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Lula condecora Mujica, que considera "a pessoa mais extraordinária"

Encontro de Lula com Mujica aconteceu logo depois de o presidente Lula passar por Mato Grosso do Sul, onde inaugurou fábrica de celulose da Suzano

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou, nesta quinta (5), o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Lula está no país vizinho para participar da 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, prevista para acontecer na sexta-feira (6).

O brasileiro visitou Mujica na casa do líder, que chamou de “companheiro”. “De todos os presidentes que eu conheci, é a pessoa mais extraordinária”, afirmou Lula. Mujica comandou o Uruguai entre 2010 e 2015.  

“Essa medalha que eu estou entregando ao Pepe Mujica não é pelo fato de ele ter sido presidente do Uruguai. É pelo fato de ele ser quem é”, disse Lula, emocionado. O uruguaio agradeceu pelo reconhecimento e disse que não era homem de prêmio ou medalha. “Sou um homem do povo. Fiz o que eu pude por meu povo. Nada mais. Lula é um amigo de muitos anos”, disse o uruguaio, de 89 anos de idade. 

Lula disse que Mujica foi um companheiro escolhido por ele. Mujica também emocionou-se com as palavras do brasileiro. “Somos um continente rico, mas com um povo pobre”. O encontro teve a presença do presidente eleito do Uruguai Yamandú Orsi.

Cúpula
O presidente Lula chegou hoje ao Uruguai para participar da 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. A Bolívia participa pela primeira vez como membro pleno do bloco. Agora, o bloco abrange 73% do território da América do Sul e representa cerca de 65% da população da região. 

Durante o encontro, o Panamá será integrado como Estado Associado e vai se tornar o primeiro país da América Central a ingressar no grupo. O país assinará três acordos: o Acordo de Complementação Econômica 76 (ACE-76), o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático e a Declaração Presidencial sobre Compromisso Democrático.

DEMOCRACIA

Presidente da Coreia do Sul sofre impeachment após tentativa de autogolpe

Dos 300 deputados, 204 votaram pela queda do presidente coreano. Eram necessários pelo menos 200 votos para cassar seu mandato

14/12/2024 07h51

O impeachment de Yoon Suk Yeol foi aprovado por 204 votos a favor e 85 contra. Até integrantes de seu partido votaram contra

O impeachment de Yoon Suk Yeol foi aprovado por 204 votos a favor e 85 contra. Até integrantes de seu partido votaram contra

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Depois de uma tentativa fracassada no último dia 7, o Parlamento da Coreia do Sul obteve apoio necessário e votou neste sábado (14) pela destituição do presidente Yoon Suk Yeol, 11 dias depois da tentativa de autogolpe promovida por ele com a decretação de lei marcial. 

O impeachment foi aprovado por 204 votos a favor e 85 contra -- era necessário o aval de dois terços da Assembleia Nacional, ou 200 dos 300 assentos. Três congressistas se abstiveram e outros oito votaram nulo.

Logo após o anúncio, Yoon veio a público afirmar que "não vai desistir" após a votação. "Estou frustrado que todos os esforços até agora serão em vão", disse ele em declarações feitas à TV coreana.

No último dia 7, a votação de impeachment tinha falhado depois de um boicote do PPP. Neste sábado, como já havia indicado o presidente da sigla à imprensa, o partido não inviabilizou o movimento da oposição.

Com o impeachment, o primeiro-ministro Han Duck-soo assume as funções presidenciais, conforme determina a Constituição sul-coreana. Caso a Corte Constitucional chancele a decisão do Legislativo, o que é provável, novas eleições para o cargo de chefe do Executivo precisam ser realizadas em até 60 dias.

Investigado pela polícia por insurreição e alvo de protestos por sua renúncia, a permanência de Yoon no cargo se tornou praticamente insustentável na quarta-feira (11), quando fez um discurso televisionado no qual subiu o tom contra a oposição.

Na ocasião, disse que a declaração de lei marcial classificada como autogolpe pela oposição foi necessária e questionou a lisura das eleições legislativas de abril deste ano, nas quais perdeu a maioria na Assembleia Nacional. Yoon reafirmou também que não renunciaria. A posição do presidente causou surpresa e indignação até entre aliados, pois no sábado anterior (7), horas antes da primeira votação de impeachment, ele pediu desculpas à nação e afirmou que havia sido movido pelo desespero ao recorrer à lei marcial, que restringe direitos políticos.

No segundo pronunciamento, em uma tentativa de justificar a declaração da lei, o presidente afirmou que "grupos criminosos" que paralisam o trabalho do Estado e desafiam o Estado de Direito devem ser combatidos e impedidos de chegar ao poder "a qualquer preço".

A investigação contra ele levou a polícia sul-coreana a tentar fazer uma operação de busca no gabinete presidencial na quarta (11), mas os agentes foram impedidos pela equipe de segurança de Yoon. Além disso, o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun está preso desde o dia 8 --na última terça (10), ele tentou cometer suicídio na prisão.

Nos dias que se seguiram ao autogolpe frustrado, o líder da bancada governista no Legislativo, o deputado Choo Kyung-ho, havia dito que se esforçaria para tentar barrar um impeachment, mas que isso não significava concordância com a "lei marcial inconstitucional". Choo também teria pedido que Yoon deixasse o partido.

A declaração de lei marcial, na noite de 3 de dezembro, foi a primeira desde o fim da ditadura no país, em 1987. O texto suspendia atividades políticas e liberdades civis e levou militares às ruas de Seul, que chegaram a invadir o Parlamento, mas recuaram.

A medida foi rejeitada no Parlamento por unanimidade na madrugada de quarta (4), tarde de terça no Brasil, em uma votação sem participação de parlamentares governistas, que ademais também se manifestaram contra o expediente.

Ex-promotor de Justiça que se tornou estrela no país, Yoon Suk Yeol foi eleito em 2022 com uma plataforma conservadora no pleito mais apertado da história coreana. A vantagem em relação ao segundo colocado foi de apenas 0,73 ponto percentual.
 

Yoon liderava a equipe de investigação dos crimes que levaram ao afastamento da primeira mulher presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, presa e condenada em 2018 a 24 anos de prisão por uma série de violações envolvendo corrupção e abuso de poder. Libertada após um indulto presidencial em 31 de dezembro de 2021, tornou-se aliada de seu antigo algoz.
 

(Informações da Folhapress)

paz

Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor no Líbano

A trégua foi iniciada às 4 horas da quarta (às 23 horas de terça-feira em Brasília), e deve encerrar um conflito que forçou o deslocamento de milhares de pessoas

27/11/2024 07h24

 O conflito teve início após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, em território israelense

O conflito teve início após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, em território israelense

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O cessar-fogo na guerra entre Israel e a milícia radical xiita Hezbollah entrou em vigor nesta quarta-feira, 27, no Líbano, após mais de um ano de confrontos. A trégua foi iniciada às 4 horas da quarta (às 23 horas de terça-feira em Brasília), e deve encerrar um conflito que forçou o deslocamento de milhares de pessoas.

Grandes áreas do Líbano foram devastadas pelos bombardeios israelenses, cujas forças realizaram incursões no território libanês para enfrentar os combatentes do Hezbollah. O conflito teve início após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, em território israelense. Em apoio, o Hezbollah lançou mísseis contra o Norte de Israel e forçou o deslocamento de milhares de israelenses.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que a trégua permitirá às forças israelenses se concentrarem nas tensões com o Irã e na guerra contra o Hamas em Gaza.

Netanyahu conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e agradeceu o envolvimento para que um acordo fosse alcançado, informou o gabinete do primeiro-ministro israelense.

Para o primeiro-ministro libanês, Nayib Mikati, a trégua representa um "passo fundamental" para a estabilidade regional.

Além da guerra no Líbano, Israel combate o Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, após o ataque do grupo terrorista no sul de seu território. Tanto o Hamas quanto o Hezbollah são apoiados pelo Irã.

O Irã celebrou o fim do que classificou como "agressão israelense" no Líbano. "O Irã saúda a notícia do fim da agressão do regime sionista contra o Líbano e apoia firmemente o governo, a nação e a resistência libanesa", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmail Baqai, em comunicado.

A duração do cessar-fogo, dependerá do que acontecer no Líbano, e Israel manterá, em acordo com os Estados Unidos, uma liberdade de ação no país.

Moradores retornam para o sul do país

Horas antes do cessar-fogo entrar em vigor, Israel lançou ataques aéreos no centro da capital libanesa, Beirute, e uma saraivada de foguetes do Hezbollah disparou sirenes de ataque aéreo em uma grande faixa do norte de Israel.

Apesar disso, depois que o acordo entrou em vigor, os ataques mútuos cessaram, e grupos de libaneses voltaram para casa na região sul.

O porta-voz militar árabe de Israel, Avichay Adraee, alertou os libaneses deslocados para não retornarem às suas aldeias no sul do Líbano.

Militares libaneses pediram aos deslocados que retornam ao sul do Líbano para evitarem aldeias e cidades da linha de frente perto da fronteira onde as tropas israelenses ainda estavam presentes.

Mesmo assim, alguns libaneses desafiaram esses apelos e retornaram para vilas no sul, perto da cidade costeira de Tiro.

Tropas israelenses ainda estavam presentes em partes do sul do Líbano depois que Israel lançou uma invasão terrestre em outubro (AGÊNCIA ESTADO COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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