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AMÉRICA LATINA

Quatro policiais são feridos por flechas em protestos contra os EUA na Colômbia

O ato foi convocado por movimentos que integram o Congresso dos Povos, uma coalizão de organizações sociais, indígenas e camponesas

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Quatro policiais ficaram feridos nesta sexta-feira, 17, após serem atingidos por flechas e explosivos artesanais durante protestos em frente à embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, capital da Colômbia, informou o governo local. As manifestações foram organizadas por grupos sociais e indígenas contrários às políticas do presidente americano Donald Trump.

Segundo imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa da Colômbia, o confronto deixou um policial ferido no braço por uma flecha, em meio a um cenário de gás lacrimogêneo, sirenes e confusão.

"Alguns criminosos, encapuzados, atacaram a embaixada com artefatos incendiários, explosivos e flechas. Quatro policiais ficaram feridos no rosto, nas pernas e nos braços", afirmou o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, em publicação no X (antigo Twitter).

O ato foi convocado por movimentos que integram o Congresso dos Povos, uma coalizão de organizações sociais, indígenas e camponesas.

"Estamos nos manifestando pela soberania nacional, pelo fim da ingerência dos Estados Unidos e contra sua participação no genocídio palestino, na ingerência na América Latina e nas ameaças ao modelo bolivariano venezuelano", disse à AFP o porta-voz do grupo, Jimmy Moreno.

A Secretaria de Segurança, Convívio e Justiça de Bogotá condenou os ataques e prestou apoio à população que ficou presa no meio das manifestações. "Denunciamos as agressões de vândalos encapuzados com artefatos incendiários e flechas contra nossos policiais nas proximidades da embaixada dos Estados Unidos", afirmou o órgão no X.

Os protestos começaram na segunda-feira, 13, em diferentes pontos da capital, e culminaram nesta sexta-feira com os confrontos em frente à sede diplomática americana.

O presidente Gustavo Petro pediu cautela e determinou reforço na proteção à embaixada. "Ordenei o máximo cuidado com a embaixada dos Estados Unidos em Bogotá. Um grupo mais radical atacou a polícia que protegia o local, e vários jovens ficaram feridos por flechas", afirmou Petro no X.

Primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, Petro tem reiterado críticas à presença militar dos EUA no Caribe, próximo ao litoral da Venezuela, e afirmou que cidadãos colombianos e pescadores morreram em ataques americanos contra supostas embarcações de narcotraficantes.

O líder colombiano também é um crítico ferrenho do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, a quem chama de "genocida" pela ofensiva em Gaza. Em comunicado, o Congresso dos Povos expressou apoio à posição de Petro, mas pediu que o governo avance na construção de uma "frente anti-imperialista" no país.

Os Estados Unidos anunciaram no último mês que vão revogar o visto do presidente da Colômbia após ele participar de manifestações pró-Palestina em Nova York.

narcotráfico ou petróleo?

Petros diz que corpos no mar podem ser de vítimas de bombardeio dos EUA

Dois corpos foram localizados no mar do lado colombiano e vários outros do lado da venezuela na semana passada

08/12/2025 07h10

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu neste domingo, 7, a abertura de uma investigação sobre o achado de dois corpos na beira do mar em um povoado na fronteira com a Venezuela e sugeriu que as mortes podem ter sido causadas por um bombardeio americano no Caribe.

Na quinta-feira, 4, a rede pública de televisão RTVC informou sobre a descoberta de dois corpos nesse povoado e de vários outros no lado venezuelano, sem precisar o número.

"Peço ao Instituto de Medicina Legal que estabeleça as identidades (...). Podem ser mortos por bombardeio no mar", escreveu Petro na rede social X. Um porta-voz da polícia confirmou à AFP que os corpos foram encontrados em uma praia de pescadores no departamento de La Guajira (norte).

Em outubro, Petro já havia acusado Washington de violar a soberania colombiana e de matar um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe.

Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças dos Estados Unidos que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia.

À época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na rede social Truth Social ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, é um líder do tráfico de entorpecentes, "que incentiva fortemente a produção maciça de drogas". O chefe da Casa Branca, porém, não apresentou provas sobre suas acusações.

Na ocasião, o presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.
 

deslizamento de terra

Naufrágio deixa mortos e desaparecidos na Amazônia peruana

Informações iniciais apontam que pelo menos 12 pessoas morreram e em torno de 60 seguiam desaparecidas

02/12/2025 07h29

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

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Ao menos 12 pessoas morreram e cerca de outras 60 estão desaparecidas após o naufrágio de duas embarcações de passageiros provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali, um dos principais rios da Amazônia peruana, nesta segunda-feira, dia 1º.

Imagens divulgadas pela mídia local mostravam mulheres de mãos dadas com crianças, correndo e chorando às margens do rio; pessoas tentando reanimar sobreviventes do naufrágio que estavam no chão, tossindo água; e, até mesmo sobreviventes saindo do rio por conta própria.

O incidente aconteceu durante a madrugada quando as duas embarcações estavam atracadas. Uma delas foi esmagada durante o deslizamento, enquanto a outra virou devido ao impacto da terra com o rio, que gerou uma "grande onda".

As equipes de resgate informaram que a lista de passageiros se perdeu, então não é possível determinar ao certo quantas pessoas estavam a bordo no momento da tragédia.

Corpos foram encontrados flutuando no rio, alguns a até 3 km do local do acidente, em meio a fortes correntes.

Este não foi o único acidente do tipo ocorrido em 2025. Em maio, uma colisão entre uma embarcação da Marinha peruana e um navio-tanque da petrolífera anglo-francesa Perenco, no rio Amazonas, deixou dois marinheiros mortos e um desaparecido.

Em setembro de 2024, outro acidente ocorreu no mesmo rio Ucayali, após uma embarcação colidir com um tronco submerso, resultando em seis mortos e mais de 80 pessoas resgatadas com vida. Na região do Ucayali, assim como em outras partes da Amazônia peruana, os rios são o meio de transporte mais utilizado devido à falta de estradas. Fonte: Associated Press.
 

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