova Jersey, e da ex-deputada Abigail Spanberger, da Virgínia, foram vitais para mostrar o poder de mobilização democrata contra Trump, quase um ano após o início de seu tumultuado segundo mandato. Outra batalha eleitoral importante desta noite ocorre na Califórnia, onde eleitores estão decidindo se o Estado pode redesenhar seus distritos eleitorais para fortalecer a representação democrata na Câmara.

A disputa para governador em Nova Jersey foi acirrada, principalmente após o desempenho melhor do que o esperado de Trump no estado em 2024. Jack Ciattarelli, o republicano, emulou aspectos da retórica do presidente em um esforço para recriar sua base eleitoral, e a derrota pode refletir a dificuldade de mobilizar os apoiadores de Trump quando ele não está na cédula.

Spanberger, que se tornará a primeira governadora da Virgínia, optou por uma mensagem bipartidária em seu discurso de vitória. "Meu objetivo e minha intenção é servir a todos os virginianos", disse ela, que representa a ala moderada do partido.

Populismo de esquerda na Big Apple

Entre suas propostas estão o congelamento dos aluguéis da cidade, a criação de supermercados públicos, ônibus grátis em toda a cidade e creches gratuitas para nova-iorquinos de 6 semanas a 5 anos de idade. Mamdani também quer taxar os residentes que ganham acima de US$ 1 milhão de dólares anualmente com um imposto de 2% e aumentar a alíquota do imposto corporativo para 11,5%.

Mamdani conseguiu atingir uma grande parcela dos cidadãos de Nova York ao realizar uma campanha moderna e focada em questões econômicas. Ele participou de podcasts progressistas e conservadores, criou vídeos que viralizaram no Youtube e no TikTok e entrevistou pessoas na rua para entender as suas dificuldades.

Propostas ainda incertas

Apesar do entusiasmo de sua base de eleitores, Mamdani ainda não deixou claro como executar a maioria de suas propostas. Seus oponentes dizem que um governo Mamdani poderia ser um fracasso por conta de limites no orçamento e dificuldade para construir alianças.

Suas propostas poderiam custar mais de US$ 7 bilhões aos cofres da cidade, o que representaria 6% de aumento no orçamento de Nova York. Para pagar a conta, ele quer aumentar impostos sobre residentes ricos e empresas, uma medida que poderia significar o êxodo de empresários da cidade.

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