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POLÊMICA À VISTA

Maduro anuncia entrega de 180 mil hectares de terras na Venezuela ao MST

Em anúncio na TV estatal, Maduro afirmou que será um "projeto cooperativo, humano dirigido por movimentos camponeses alternativos do mundo inteiro"

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O venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira, 13, a entrega de cerca de 180 mil hectares de terras agrícolas expropriadas naquele país ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil. A chamada "Pátria Grande do Sul" tem como objetivo, segundo Maduro, incentivar a produção agroecológica.

Em anúncio na TV estatal venezuelana, Maduro afirmou que este será um "projeto cooperativo, humano dirigido por movimentos camponeses alternativos do mundo inteiro" em parceria com indígenas e militares. "São terras muito boas para produção, é um dos resgates mais importantes que houve em seu momento e já avançamos tremendamente para ativar todos os planos produtivos", afirmou o venezuelano.

As terras foram expropriadas durante o governo de Hugo Chávez, seu antecessor, na década de 2000. Segundo o venezuelano, elas serão utilizadas para cultivar alimentos destinados ao consumo na Venezuela, no norte do Brasil e para exportação

Entre as produções previstas estão banana, mandioca, frutas, cana-de-açúcar, abóbora, carnes de frango, porco e bovina, leite e derivados, feijão, hortaliças e milho. O projeto contempla ainda a criação de um banco de sementes tradicionais, um viveiro para reflorestamento do sul venezuelano e uma escola de formação

O anúncio contou com a participação de integrante do MST, e da representante Roxana Fernández, que classificou a iniciativa como um "ato de reafirmação do compromisso do MST com o povo venezuelano".

"O MST reafirma o princípio da solidariedade e o internacionalismo quando fazemos esses atos nesse território, concretizando e mostrando o resultado da luta para tornar a terra um território nosso e construir um projeto diferente de sociedade: o socialismo", afirmou.

O MST promoveu mais de 70 ações de protestos e invasões entre os dias 11 e 14 de março, em todas as regiões do Brasil. As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio.

O governo Lula remanejou cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para aliados e programas petistas, incluindo o MST, contemplado em duas frentes, que somam R$ 750 milhões.

Antes do anúncio de Maduro, o governo Lula também prometeu apoiar o regime do ditador na área agropecuária.

No último dia 12, foi publicado no Diário Oficial da União um acordo entre Brasil e Venezuela para apoiar produção de alimentos com suporte da Embrapa, Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Agrário. O texto diz que a cooperação não prevê ajuda financeira de um país para outros.

Esse acordo entre a gestão petista e o governo Maduro é fruto de uma reaproximação após a posse para o terceiro mandato do venezuelano.

Como revelou o Estadão, o governo Lula retomou, com discrição, alguns contatos com o regime, enquanto observa com atenção as medidas adotadas pela Casa Branca de Donald Trump em relação à Venezuela.

Questionamento no Brasil

Em 2014, um outro acordo entre o governo da Venezuela e o MST foi alvo de questionamento por integrantes da oposição.

O então deputado Ronaldo Caiado, hoje governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, apresentou requerimento na Câmara para convocar os ministros do governo Dilma Rousseff para dar esclarecimentos sobre o caso.

Na época, Caiado disse ao Estadão que o acordo era uma ameaça aos interesses internos do Brasil. "Pelo que vi, tem mais a ver com formação de milícias. Estão chamando um professor para dar aula de revolução em nosso País", afirmou.
 

(Informações da Agência Estado)

Mundo

Trump rebate críticas sobre leniência com a Rússia em relação à guerra

Na avaliação de Trump, apesar de sua boa relação com o líder russo, Vladmir Putin, há ações sendo feitas para pressionar o país

09/03/2025 21h00

Reprodução Redes Sociais

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rebateu críticas de que sua administração está sendo leniente com a Rússia em relação ao confronto com a Ucrânia. Na avaliação de Trump, apesar de sua boa relação com o líder russo, Vladmir Putin, há ações sendo feitas para pressionar o país.

Como exemplo de sua posição contra a Rússia, o presidente Trump citou as sanções aprovadas em seu primeiro mandato contra o projeto de gás Nordstream 2, uma rede de dutos para fornecer energia à Europa, sob o controle da empresa russa Gazprom.

As sanções foram aprovadas no fim de 2019 e, na época, Trump alegou que o projeto aumentaria a influência russa sobre a Europa.

"Acredito que temos sido muito duros com a Rússia. Fui eu que aprovei as sanções contra o projeto Nordstream 2, assim como outras sanções", afirmou o presidente dos EUA, em entrevista à Fox News transmitida neste domingo, 9. "Eu tenho uma boa relação com Putin, mas o Putin mesmo diria que somos muito duros."

Trump voltou a criticar a posição do líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o conflito e reclamou do apoio financeiro concedido pelos Estados Unidos à Ucrânia, em relação à Europa. "Biden não deveria ter injetado US$ 350 bilhões [no conflito], deveria ter colocado o mesmo que a Europa, US$ 100 bilhões. A Europa está muito mais próxima", afirmou.

Ainda sobre temas internacionais, o presidente disse que busca avançar num acordo com o Irã e afirmou ter enviado uma carta à liderança do País na busca por negociações sobre o programa nuclear. "Só há duas formas de lidar com o Irã: ou de maneira militar ou por meio de um acordo. Eu prefiro negociar do que agir militarmente", afirmou.

Segundo Trump, a questão das armas nucleares são a maior ameaça existencial atualmente.

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VIGÍLIA

Francisco passa noite tranquila e está descansando, diz Vaticano

De acordo com o Vaticano, a situação do Papa continua "estável em um quadro complexo". Ele está internado desde o dia 14 de fevereiro

08/03/2025 07h10

Na quinta-feira (6), o Papa Francisco gravou um áudio agradecendo as orações e a vigília que fiéis estão fazendo pelo mundo

Na quinta-feira (6), o Papa Francisco gravou um áudio agradecendo as orações e a vigília que fiéis estão fazendo pelo mundo

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O Papa Francisco passou uma noite tranquila no Hospital Gemelli, em Roma, de acordo com boletim divulgado pelo Vaticano neste sábado, 8. O líder religioso está descansando, segundo o boletim.

A Santa Sé informou que o tratamento de Francisco na sexta-feira, 7, alternou entre a ventilação mecânica durante a noite e a oxigenação de alto fluxo durante o dia, com o uso de cânulas nasais (um tubo colocado em frente ao nariz do paciente)

De acordo com o Vaticano, a situação do Papa continua "estável em um quadro complexo". O líder religioso está internado desde o dia 14 de fevereiro para tratar de uma pneumonia bilateral.

Na quinta-feira, 6, o papa Francisco agradeceu "de todo coração" as orações pela sua saúde que têm ocorrido todas as noites desde 24 de fevereiro na Praça de São Pedro, no Vaticano, em uma mensagem de áudio com voz cansada e entrecortada.

"Agradeço de todo coração as orações que fazem pela minha saúde desde a praça, os acompanho daqui. Que Deus os abençoe e que a Virgem os cuide. Obrigado", disse a curta mensagem.

Internado há mais de 20 dias, na segunda-feira, 3, o pontífice apresentou dois novos quadros de insuficiência respiratória aguda quando a equipe médica retirou "grandes quantidades" de muco acumulado de seus pulmões, o que causou um novo episódio de broncoespasmo.

Em seu período no hospital, Francisco teve insuficiência renal leve, precisou de transfusão de sangue e enfrentou vários episódios de insuficiência respiratória.

(Informações da Agência Estado)

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