Nesta sexta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - (IBGE), divulgou dados do Censo Demográfico de 2022, com dados preliminares sobre Fecundidade e Migração, que o número médio de filhos por mulher em Mato Grosso do Sul, diminuiu em 2022.
De acordo com o documento, naquele ano, havia 1.161.987 mulheres de 12 anos ou mais em MS, sendo que, destas, 793.620 haviam tido filhos. Em 2010, esse número era de 679.278. Além disso, dentre as que tiveram filhos, a média foi de 1,83 filhos por mulher em 2022. O número é menor do que os 2,1 filhos esperados para a reposição populacional desconsiderando a migração.
O levantamento ainda mostrou que, as mulheres indígenas são as que apresentaram o maior percentual entre as que tiveram 6 ou mais filhos. Além disso, a pesquisa mostrou que, em 2022, 11,57% das mulheres optaram por serem mães mais tarde, entre 35 e 39 anos. Esse dado demonstra uma mudança de 10 anos se comparado a 2010, quando 12,25% das mulheres de 12 ou mais anos de idade que tinham filhos tinham entre 25 a 29 anos.
Segundo o Censo de 2010, em MS, uma mulher teria filhos com 26 anos em média e em 2022, esse número passou para 27,7 anos, o que representa um aumento de 1,7 anos ou 6,5%. A idade média da fecundidade é um importante indicador que revela tendências no comportamento reprodutivo, indicando se as mulheres estão tendo filhos mais cedo ou mais tarde.
De 2010 a 2022, houve aumento desse indicador em todas as unidades da federação. A maior alta foi em Rondônia (7,4%) e a menor, no Acre (1,5%). Em 2022, a idade média da fecundidade mais alta foi a do Distrito Federal (29,3anos) e a mais baixa foi encontrada no Pará (26,8 anos). MS fica na 16ª posição entre as maiores médias.
Além disso, os dados dos Censos Demográficos de 2010 e 2022 indicam crescimento no percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos nascidos vivos, ou seja, no grupo de mulheres que concluiu recentemente a passagem pelas idades do ciclo reprodutivo com maior ocorrência de nascimentos e cuja ausência de filhos tidos nascidos vivos tende a ser permanente.
Em MS, o percentual de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filho era de 7,6% em 2010 e passou para 12,9% em 2022. O aumento no percentual de mulheres sem filhos após seu período reprodutivo está associado à postergação da maternidade


