Cidades

Tragédia

Aeroporto fechado dificulta fluxo de pessoas e impacta logística de doações no RS

Voos no Salgado Filho estão paralisados após inundação em Porto Alegre

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A paralisação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, gera uma série de impactos logísticos no Rio Grande do Sul. A lista de efeitos inclui dificuldades para circulação de pessoas e mercadorias, além de reflexos para o transporte de doações que chegam ao estado.

O terminal interrompeu pousos e decolagens na sexta-feira (3), em razão das tempestades que deixam um rastro de destruição em municípios gaúchos, incluindo a capital do estado.
A concessionária Fraport Brasil, responsável pelo aeroporto, indicou que ainda não há uma data prevista para a reabertura, mas companhias aéreas como Latam e Gol já anunciaram a suspensão de voos até 30 de maio no Salgado Filho. A área do terminal está inundada.
Um dos transtornos atinge as pessoas que desejam sair de Porto Alegre em meio à catástrofe climática. Sem o Salgado Filho, passageiros afetados pelo cancelamento dos voos têm de recorrer a alternativas como pegar a estrada até o aeroporto de Florianópolis, que segue em operação. A distância é de cerca de 460 quilômetros.

O deslocamento rodoviário entre Porto Alegre e a capital catarinense envolve as BRs 290, no trecho conhecido como freeway, e 101. A viagem passa pelo litoral gaúcho, para onde parte da população do estado está migrando com o objetivo de se distanciar das enchentes.
A concessionária Zurich Airport Brasil, responsável pelo aeroporto de Florianópolis, disse nesta terça (7) que companhias aéreas estão reforçando o efetivo para auxiliar no atendimento a passageiros e disponibilizando ônibus diariamente entre a cidade e Porto Alegre.

A interrupção do Salgado Filho também leva incerteza para quem deseja retornar ao Rio Grande do Sul. "Algumas dessas viagens, de chegada ou de saída, acabam sendo forçadas. O pessoal vai de carro para tentar sair ou chegar", diz Luiz Afonso Senna, professor da Escola de Engenharia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e doutor na área de transportes.

Ele lembra que aeroportos do interior gaúcho estão operando em meio ao desastre climático, mas em boa medida com foco no recebimento de doações e equipes que prestam auxílio ao estado.

A possibilidade de aumento das atividades nesses locais é mais uma consequência da paralisação do Salgado Filho, que não consegue receber os voos de ajuda neste momento.
O professor cita como exemplos os terminais de cidades como Caxias do Sul e Passo Fundo. "São aeroportos menores, e a capacidade de atendimento [a passageiros] é mais limitada. Não são aeroportos internacionais, como o Salgado Filho. Os aviões de pousos e decolagens são mais limitados", afirma.

Senna também destaca que Porto Alegre concentra uma espécie de hub (centro de negócios e outras instituições) voltado para a área de saúde. De acordo com o especialista, a circulação de profissionais desse setor também é prejudicada com a inundação no Salgado Filho.
"Tem um fluxo muito grande de médicos de alto conhecimento que chegam e saem de Porto Alegre via aeroporto. Isso tudo fica muito prejudicado", afirma.

Outro possível reflexo da paralisação diz respeito a atividades econômicas, segundo o especialista. O fluxo de parte das mercadorias que entram ou deixam o estado tende a ser afetado pela suspensão das atividades no terminal.

No primeiro trimestre, o Salgado Filho recebeu 1,6 milhão de passageiros, na soma de embarques e desembarques nacionais e internacionais, indicam dados de um painel da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Trata-se do nono maior fluxo entre os aeroportos do Brasil.


*Informações da Folhapress 

DIREITOS HUMANOS

Brasil e Colômbia vão lançar programa para comunidades quilombolas

Proposta será anunciada na COP16 em Cali

20/10/2024 20h00

Foto: JOÉDSON ALVES/AGÊNCIA BRASIL

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Os territórios de comunidades afrodescendentes do Brasil e da Colômbia devem contar com um programa bilateral de apoio à proteção fundiária, conservação da biodiversidade e implementação de sistemas agrícolas tradicionais.

A iniciativa bilateral será apresentada esta semana na cidade colombiana de Cali, sede da COP-16, a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que ocorre de 21 de outubro a 1º de novembro.

"Levamos à convenção da biodiversidade na COP16 uma proposta comum ao Brasil e à Colômbia, que tem como centro o reconhecimento dos povos afrodescendentes na implementação da convenção da diversidade biológica", anunciou Paula Balduíno, diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, durante sessão ordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), na semana passada.

Na ocasião, a OEA aprovou por aclamação uma resolução sobre reconhecimento, justiça e desenvolvimento sustentável para comunidades quilombolas no continente.

A COP da biodiversidade resulta de um tratado da Organização das Nações Unidas estabelecido durante a ECO-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad), realizada no Rio de Janeiro, e considerado um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.

Desde então, as metas vêm sendo atualizadas regularmente entre os países da ONU. Para 2023, foram definidas 23 metas para deter e reverter a perda de biodiversidade e colocar a natureza em um caminho de recuperação para o benefício da população global, conservando e usando de forma sustentável a biodiversidade e garantindo a distribuição justa e equitativa dos benefícios do uso de recursos genéticos.

Batizado de Quilombo das Américas, o programa dos governos de Brasil e Colômbia visa fortalecer também a identidade, a memória e a luta dessas comunidades.

O programa pretende criar um espaço de articulação e cooperação entre essas comunidades, promovendo o reconhecimento de seus direitos, a preservação de suas culturas e a justiça social e racial, segundo o Ministério da Igualdade Racial.

O lançamento da iniciativa, prevista para ocorrer nesta segunda-feira (21), em Cali, deve reunir a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a vice-presidente colombiana Francia Marquez.

CAMPO GRANDE

Motorista de BMW derruba poste na Afonso Pena e foge

Acidente aconteceu próximo ao Parque das Nações Indígenas; Condutor abandonou o carro no local e fugiu

20/10/2024 17h00

Veículo derrubou poste e estrutura permanece sobre o canteiro na Afonso Pena

Veículo derrubou poste e estrutura permanece sobre o canteiro na Afonso Pena Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O motorista de uma BMW bateu e derrubou um poste nos altos da Avenida Afonso Pena, próximo ao Parque das Nações Indígenas, na madrugada deste domingo, em Campo Grande.

Imagens divulgadas pelo Instagram do perfil Campo Grande Mil Grau mostram o veículo totalmente destruído e o poste já caído sobre parte da via. 

Informações apuradas pelo Correio do Estado apontam que o motorista perdeu o controle da direção próximo a um radar de velocidade, mas não há detalhes sobre o as circunstâncias o acidente.

Logo após o acidente, ele deixou a BMW no local e fugiu. Até a publicação desta reportagem, o condutor não havia sido localizado, mas a identificação já foi feita por meio da placa do veículo.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e compareceu ao local, mas não houve feridos.

Equipes do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar também atenderam a ocorrência. O veículo, que ficou bastante danificado, foi guinchado.

Durante o dia, trecho da avenida chegou a ser parcialmente interditada para retirada de parte do poste que estava sobre a via, devido ao risco de ocasionar novos acidentes.

No entanto, a estrutura que caiu sobre o canteiro permanece no local, assim como destroços do veículo.

O caso será apurado pelas autoridades competentes.

 

Acidentes com postes

No ano passado, 103 veículos colidiram com postes de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, segundo balanço divulgado em janeiro pela concessionária Energisa.

A maioria dos casos aconteceu em Campo Grande, com 29 acidentes do tipo.

O número foi menor do que no ano anterior, em 2022, quando houve 178 colisões de veículos com postes no Estado.

Conforme regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o custo pelos danos causados e substituição das estruturas avariadas (postes, transformadores, rede, etc.) é cobrado do condutor do veículo causador do sinistro.

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