Política

CÂMARA DE CAMPO GRANDE

Carlão acata jurídico e manda arquivar 2 pedidos para cassar Claudinho Serra

Em licença de 120 dias, o vereador é réu por esquema de corrupção no período em que foi secretário na prefeitura de Sidrolândia

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Sob a justificativa de que os crimes de corrupção e organização criminosa pelos quais o vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB) é réu teriam sido praticados antes da posse como parlamentar, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, mandou arquivar os dois pedidos de cassação do mandato de Serra na Casa de Leis.

O entendimento de que Claudinho Serra não quebrou o decoro parlamentar mesmo tendo sido preso por 23 dias, sob a acusação de comandar esquema de corrupção no período em que foi titular da Secretaria Municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate), partiu do procurador-geral da Câmara Municipal da Capital, Gustavo Lazzari, e foi acatado pelo presidente da Casa de Leis.

“Eu falei com o procurador jurídico e ele entendeu que não tinha nada que o Claudinho tivesse feito dentro da Câmara. Esses atos dele foram fora do mandato. Dentro do mandato, Claudinho não fez nada de errado como vereador. Essas denúncias contra ele são de quando ele era secretário lá em Sidrolândia”, reforçou Carlão.

O presidente da Câmara Municipal ainda completou que o Conselho de Ética só poderia acionar o vereador Claudinho Serra por quebra de decoro parlamentar se os crimes pelos quais ele está sendo acusado tivessem sido cometidos dentro do mandato. “O nosso procurador jurídico entendeu dessa forma e está tudo no parecer produzido pelo Gustavo Lazzari”, afirmou.

No entanto, em seu parecer, o procurador-geral da Câmara Municipal da Capital não levou em consideração o fato de o vereador Claudinho Serra ter virado réu pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, estar solto graças ao monitoramento com uso de tornozeleira eletrônica e de ter vindo a público a delação premiada do ex-chefe de Compras da prefeitura de Sidrolândia Tiago Basso da Silva, revelando detalhes de todo o esquema.

Tais episódios contribuem para manchar a imagem da Casa de Leis perante a opinião pública campo-grandense e podem trazer consequências na votação dos vereadores que pretendem buscar a reeleição no pleito do dia 6 de outubro. 

AUTOR DO PEDIDO

O empresário Elenilton Dutra de Andrade, autor do primeiro pedido de cassação do vereador Claudinho Serra – o segundo pedido foi feito pelo Partido Novo –, chegou a gravar e divulgar um vídeo em suas redes sociais criticando a decisão da Câmara Municipal de Campo Grande de arquivar os pedidos.

“Meus amigos, senhoras e senhores, recebi da Câmara Municipal de Campo Grande um ofício ontem [quarta-feira], encaminhado pelo seu presidente, Carlos Augusto Borges, o Carlão, dizendo que a denúncia que eu fiz naquela Casa pedindo a instauração de um processo para denúncia e cassação do mandato do vereador Claudinho Serra foi arquivado. Conforme parecer jurídico, como o crime foi lá em Sidrolândia, e não foi aqui, ele não cometeu nada”, disse.

Elenilton Dutra completou que o fato de o vereador Claudinho Serra estar de tornozeleira eletrônica e já ter sido indiciado pela Justiça, tendo inclusive bloqueados mais de R$ 103 milhões, não sensibilizou o procurador jurídico da Câmara Municipal. “Ele está em todos os sites desmoralizando aquela Casa de Leis, pediu afastamento de 120 dias, e tudo isso porque não cometeu crime nenhum. Isso acontece porque ele é do PSDB, se fosse de outro partido, o que estaria acontecendo com esse moço?”, questionou.

O empresário ainda conclamou os eleitores de Campo Grande a darem a resposta nas urnas, não votando nos atuais vereadores. “E nós, cidadãos de bem, vamos aceitar isso até quando? Eu fiz meu dever de casa, fui lá, protocolei o pedido e fui para a imprensa, mas, infelizmente, a Câmara Municipal de Campo Grande acobertou e escondeu o fato para proteger um dos seus. Campo Grande, acorda, vamos dar a resposta nas urnas em outubro, todos esses vereadores não servem para representar Campo Grande”, criticou.

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Política

Projeto que reconhece "grau" como prática esportiva é votado na Câmara

O projeto de lei ainda passa por mais uma apreciação na Casa de Leis e, caso seja aprovado, somente então seguirá para a sanção da prefeita Adriane Lopes

29/10/2024 16h45

Divulgação Pinterest

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O Projeto de Lei (PL) de autoria do vereador Betinho, que reconhece a prática do wheeling, conhecido como “grau” no esporte, passou em primeira discussão na Câmara Municipal de Campo Grande.

A votação ocorreu na manhã desta terça-feira (29) e ainda deve passar por uma segunda apreciação pelos vereadores na Casa de Leis.

O que diz o projeto de lei

O projeto (n. 11.293/24) reconhece manobras com motocicleta, incluindo o “grau”, como prática esportiva.

Segundo o PL, caso seja aprovada, a lei estabelece que a prática de manobras esportivas deve ser realizada em locais apropriados que possuam licença, conforme as regras estabelecidas pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM).

O caráter da exibição será exclusivo para shows e competições. A manobra wheeling em questão trata da moto empinada.

No Brasil, é conhecida como “grau”, “Real Lift” (RL) ou “Bob's”. A execução do grau, conforme descrito no projeto, exige perícia do piloto.

Regras:

  • O “grau” só poderá ser feito em locais com a devida autorização para funcionamento;
  • A pista deve possuir asfalto de qualidade, com as seguintes medidas: 80 metros de comprimento por 25 metros de largura;
  • O local destinado ao público deve obedecer aos critérios de segurança estabelecidos pela modalidade esportiva.

Justificativa

“A prática do ‘grau’ em via pública é tipificada como infração de trânsito gravíssima e deve permanecer assim, pois, praticada sem as devidas precauções, coloca em risco a vida de quem pratica e a de terceiros.

Entretanto, como modalidade esportiva, vem crescendo a cada dia e merece atenção e estímulo do Poder Público.

No Brasil, o esporte começou a se popularizar nos anos 90, existindo atualmente muitos praticantes no país.

Ao atingirem um certo nível, a maioria dos pilotos segue para outros países da América do Norte e Europa.

Muitos pilotos brasileiros têm tentado a sorte na Espanha, Portugal, Alemanha e Suíça.

A proposta deste nosso Projeto de Lei é reconhecer essa modalidade esportiva em Campo Grande e trazer mais uma oportunidade de esporte e lazer, negócios e turismo para o município.”

Outras votações

Ainda, durante a sessão em regime de urgência, os vereadores aprovaram o PL do Executivo Municipal que estabelece o Programa de Regularização Fiscal (Refis) e  que prevê desconto de 80% em dívidas.

E também outros dois projetos: um que concede o título de “Visitante Ilustre” de Campo Grande a Abraão Pessoa de Souza, do vereador Victor Rocha (PSDB), e o PL do vereador Gilmar da Cruz (PSD), que cria o Dia Municipal do Deficiente Visual na Capital.

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Política

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre

O ex-presidente afirmou que a anistia para os condenados e aqueles que respondem a processos pela invasão das sedes dos três Poderes em janeiro de 2023 é uma prioridade

29/10/2024 16h00

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre

Bolsonaro vai ao Senado em busca de anistia para si e 8/1 em apoio a Motta e Alcolumbre Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasi Fonte: Agência Senado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Senado nesta terça-feira (29) para negociar o apoio do PL às candidaturas de Davi Alcolumbre (União Brasil) e Hugo Motta (Republicanos-PB) às presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. 

Ao deixar a reunião, Bolsonaro destacou que várias negociações estão em andamento e defendeu a anistia para os golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de sua própria anistia, já que está inelegível por decisões da Justiça Eleitoral.

O PL possui a maior bancada na Câmara, com 92 dos 513 deputados, e 14 dos 81 senadores. Bolsonaro também revelou ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e apoiou sua decisão de retirar o projeto de anistia da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e colocá-lo em uma comissão especial. 

O ex-presidente afirmou que a anistia para os condenados e aqueles que respondem a processos pela invasão das sedes dos três Poderes em janeiro de 2023 é uma prioridade. A anistia para ele, visando as eleições presidenciais de 2026, seria o próximo ponto a ser discutido. As eleições para a liderança da Câmara e do Senado devem ocorrer em fevereiro, com Alcolumbre e Motta como favoritos.

Relembre 

De acordo com o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do Dia 8 de janeiro de 2023, 5,5 mil pessoas estavam no acampamento no sábado, dia 7 de janeiro - quantidade muito superior aos 300 manifestantes que ocupavam o local dois dias antes, 5 de janeiro.

O acampamento ficava no Setor Militar Urbano (SMU) em uma área proibida para ocupações por lei (Decreto-Lei nº 3.437/1941, ainda em vigência). Aquele território (de 1.320 metros) em torno de fortificações é considerado área de “servidão militar”.

O SMU está a uma distância de nove quilômetros em linha reta, pelo Eixo Monumental, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, e do Supremo Tribunal Federal. Dali, os bolsonaristas partiram por volta das 13h. Duas horas depois, iniciava um inédito atentado terrorista no Brasil contra os Três Poderes e a destruição parcial de suas sedes na capital do país. 

Todos os passos foram identificados e constam no relatório da CPMI do 8 de janeiro. 

Condenados do 8/1 de MS

Fábio Jatchuk Bullman foi condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ocorridos em Brasília. Ele é o sexto sul-mato-grossense condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes.

Diego Eduardo de Assis Medina, morador de Dourados, condenado a 17 anos de prisão em regime fechado. Além disso, ele deverá pagar R$ 30 milhões, para suprir parte do prejuízo causado durante a invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto. 

Já foram condenados pelos atos golpistas os sul-mato-grossenses de Maracaju; o campo-grandense Eric Prates Kobayashi; Ilson César Almeida de Oliveira, de Sidrolândia e Djalma Salvino dos Reis, de Itaporã.

***Colaborou Valesca Consolaro e Glaucea Vaccari***

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