Cidades

OPERAÇÃO PANTANAL

Chuvas trazem alívio temporário para as queimadas no Pantanal

Pancadas de chuva do fim de semana trouxeram um respiro para o bioma, que sofria com a pior estiagem de sua história

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Em meio à seca histórica, uma frente fria com grandes pancadas de chuva trouxe um alívio temporário para as queimadas no Pantanal sul-grossense neste último domingo (15). 

De acordo com o informativo do Governo do Estado sobre a ‘Operação Pantanal’, diversas regiões de Mato Grosso do Sul, incluindo a parte pantaneira, registraram uma diminuição significativa dos focos de fogo devido à intensa precipitação do fim de semana. 

As chuvas elevaram a umidade relativa do ar do bioma em 10%, aliviando os efeitos da pior estiagem dos últimos 70 anos.

Em Corumbá , cidade que há dois dias foi 'engolida' por fumaça tóxica de queimadas no Pantanal, as chuvas atingiram um acumulado de 10mm. Apesar de fraca, as precipitações foram constantes e auxiliaram no combate aos incêndios que cercam a capital pantaneira. No entanto, a situação é mais complexa no norte do estado, onde o clima seco e as altas temperaturas ainda predominam.

Em Coxim, um incêndio em vegetação tomou grande proporção devido às rajadas de vento e tempo seco, condições que fizeram com que o fogo se alastrasse rapidamente. 


Confira:

 

 


Novos incêndios 

Apesar do alívio proporcionado pelas chuvas recentes, a previsão meteorológica indica um aumento gradual das temperaturas nos próximos dias, o que pode reavivar o risco de novas queimadas.

Segundo o Governo do Estado, um efetivo  efetivo de 162 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, divididos em diferentes cidades ainda trabalham no combate às queimadas 

Além destes, a operação ainda conta com o apoio de 27 bombeiros do Rio Grande do Sul e Sergipe, 76 militares da Força Nacional de Segurança Pública e representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Durante a semana, a meteorologia ainda prevê um aumento gradativo nas temperaturas. Segundo a previsão, os próximos dias devem ser marcados por mais calor em Mato Grosso do Sul.

Depois de um amanhecer mais fresco, os termômetros vão subindo durante a manhã e à tarde, principalmente entre esta segunda-feira e terça-feira (16 e 17).

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DISPUTA POR TERRAS

Estado e União querem indenizar produtores para encerrar conflitos

Governador Eduardo Riedel esteve ontem em Brasília e conversou com ministro do STF Gilmar Mendes, que lidera a mesa de conciliação sobre o marco temporal

20/09/2024 09h30

Na quarta um indígena foi morto em retomadaem Antônio João

Na quarta um indígena foi morto em retomadaem Antônio João Foto: Reprodução

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Para reduzir os conflitos agrários envolvendo produtores agropecuários e indígenas em Mato Grosso do Sul e buscar reduzir a atuação de traficantes paraguaios nessas áreas, principalmente na fronteira, o governo do Estado e a União vão viabilizar a indenização dos proprietários das áreas em disputa. 

Esse é o encaminhamento definido pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) em reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que também contou com integrantes do Ministério da Justiça e do Palácio do Planalto.

Esta solução deve  contribuir para acabar com o impasse no município de Antônio João, que resultou na morte de Neri Ramos da Silva, indígena guarani kaiowá morto pela Polícia Militar em operação que cumpre determinação judicial em virtude da inércia do processo demarcatório de terras,  avaliou Riedel, em Brasília, após reunião com Gilmar Mendes e uma vídeo conferência na quarta-feira com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Foi uma reunião muito positiva é com o ministro Gilmar Mendes, que lidera a mesa de Conciliação do STF, com todos os atores envolvidos. Nós trouxemos documentações relativas  aos conflitos em Mato Grosso do Sul, especificamente todas as áreas que estão em estudos, estudadas, declaradas, homologadas, demarcadas, o grau de litígio de cada uma delas para que a gente possa avançar em soluções concretas”, declarou o governador.

“Ontem ainda conversei com o presidente Lula por telefone, discutindo um pouquinho especificamente o conflito. Ele reiterou o desejo de buscar soluções nessas áreas que têm dois princípios constitucionais em conflito: direito de propriedade, títulos legais, a cadeia dominial. E a demarcação por parte de antropólogos de áreas  indígenas. Então a gente vai buscar a solução através da indenização dos proprietários nas áreas que onde isso couber”, completou Riedel.

Para o governador sul-mato-grossense, o que se busca nesse momento para a questão fundiária envolvendo indígenas “é a tentativa e a busca de apaziguar os ânimos, de colocar uma solução”.

“Até porque nós estamos buscando a solução para a área. Esse momento é de apaziguar, que os indígenas também tenham paciência no sentido de entender que todos estão envolvidos na busca de uma solução, para eles e para os proprietários, esse é o nosso objetivo”, declarou o governador ao Correio do Estado.

RELATÓRIO

Além da questão  fundiária, existe a atuação do crime organizado. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul elaborou um relatório que aponta interferências de traficantes paraguaios em áreas indígenas do Estado, citando o município de Antônio João. 

O levantamento entregue ao STF e ao governo federal aponta os problemas do crime organizado na região. O governador destacou que existe preocupação com essas ações ilícitas, mas reforçou que são coisas distintas, a ação criminosa e a demarcação de terras indígenas e que precisam ser cuidadas com ações distintas. 

“Temos que separar as duas coisas, uma coisa são os conflitos agrários, da demarcação de terra. Essa é uma situação. A outra situação é o crime organizado em algumas situações. Essas situações elas estão postas como em Antônio João, por interesse e fragilidade institucional. A partir do conflito agrário, o crime organizado se aproveita e pode se utilizar esse território pra ilícitos do crime organizado”, explicou Riedel.

“Ali, em Antônio João, especificamente, a gente tem um relatório de inteligência mostrando um pouquinho da atuação do crime organizado, tanto do lado do Paraguai quanto do lado brasileiro e é uma coisa que preocupa a todos, mas isso não tem correlação direta com a demarcação das áreas indígenas. E importante deixar isso bem separado”, completou o governador.

FICHA CRIMINAL

Morto durante um confronto na Terra Indígena Ñand Ru Marangatu na madrugada de quarta-feira, em Antônio João, o indígena Guarani Kaiowá Neri Ramos da Silva, de 23 anos, tinha diversas passagens pela polícia por roubo e latrocínio, segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Uma dessas ocorrências teria sido em 2015, em Antônio João, quando a vítima de latrocínio foi morta com um tiro na cabeça, segundo a PM.

Sobre o conflito que terminou com a morte do indígena na quarta-feira, o Choque informou que equipes foram acionadas na Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, localizada na Fazenda Barra, na região de fronteira com o Paraguai, com denúncia de que havia um confronto na região.

Em nota divulgada nas redes sociais, o Choque afirma que, na tentativa de dispersar o tumulto, um dos indígenas que estava escondido na vegetação atirou em direção às forças de segurança e atingiu o escudo protetor da tropa de um dos policiais.
Os agentes de segurança afirmam ter reagidi e atirado em direção a mata, atingindo o indígena na cabeça.

O corpo do indígena Guarani Kaiowá foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será periciado por peritos federais que vieram de Brasília (DF) para investigar o caso. (Colaborou João Gabriel Vilalva)

Saiba

Após a morte de Neri Ramos da Silva, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) soltou uma nota em que diz que recebeu com preocupação a afirmação do secretário de Segurança de MS, Antonio Carlos Videira, sobre o possível envolvimento de indígenas com o tráfico de drogas.



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Trânsito

Motociclista morre em colisão frontal com carro em Campo Grande

Condutora do veículo fazia conversão em um cruzamento quando aconteceu o acidente

20/09/2024 09h15

Google Maps

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Uma motociclista morreu na noite da última quinta-feira (19) em um acidente envolvendo a moto e um carro no bairro Jardim Tarumã, em Campo Grande.

Ela foi identificada como Michele Bernardo de Oliveira, de 39 anos.

Segundo o Boletim de Ocorrência, quem acionou a polícia foi a condutora do veículo, um Fiat Mobi, que trafegava na avenida Nasri Siufi, no sentido sul-norte. Na mesma via, mas no sentido contrário, trafegava a moto Honda Fan.

A autora disse à polícia que no cruzamento da Av Nasri Siufi com a Rua Polônia/Rua Cachoeira do Campo - logradouro muda de nome naquele ponto - foi fazer a conversão à esquerda para entrar na Rua Cachoeira do Campo, momento em que houve a colisão.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado pela motorista do veículo, e o médico plantonista constatou o óbito de Michele. A mulher foi identificada por um ex-cunhado que estava próximo do local onde o acidente aconteceu.

A condutora do veículo aceitou fazer o teste do bafômetro, que teve como resultado 0,0 mg/L, o que indicou que ela não havia consumido bebida alcoólica.

As causas do acidente ainda são investigadas pela Polícia Civil. A Polícia Militar, com o Batalhão de Trânsito (BPMTran), também atendeu a ocorrência.

23 motociclistas morreram
no primeiro semestre

Dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) mostram que 23 motociclistas morreram em acidentes de trânsito no primeiro semestre deste ano na capital.

O levantamento mostra ainda que os condutores de motocicletas são os mais vitimados no trânsito, representando 69,6% das vítimas fatais do período.

O número de 2024 é pouco maior do que o registrado no primeiro semestre do ano passado, quando 21 motoclistas haviam morrido no trânsito de Campo Grande.

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