Através da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc), a prefeitura da Capital abre hoje (25) o terceiro processo no intervalo de uma semana para compra de medicamentos, na tentativa de solucionar um problema admitido pela Saúde de Campo Grande há tempos.
Conforme publicado na edição desta segunda-feira (25) do Diário Oficial de Campo Grande, às vésperas do aniversário da Cidade Morena, o terceiro processo de compra é também o de maior valor, sendo que juntos os pregões chegam a somar a quantia de R$ 21 milhões investidos.
Como bem acompanhou o Correio do Estado, a primeira licitação para tentar reduzir problema crônico da falta de medicamentos aconteceu no último dia 20, prevendo cerca de R$ 6,2 milhões para compra de itens distribuídos entre as seguintes classes terapêuticas:
- Analgésico/antitérmico – adjuvante (hemostático);
- Antiarrítmico/Cardiovascular;
- Antibióticos;
- Anti-eméticos/Antialérgicos;
- Anti-hipertensivo de emergência/Ocitócico;
- Anti-inflamatórios e analgésicos;
- Soluções de suporte/Reposição hidroeletrolítica;
- Corticosteroides.
A falta de remédios e insumos específicos, como a de mães de crianças com deficiência (PCDs), aparece como um problema antigo de Campo Grande.
Logo após a denúncia, a própria secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, admitiu o problema, dizendo que, nesse caso de demandas específicas, o que houve foi um descumprimento das entregas de dietas e fraldas por parte dos fornecedores.
"Temos controle de todas as demandas; contudo, alguns fornecedores não cumpriram os nossos pedidos. O pior aconteceu com as dietas: temos oito empresas, de um total de 13 fornecedores, que não nos entregaram corretamente.
Por isso os insumos estão em falta. Essas empresas já foram devidamente notificadas, mas, por conta desse problema, a gente não está conseguindo entregar”, disse ela na ocasião.
Novos processos
Depois disso, logo no dia seguinte, o Executivo Municipal anunciou mais uma abertura de licitação, prevendo R$1.285.851,63 para aquisição de medicamentos, com o objetivo de atender a rede municipal de saúde (Remus).
Agora, conforme divulgado hoje (25) no Diogrande, o município prevê o empenho de mais R$13.576.113,02 para a mesma finalidade, com o intuito de atender todas as unidades do Remus pelo período de 12 meses.
Neste último caso, conforme o quadro de materiais exposto no termo de referência, há um total de 25 itens previstos, como por exemplo:
- Amoxicilina + Clavulanato
- Captopril
- Carvedilol
- Complexo B
- Ginkgo bilob
- Ibuprofeno
- Losartana potássica
- Sulfato ferroso
- Prednisona, entre outros
Das quantidades, medicamentos como Amoxicilina + Clavulanato, usado em tratamentos de infecções bacterianas, tem um total mínimo de 241.890 unidades a serem adquiridas, sendo necessária a compra de no mínimo 2,2 milhões de unidades de Ibuprofeno e pelo menos 5,6 milhões de "losartanas", a abertura deste pregão deve ser a última entre os três processos, prevista para acontecer em 08 de setembro.
Antes disso, a segunda licitação mais cara dará a largada aos processos de registro de preços para aquisição de medicamentos, marcada para acontecer em 04 de setembro, enquanto o pregão de R$1,2 milhão fica para o dia seguinte (05/09).
**(Colaborou Laura Brasil)


