Polícia

COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Cães farejadores estreiam na PRF com apreensão de R$ 354 milhões em cocaína

Thor e Amélia participaram da maior apreensão de cocaína da história da PRF, a nível nacional

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Cães farejadores da raça Pastor Alemão, integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), K9 Thor e K9 Amélia, estrearam na corporação com apreensão recorde e histórica, a nível nacional.

Com auxílio dos policiais, os animais sinalizaram que havia presença de drogas em um caminhão-tanque VW 24.280 e rapidamente identificaram 1,8 tonelada de cocaína (cloridrato de cocaína). 

O flagrante ocorreu nesta segunda-feira (27), no km 480 da BR-060, próximo a Sidrolândia.

A droga foi avaliada em R$ 354 milhões e a apreensão causou prejuízo financeiro gigante ao crime organizado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o chefe de comunicação social da PRF, Tércio Baggio, afirmou que cães fazem parte da fiscalização da corporação há 15 anos.

Os animais encaram a missão como brincadeira, e não como trabalho. Quando há existência de drogas, o animal cava o local onde ele acredita que esteja o entorpecente ou deita no chão e aponta para onde está o alvo. 

"Para os cães, tudo não passa de uma brincadeira, de esconde-esconde, a gente diria. Quando ele encontra o sinalizador [cheiro] da droga, ele recebe carinho e atenção. Quando ele acha a droga, ele recebe toda a recompensa que ela está na expectativa. Ele se empolga muito", explicou.

Os cães moram no canil na sede da PRF, onde são cuidados, alimentados e treinados.

De acordo com o superintendente da PRF em Mato Grosso do Sul, Augusmar Vieira Melo, os cães são fundamentais para identificar carga ilícita em veículos.

"Os cães ajudam muito, é uma ferramenta de trabalho fenomenal. O animal consegue detectar algo que o ser humano não consegue, não tem como, por mais que você tenha expertise. Só os cães podem identificar a drogas pelo faro", afirmou.

APREENSÃO RECORDE

Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 1,8 tonelada de cocaína, nesta segunda-feira (27), em Sidrolândia, município localizado a 63 quilômetros de Campo Grande.

A droga foi avaliada em R$ 334 milhões. É a maior apreensão de cocaína da história da PRF, a nível nacional.

Homem, de 44 anos, conduzia um caminhão tanque VW 24.280, quando recebeu ordem de parada dos policiais do Grupo de Operações com Cães (GOC-MS).

Ao ser parado, motorista alegou que fazia transporte de diesel em fazendas de Bela Vista, Caracol e Jardim, mas, demonstrou nervosismo e não soube responder algumas perguntas.

A partir disso, os PRFs desconfiaram e decidiram encaminhar o caminhão e o condutor para a Unidade Operacional em Sidrolândia, onde foi constatado o flagrante.

Os cães farejadores foram soltos perto do veículo e sentiram o odor da droga. A partir disso, os policiais entraram no compartimento do caminhão e verificaram a existência de drogas.

A identidade do condutor e a placa do caminhão não foram divulgadas.

O rapaz seguia de Jardim para Campo Grande, mas foi preso em Sidrolândia, no km 480 da BR-060.

Ele percorreu 167 quilômetros com os entorpecentes e contou que recebeu R$ 20 mil para transportar a carga ilícita e também receberia o veículo como parte do pagamento.

De acordo com o rapaz, a droga seria entregue para um desconhecido em um posto de combustível em Campo Grande. Ele não tem antecedentes criminais.

O autor do crime foi preso em flagrante e levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Campo Grande, localizada na rua Fernando Luís Fernandes, 322, Vila Sobrinho.

As autoridades cogitam que os entorpecentes seriam recepcionados por facção criminosa e levados para os grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro ou até mesmo Europa. A Polícia Federal (PF) de Campo Grande irá investigar o caso.

Superintendente da PRF em Mato Grosso do Sul, Augusmar Vieira Melo, afirmou que o Estado é um dos que mais entram entorpecentes no País por razões geográficas. 

"A nossa fronteira é de 1.900 quilômetros de fronteira seca. A fronteira é muito grande e isso facilita a entrada [de drogas]. Bolívia é conhecida mundialmente como grande produtor de cocaína e Paraguai de maconha. Corumbá faz fronteira com a Bolívia e Campo Grande está no centro do estado e daqui [o entorpecente] parte para qualquer lugar", explicou.

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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