Política

Troca partidária

Azambuja assina ficha de filiação no PL no dia 12 de setembro, na Nipo-Brasileira

Após quase 30 anos filiado no PSDB, o ex-governador vai iniciar a sua nova trajetória política no partido de Jair Bolsonaro

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Acabou a espera sobre a data em que Reinaldo Azambuja vai assinar a ficha de filiação no PL, depois de quase 30 anos no ninho tucano. O Correio do Estado apurou com fontes ligadas ao partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro que a festa para recepcionar o ex-governador será no dia 12 de setembro, às 16h, no clube de campo da Associação Nipo-Brasileira, localizado na Avenida Ministro João Arinos, nº 140, no Bairro Jardim Veraneio, em Campo Grande.

Diferentemente do governador Eduardo Riedel (PP), que já tinha assinado a ficha no Progressistas na semana anterior ao anúncio da troca de legenda, Azambuja ainda continua filiado no PSDB, conforme consulta feita nesta sexta-feira pelo Correio do Estado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na certidão de filiação partidária, consta situação regular e data de ingresso no ninho tucano no dia 6 de dezembro de 1995, isto é, há 29 anos e 8 meses.

A reportagem foi informada de que são esperadas mais de quatro mil pessoas no ato político de filiação do ex-governador no PL, incluindo o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e o secretário-geral da legenda, senador Rogério Marinho (RN).

E, provavelmente, a ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, atual presidente nacional do PL Mulher, que também foi convidada, em razão de o ex-presidente Bolsonaro estar impedido de viajar por estar em prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também são esperadas outras lideranças locais, incluindo centenas de vereadores, dezenas de prefeitos, deputados estaduais e deputados federais, os senadores Nelsinho Trad (PSD), Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos), bem como o governador Eduardo Riedel (PP).

A intenção do PL é de fazer um ato político grandioso para demonstrar a força da legenda em Campo Grande e em Mato Grosso do Sul. Procurado pelo Correio do Estado para confirmar as informações, Azambuja informou que ainda não está nada definido.

“Devemos bater o martelo quanto à data e ao local neste fim de semana. Fui informado de que já está circulando que será no dia 12 de setembro, mas quem vai definir isso é o presidente Valdemar Costa Neto”, declarou o ex-governador à reportagem.

REFORÇO

Além do ex-governador, também devem assinar as fichas de filiação no PL pelo menos 30 dos 44 prefeitos do PSDB, e os 256 vereadores tucanos não poderão acompanhar suas lideranças porque a janela partidária para troca de legenda abrirá somente em 2028.

Em entrevista anterior ao Correio do Estado, Azambuja tinha informado que essa quantidade de prefeitos tinha manifestado que lhe acompanharia na migração para o PL, de Bolsonaro.

No entanto, no próximo ano, quando abrir a janela partidária para os deputados estaduais e federais, dificilmente os seis parlamentares estaduais e os três federais devem prosseguir no ninho tucano.

No dia 19, durante a reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual da legenda, comunicou a saída do ninho tucano e o ingresso no PL.

“Na primeira quinzena de setembro, devo assinar a ficha de filiação, mas alinhei com o Perillo que os três deputados federais do PSDB, Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, vão continuar na sigla para disputar a reeleição em 2026”, informou.

No entanto, Azambuja disse que os deputados estaduais filiados ao PSDB devem trocar de legenda para tentar a reeleição no próximo ano. 

“Por enquanto, quem está certo de me acompanhar é a deputada estadual Mara Caseiro, que sairá candidata a deputada federal. Os demais não definiram ainda. Sobre os prefeitos, alguns devem me acompanhar, outros vão permanecer na legenda e os demais vão para outros partidos, até para darem suporte aos vereadores, que não terão janela partidária até 2028”, adiantou.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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