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guerra sem fim

Governo confirma morte de brasileiro em Israel

Ele estava em uma festa que foi atacada por integrantes do Hamas. Cerca de 260 civis foram mortos no local

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O governo federal confirmou a morte de Ranani Glazer, 23, um dos brasileiros que estavam na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel neste fim de semana. Dois brasileiros seguem desaparecidos.

A informação já tinha sido confirmada pela tia do jovem à Folha de S.Paulo na noite de segunda-feira (9). Questionado, o Itamaraty, no entanto, não tinha respondido à reportagem nem confirmado o óbito.

Na manhã desta terça-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores emitiu nota lamentando a morte do jovem nascido no Rio Grande do Sul, "vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro".

"Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis", diz o Itamaraty.

Glazer estava com outros dois brasileiros —a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman— em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza no sábado (7) quando ela foi invadida por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra eles.

Segundo relato de Zimerman a Guilherme Botacini, da Folha de S.Paulo, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam, porém, ele e Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer.

"Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia", afirmou Zimerman. "Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela."

Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se o brasileiro já está contabilizado nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros. "Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções", disse uma testemunha a uma emissora de Israel. "Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares."

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados.
O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado.

A ofensiva do grupo terrorista é o pior sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros.

O conflito já tinha matado até a segunda cerca de 1.500 pessoas —ao menos 800 do lado de Israel e 687 palestinos.
Leia, abaixo, a nota oficial publicada pelo Itamaraty na manhã desta terça-feira (10):

"O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel.

Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis."
 

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EUA identificam primeiro caso de nova cepa Mpox em viajante

A pessoa infectada havia viajado para o leste da África e recebeu tratamento no norte da Califórnia ao retornar

17/11/2024 13h00

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 Autoridades de saúde informaram no sábado, 16, que confirmaram o primeiro caso nos Estados Unidos da nova cepa da mpox (antigamente chamada de varíola dos macacos).

De acordo com o Departamento de Saúde Pública da Califórnia, a pessoa infectada havia viajado para o leste da África e recebeu tratamento no norte da Califórnia ao retornar. Os sintomas estão melhorando, e o risco para o público é considerado baixo.

O paciente segue isolado em casa, e os profissionais de saúde estão entrando em contato com pessoas próximas como medida de precaução, informou o departamento de saúde do estado americano

No início deste ano, cientistas relataram o surgimento de uma nova cepa de mpox no leste do Congo, na África, transmitida por contato próximo, inclusive por meio de relações sexuais. Ela foi amplamente disseminada no leste e no centro da África.

Desde o final de setembro, mais de 3,1 mil casos confirmados foram relatados, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A grande maioria ocorreu em três países africanos: Burundi, Uganda e República Democrática do Congo.

Autoridades de saúde informaram no início deste mês que a situação no Congo parece estar se estabilizando. O CDC da África estimou que o Congo precisa de pelo menos 3 milhões de vacinas contra mpox para conter a disseminação e de outras 7 milhões para o restante da África. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual, além de contato próximo entre crianças, gestantes e outros grupos vulneráveis.

Desde então, casos da nova forma de mpox foram registrados em viajantes na Alemanha, Índia, Quênia, Suécia, Tailândia, Zimbábue e Reino Unido. Por ora, nos casos identificados em viajantes fora do continente, a disseminação foi muito limitada, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Emergência global

Em agosto deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a considerar a mpox uma emergência de saúde global.

Ela já tinha o declarado o mpox como uma emergência global de saúde em 2022, após o vírus se espalhar para mais de 70 países que não haviam relatado casos anteriormente, afetando principalmente homens gays e bissexuais. A queda de casos fez com que a entidade declarasse fim do estado emergencial da mpox em 2023.

Antes desse surto, a doença havia sido vista principalmente em surtos esporádicos na África Central e Ocidental, quando as pessoas entravam em contato próximo com animais selvagens infectados.

O atual surto é diferente do surto global de mpox de 2022, no qual homens gays e bissexuais representaram a vasta maioria dos casos. Quando a nova emergência foi declarada, por exemplo, o CDC africano informou que quase 70% dos casos do Congo eram de crianças com menos de 15 anos, que também representavam 85% das mortes.

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Grupo pede ao G20 gestão sustentável dos oceanos

Além de citar o desenvolvimento da chamada "economia azul" grupo pede incremento das finanças oceânicas e melhor segurança marítima

16/11/2024 22h00

O20 teve a participação de representantes dos países do G20, entidades da sociedade civil, pesquisadores, corporações globais e outros grupos

O20 teve a participação de representantes dos países do G20, entidades da sociedade civil, pesquisadores, corporações globais e outros grupos Agência Brasil/Fernando Frazão

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Cúpula do Oceans 20 (O20) divulgou neste sábado (16), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, um documento com sete recomendações aos líderes do G20, com o texto final resumindo os principais pontos discutidos ao longo do ano, com foco na gestão sustentável dos oceanos e no desenvolvimento da chamada economia azul.

As sete recomendações são:

  1. Garantir um oceano limpo, saudável e produtivo;
  2. Expandir sistemas alimentares aquáticos sustentáveis;
  3. Aumentar a energia eólica offshore;
  4. Melhorar a governança marítima para um transporte marítimo sustentável;
  5. Incentivar as finanças oceânicas;
  6. Melhorar a segurança marítima e
  7. Fortalecer a coordenação global sobre os oceanos.

"As transformações todas que estamos mirando neste G20 passam necessariamente pelo combate às desigualdades. E, nessa abordagem, precisamos considerar como as comunidades que vivem do oceano tiram seus meios de renda. E lutar para que tenham uma vida mais feliz, saudável e com mais qualidade", disse Cristina Reis, representante do Ministério da Fazenda.

O O20 teve a participação de representantes dos países do G20, entidades da sociedade civil, pesquisadores, corporações globais e outros grupos interessados no futuro dos oceanos.

O grupo foi criado pela presidência brasileira do G20 como um desdobramento dos esforços liderados pelos ciclos anteriores na Indonésia e na Índia.

O evento no Brasil foi coordenado pela Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano da Universidade de São Paulo, em colaboração com o Fórum Econômico Mundial, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil e Ocean Stewardship Coalition –, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas.

 

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