Conforme publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul hoje (11), o show do cantor-compositor e ator pantaneiro, Almir Sater, foi contratado como atração no próximo dia 20 de setembro, para a celebração de 250 anos do Forte Coimbra que fica em uma ilha no município de Corumbá.
Por conta disso, o local, que trata-se de uma fortificação histórica, é acessado apenas por embarcação que navega pelo Rio Paraguai, a partir da base de Morrinhos, que fica próxima da BR-262.
Em 2025, essa que é considerada a guarnição mais antiga do Exército em Mato Grosso do Sul completa 250 anos, sendo construído em 13 de setembro de 1775, como obra do coronel engenheiro Ricardo Franco de Almeida, que está imortalizado no hino sul-mato-grossense.
Para comemorar esses dois séculos e meios de edificação, no próximo dia 20 de setembro, a partir das 11 horas, Almir Sater foi contratado para um show de 90 minutos de duração, pelo valor de R$250 mil.
Forte Coimbra: 250 anos
Símbolo sul-mato-grossense, o Forte Coimbra foi palco de batalhas históricas, como a invasão pelas tropas inimigas que aconteceu como primeiro ato da chamada Guerra da Tríplice Aliança.
Em março deste ano, o Governo do Estado anunciou que o local de resistência e defesa do território nacional será revitalizado, ocasião em que a museóloga e primeira tenente Kauanna Lourdes, da Assessoria Cultural do CMO, relembrou o passado do Forte Coimbra.
“Quando o engenheiro militar Ricardo Franco vem para uma missão naquela região, ele observa um Forte de madeira na beira do rio. E ele relata isso para seu superior e sugere uma construção em pedra.
Então, ele volta para o Rio de Janeiro, e é designado como comandante de Coimbra, e projeta toda aquela estrutura. Ele se utilizou, principalmente, da pedra daquela morraria e do cal trazido de Corumbá. O Forte combateu sem estar pronto, apenas com as muralhas, sob o comando de Ricardo Franco. A parte interna ainda não estava finalizada", expõe.
Ela conta que o primeiro ataque registrado aconteceu em 1801, sob o comando do governador do Paraguai, Lázaro de Ribera, quando uma expedição de quatro escunas e duas canoas e aproximadamente 600 homens marcharam rumo à edificação.
Nessa época foi cunhado também o laço entre Forte Coimbra e Nossa Senhora do Carmo, como bem esclarece o Exército Brasileiro em material de celebração à data, mostrando que a época de guerra serviu também para unir o povo à fé.
Foi durante os confrontos com as tropas espanholas e paraguaias, entre 1801 e 1864, que alguns relatos populares e registros históricos indicam algumas "intercessões milagrosas da padroeira", apontada como responsável por poupar os defensores do Forte de tragédias ainda maiores.
"O segundo ataque já é em 1864, e nesse momento, o Forte fica sob domínio paraguaio durante quatro anos. No pós-guerra, em 1868, ele é reconstruído pelos brasileiros nos moldes que vemos hoje", completa a tenente Kauanna.
Importante lembrar que, atualmente, o Forte Coimbra está aberto para visitações, que podem ser agendadas através do email [email protected].


