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Michelle e Eduardo Bolsonaro ficam de fora do Capitólio, mas vão a baile oficial

Os dois integram grupo de pelo menos 20 políticos brasileiros que foram aos EUA para acompanhar a posse de Trump na presidência

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A comitiva de cerca de 20 políticos brasileiros de direita que está em Washington para acompanhar a posse de Donald Trump, que ocorreu nesta segunda-feira (20), precisou se dividir para assistir ao evento.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ficaram de fora da cerimônia de inauguração na Rotunda do Capitólio, que só tinha lugar para 600 pessoas, mas estavam confirmados no baile Starlight, um dos três bailes restritos dos quais Donald Trump participaria na noite desta segunda. No domingo (19), eles estiveram em um jantar à luz de velas onde Trump discursou ao lado de autoridades do governo.

A ex-primeira-dama e o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram de fato convidados para a posse e participariam da cerimônia no Congresso caso os planos não tivessem sido alterados pelo republicano.

Inicialmente, a maior parte da posse de Trump ocorreria ao ar livre, em uma das entradas do Capitólio. O republicano faria o juramento sobre a Bíblia e depois o discurso à nação. A previsão de temperaturas extremas nesta segunda, porém, fez com que ele mudasse os planos e levasse toda a parte aberta da cerimônia para locais fechados.

Com isso, um pedaço do público acabou ficando de fora. Dentro da rotunda, estavam o presidente da Argentina, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. O presidente do Paraguai, Sebastian Peña, não foi e afirmou que diante da mudança de local reservado aos chefes de Estado, preferiu seguir a agenda de trabalho.

Uma pessoa próxima de Eduardo disse que eles acompanhariam a posse na sede da Heritage Foundation, uma think thank conservadora. Aliados do parlamentar dizem que ele tentaria organizar uma ligação de Bolsonaro para Trump esta semana, assim como um encontro de Michelle com Melania Trump, a primeira-dama dos Estados Unidos. Nenhum dos dois eventos, porém, estava confirmado até a publicação deste texto.

A única autoridade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que acompanhou a posse de Trump no Capitólio foi a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti. Ela também estava confirmada no Liberty Ball, um dos três eventos oficiais da noite.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) foi a um restaurante na Virgínia assistir à posse com integrantes do Yes Brasil, um grupo político de apoio a Bolsonaro formado por brasileiros que moram nos EUA.

"Esse é um momento de reorganização da direita. A esquerda durante muitos anos, décadas, formou uma rede internacional. Agora, a direita está fazendo exatamente isso. A direita no mundo inteiro está se unindo", disse.

Já o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA) assistiu à posse de um telão que foi instalado no hall do hotel onde ele está hospedado.

No domingo, os deputados participaram de uma reunião com Jim Pfaf, presidente do chamado Conservative Caucus, um bloco conservador dos EUA. Bolsonaro foi incluído no encontro por uma chamada de vídeo em que ouviu uma oração em sua homenagem e a leitura de uma carta.

"Nós oramos por duas nações grandes, os EUA e o Brasil. Por uma nova liderança nos EUA que vai influenciar o mundo todo e a renovação no Brasil com uma grande liderança também", afirmou Pfaf. Ele também leu uma carta na qual diz admirar Bolsonaro. "Presidente. Falo por todos os americanos amantes da liberdade quando digo que estamos com você em sua luta pela liberdade", disse.

Em vídeo, Bolsonaro agradeceu pelos votos e pela atenção aos deputados brasileiros. "Obrigada por ouvir nossos deputados. Queremos democracia e liberdade. O Brasil está num momento complicado", afirmou o ex-presidente.

A reunião teve participação de parlamentares como Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Marcel Van Hatten (Novo-RS). Coube a Van Hatten fazer a tradução do inglês para o português e vice-versa. Bolsonaro foi convidado para a posse de Trump, mas não pode comparecer porque não foi autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Um dos aliados de Bolsonaro na capital americana, Gilson Machado, ex-presidente da Embratur, disse estar otimista com o governo. "O Trump no discurso dele disse que os americanos vão ficar grudados na televisão um mês. Vamos esperar. O clima é outro. Mostra um governo forte e vai recuperar a confiança dos EUA", afirmou.

Mais cedo, os parlamentares foram a um café da manhã organizado pelo líder da ultradireita e ex-estrategista de Trump Steve Bannon, com outros nomes da direita.

(Informações da Folhapress)

Mundo

Papa Francisco tem dificuldades respiratórias e pede para assistente ler discurso

Francisco perdeu parte do pulmão quando era jovem devido a uma infecção respiratória, o que torna o quadro mais complexo

09/02/2025 23h00

Papa Francisco

Papa Francisco

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Aos 88 anos, o Papa Francisco se queixou neste domingo, 9, de dificuldades respiratórias e pediu que um assistente lesse seu discurso durante a Santa Missa do Jubileu das Forças Armadas, polícia e agentes de segurança.

O Papa tem passado por alguns problemas de saúde nos últimos meses, incluindo longos períodos de bronquite, o que faz com que o pontífice tenha dificuldades com falas mais longas.

"Agora peço desculpas, e peço ao mestre de cerimônias que continue lendo, por causa de dificuldades respiratórias", afirmou o Papa, colocando a mão no peito e sinalizando a dificuldade para respirar.

Francisco perdeu parte do pulmão quando era jovem devido a uma infecção respiratória, o que torna o quadro mais complexo.

Em janeiro, o Papa sofreu uma queda em sua casa e machucou o braço direito. Na ocasião, o religioso teve que imobilizar o braço por precaução.

Antes disso, o Papa já havia aparecido com um hematoma após bater o queixo em sua mesinha de cabeceira. Ele também tem utilizado cadeira de rodas para se movimentar.

No discurso deste domingo, o Papa pediu que os membros das Forças Armadas e de segurança "sejam vigilantes contra a tentação de cultivar um espírito de guerra; para não serem contaminados pelo veneno da propaganda do ódio, que divide o mundo entre amigos a defender e inimigos a combater."

Aquecimento global

Acordo de Paris: Brasil é um dos únicos dez países que atualizaram metas

País se comprometeu a limitar as emissões anuais de carbono em até 1 bi de toneladas

08/02/2025 10h30

Nova meta brasileira estabelece uma faixa de redução das emissões entre 59% e 67% até 2035

Nova meta brasileira estabelece uma faixa de redução das emissões entre 59% e 67% até 2035 Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O prazo para os países signatários do Acordo de Paris apresentarem suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) está prestes a expirar, com o último dia sendo segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025.

Até o momento, apenas dez nações, incluindo o Brasil, atualizaram suas metas climáticas, demonstrando um progresso lento na luta global contra as mudanças climáticas.

A nove meses da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, o cenário internacional revela uma preocupante falta de urgência.

Dos 197 países que fazem parte do Acordo de Paris, somente uma pequena fração cumpriu o compromisso de atualizar suas ambições para redução de gases do efeito estufa.

Brasil

O Brasil, respondendo por 2,45% das emissões globais, foi o segundo país a atualizar sua NDC, logo após os Emirados Árabes Unidos.

A nova meta brasileira estabelece uma faixa de redução das emissões entre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005. Isso significa que o país se compromete a limitar suas emissões anuais entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e).

Outros países

Os Estados Unidos, o segundo maior emissor global, apresentaram uma ambição de redução na faixa de 61% a 66% para 2035, também em comparação com 2005.

Outro país que atualizou suas metas foi o Reino Unido, com um compromisso impressionante de mitigar 81% das emissões até 2035, em relação aos níveis de 1990.

 A Suíça propôs uma redução de 65% até 2035, também comparado a 1990.

O Equador, por sua vez, propôs uma redução de 7% em suas emissões até 2035, com base nos níveis de 2010.

Os Emirados Árabes Unidos, por sua vez, estabeleceram uma meta de redução de 47% até 2035, em comparação com 2019. 

A Nova Zelândia estabeleceu uma meta de redução entre 51% e 55% até 2035, em relação a 2005. 

Andorra, apesar de suas baixas emissões, comprometeu-se a reduzir 63% até 2035. 

Santa Lúcia ampliou sua ambição de 14,7% para 22% nos setores energético e de transporte até 2035, com base em 2010. 

Por fim, o Uruguai estabeleceu limites específicos para emissões de CO2, CH4 e N2O até 2035, além de se comprometer a limitar em 30% o consumo de hidrofluorcarbonetos em comparação com 2022.

Acordo de Paris

Com o Acordo de Paris completando dez anos em 2025, torna-se cada vez mais evidente que as nações têm falhado em atingir a ambição de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) indica que será necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 57% até 2035 para estabilizar os termômetros nesse nível.

Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, acredita que, apesar dos esforços, existe a necessidade de ações mais ambiciosas. Ele afirmou que os países devem se concentrar em criar planos capazes de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 60% até 2035, com metas claras para diminuir a produção e o consumo de combustíveis fósseis.

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