Com cerca de 30 agentes, uma ação integrada entre a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denar), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Guarda Civil Metropolitana (GCM), resultou na apreensão de um papelote de maconha e na condução de duas pessoas para a delegacia, na manhã desta quinta-feira (30), na região central de Campo Grande.
A operação, classificada como preventiva, teve como foco o entorno do Centro Pop, espaço de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que presta assistência social para pessoas em situação de rua.
De acordo com Alexandre Pedroso, subcomandante da GCM, cerca de 50 pessoas foram abordadas durante a ação, que contou com o apoio de cães farejadores da PRF. Foram apreendidas cinco facas, pedaços de ferro, paus e outros materiais cortantes encontrados espalhados pela via.
"Do efetivo da Guarda Civil Metropolitana foram 10 guardas, acredito que mais 10 policiais da Polícia Civil e mais 10 também da Polícia Rodoviária Federal, trouxemos também os cães de faro para garantir que não haja nenhum resquício de droga, nem presença de entorpecente no local", disse.
Dois homens foram detidos - um por suspeita de tráfico de drogas e outro por não conseguir comprovar a procedência de uma quantia de dinheiro. Um deles utilizava tornozeleira eletrônica.
O objetivo da operação, segundo os agentes, era atender demanda dos moradores da região e garantir segurança da população. "É uma ação preventiva, em conjunto com a Polícia Civil e a PRF, para combater situações de insegurança e promover o direito de todos viverem com dignidade", destacou Pedroso.
A inspeção também ocorreu dentro das dependências do Centro Pop, espaço em que os cães de faro auxiliaram na busca por entorpecentes. Apesar da apreensão de apenas um papelote de maconha que ainda será pesado , os agentes consideram a operação bem-sucedida.
Segundo a Guarda Civil, ações semelhantes têm ocorrido de forma sistemática em diversos pontos da cidade, como na Praça Aquidauana e na Rua Joaquim Nabuco. Pedroso destacou que grande parte das pessoas abordadas são migrantes e imigrantes, vindos de países como Venezuela e Bolívia, que acabam em situação de vulnerabilidade.
"O que buscamos é equilibrar a segurança pública com o respeito à dignidade humana", afirmou Pedroso, ao reforçar que novas operações devem ocorrer nas próximas semanas em outros pontos da capital.
Ao Correio do Estado, uma moradora que não quis se identificar disse que a operação foi boa para quem vive na região. "A polícia está aqui desde cedo, acho que o trabalho foi muito bom, todo mundo sumiu daqui", disse.
Delegado conversa com defensora pública Thaisa Defante ao fim da operação / Foto: Marcelo Victor Ao fim da operação, uma equipe da Defensoria Pública da União questionou a legitimidade da ação realizada pela Polícia Civil, encabeçada pelo delegado Hoffman Dávila, que por sua vez, confirmou coletiva de imprensa às 11h30 para esclarecer os fatos.


