Cidades

ASSISTÊNCIA SOCIAL

"Queremos alcançar 17 mil famílias no Estado", diz secretária sobre Mais Social

Mais de 180 servidores estão trabalhando na busca ativa por pessoas em situação de vulnerabilidade social

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Nesta quarta-feira (9), equipes de recenseadores da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), estiveram na região do Núcleo Industrial, em Campo Grande, abordando famílias em situação de vulnerabilidade social, para serem cadastradas no Programa Mais Social, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com a missão de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado do Brasil a erradicar a extrema pobreza

As pessoas foram localizadas pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Sead em um trabalho com a Segem/Segov (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), utilizando pesquisa de campo e cruzamento de dados.

Na ocasião, a secretária Patrícia Cozzolino esteve presente, visitando as residências e explicando como o projeto funciona. Na sequência, as equipes da Sead, conheciam a casa, colhiam os dados e solicitavam documentos que comprovasse as informações, para que as famílias pudessem ser cadastradas no benefício, e também orientadas sobre seus direitos e deveres enquanto beneficiários.

O programa oferece um cartão no valor de R$ 450 para a compra de alimentos, produtos de higiene e gás de cozinha e oportunidades de ensino e cursos profissionalizantes para que a pessoa possa ascender socialmente. O cartão é monitorado e os gastos apenas podem ser para itens de alimentação e gás, caso contrário, ele é cortado

Para a imprensa, Patrícia explicou que, as pessoas que foram alcançadas, não tem suporte para solicitarem os benefícios do Governo sem ajuda. Por isso, a Sead está realizando essa busca ativa em todo o Mato Grosso do Sul. “O Estado inverteu a logística! Ao invés do beneficiário se deslocar até a sede do programa ou se inscrever pela plataforma, agora é o Estado que está indo atrás das pessoas mais necessitadas”, disse.

Segundo ela, mais de 180 servidores estão trabalhando nessa busca ativa, e com isso, aproximadamente 17 mil famílias serão beneficiadas. “São 17 mil famílias espalhadas pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Os servidores recebem a localização delas que é feita por georreferenciamento e vão até elas”, ressaltou.

Ainda conforme Patrícia, em três semanas de busca ativa, cerca de mil e duzentas pessoas já foram incluídas no Mais Social, e isso representa uma vitória para a secretaria. “Estamos muito felizes com os resultados e vamos continuar trabalhando para alcançarmos o maior número possível”, afirmou.

A diarista e dona de casa Flaviana Furtado, de 30 anos, foi uma das inscritas no benefício durante a visita da secretária, e afirmou que será muito bem-vindo, tendo em vista que ela não tem renda fixa. “Meu marido trabalha em uma fábrica de couros aqui da região todos os dias, e quando a demanda é muito grande, eu faço diárias lá também, mas quando não precisa, eles me dispensam, então não é um dinheiro que tenho sempre e a renda do meu marido sozinho é em torno de R$ 1,2 mil”, disse.

Flaviana, de 30 anos, sendo orientada pela secretária

Na casa de Flaviana moram ela, o marido e a filha de 7 anos, e segundo ela, o gasto com comida, entre mantimentos e acompanhamentos chega a R$ 600, e com os outros gastos, sempre acaba faltando alguma coisa. “Eu compro cesta básica, mas não dura o mês e as vezes falta para um remédio, para um lazer, então esse dinheiro vai nos ajudar bastante”, completou ela.

Além de Flaviana, a jovem Tatiana Pereira, de 18 anos, também foi inscrita no Mais Social durante a ação, e segundo ela, o benefício vai chegar em boa hora. “Eu estou gestante, tenho mais dois filhos e a situação fica difícil às vezes, por isso eu tava esperando muito por essa visita”, comemorou ela, que estava esperando a equipe na frente da residência.

INCENTIVO AO ESTUDO

Durante as visitas, a secretária Patrícia Cozzolino, afirmou ainda, que a Sead/MS está trabalhando para oferecer mais benefícios para essa população, como o incentivo aos estudos e qualificação para o mercado de trabalho.

Para Flaviana, que quer terminar o ensino médio, ela explicou que o Estado está fazendo um cruzamento de dados e conversando com os beneficiários sobre o interesse em retornar aos estudos ou se qualificar para uma profissão. “Durante o cadastro, nós questionamos se a pessoa pretende fazer algum curso, e mesmo que esse curso não seja oferecido, a partir de um número de pessoas interessadas, nós vamos oferecer. No caso da Flaviana, nós conversamos sobre o EJA – (Educação para Jovens e Adultos), na modalidade EAD – (Ensino a distância)”.

Patrícia Cozzolino, afirmou que a Sead/MS está trabalhando para oferecer mais benefícios

Diante desse cenário, a secretária fez questão de ressaltar que, o objetivo, não é apenas oferecer o valor do benefício para a pessoa, mas também, contribuir para que ela mude de faixa social. “O Estado está dando a oportunidade para que a pessoa volte a estudar e possa depois ou fazer uma universidade ou um curso técnico profissionalizante para ocupar as vagas de emprego”, disse ela, afirmando que, atualmente há mais vagas de emprego do que pessoas disponíveis.

Segundo Patrícia, o problema é que as vagas exigem pessoas mais qualificadas. “Se nós não interferirmos, oferecendo uma estrutura para a família de baixa renda, com a alimentação, com a questão da saúde, da educação, a família não consegue nunca ir para aquela vaga”, finalizou.

Os cursos e oportunidades citados pela secretária são fruto de uma parceria da SEAD/MS - (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), com SED/MS - (Secretaria Estadual de Educação), por meio da Funtrab - (Fundação do Trabalho), e também com o apoio da SEMADEC - (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

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Cachoeiras do Rio do Peixe

Fiscalizado por prática de ceva, ponto turístico foi multado por "domesticação" de araras em MS

Investigação ocorreu há dois anos após animais serem expostos em um programa de rede nacional

26/04/2025 18h15

Ibama fiscalizou e multou empreendimento

Ibama fiscalizou e multou empreendimento Imagem: relatório Ibama

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Fiscalizado por prática de ceva, o atrativo turístico Cachoeiras do Rio do Peixe, em Bonito, foi multado há cerca de dois anos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por explorar comercialmente e “domesticar” araras-azuis e macacos para atrair turistas ao empreendimento localizado na Fazenda Água Viva, no interior do estado.

Proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul, a prática de alimentar animais silvestres ganhou repercussão recentemente após a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, vítima de um ataque de Onça-Pintada no último final de semana.

À época, a alimentação dos animais foi amplamente repercutida nas redes sociais e em rede nacional após macacos e araras serem expostos no Programa da Eliana, então transmitido pelo (SBT) e o Domingo Espetacular (Record), que gravaram reportagens exaltando a proximidade dos animais com os visitantes.

Conforme o relatório de fiscalização do Ibama, ao ser questionado pela apresentadora Eliana, o proprietário do atrativo turístico, Moacir Barbosa de Deus, conhecido também como "encantador e vovô das araras", disse que iniciou sua amizade com os animais quando ainda morava no Pantanal, período em que, segundo ele, “cuidava de muitos bichos, e aprendeu a domesticar, dar comida e tratar”. 

À apresentadora, ele confessou que, ao ver sua relação com os animais, os turistas passaram a pedir para que o empresário os aproximasse dos bichos.

No programa que foi ao ar no dia 6 de novembro de 2022,  ele utiliza sementes, milho e quirera para se aproximar de araras vermelhas e “da mesma forma alimenta os macacos, para terem o contato direto com a apresentadora, maquiador e outra artista”, destaca o relatório. Ao final do vídeo Moacir é visto com três araras nos braços e ombros, animais que repassa para a apresentadora. 

Ibama fiscalizou e multou empreendimentoApresentadora Eliana junto dos animais durante programa exibido no SBT / Relatório Ibama

Realizada em dezembro do mesmo ano, a fiscalização constatou que as atividades de alimentação e interação com os animais ocorriam diariamente e eram exploradas comercialmente  “tanto pelo empreendimento quanto por agências da cidade.” No local, duas araras-azuis estavam confinadas, com sinais de estresse e comportamento agressivo, destacou o Ibama.

Ibama fiscalizou e multou empreendimento

“Embora o empreendimento possua uma Licença de Operação (...) os fiscais constataram que as condicionantes ambientais não estavam sendo respeitadas. Questionado, o Sr. Moacir alegou desconhecimento da legislação e se comprometeu a cessar imediatamente as práticas ilegais.”, diz trecho do relatório. 

Como consequência, o empreendimento foi autuado com base no Art. 33 do Decreto 6.514/08, que proíbe o uso comercial de animais silvestres em situação de abuso. Também foi lavrada a Notificação nº 189VTDB4, exigindo a interrupção imediata da alimentação e manuseio dos animais. O caso foi encaminhado ao Imasul e o empreendimento multado em até  R$ 72 mil.

A operação revelou a decepção de turistas no dia da fiscalização, quando, pela primeira vez, o passeio transcorreu sem a presença física dos animais. Conforme o Ibama, a ausência de selfies, toques e fotos com araras e macacos causou frustração em visitantes, evidenciando o quanto o modelo de ecoturismo praticado no local se apoia em práticas nocivas à biodiversidade.

Ibama fiscalizou e multou empreendimentoMacaco se alimenta junto de turista

Cabe destacar que a espécie Anodorhynchus hyacinthinus está listada no Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o que indica alto risco de extinção.

Conforme os fiscais, a presença constante de alimento e o condicionamento ao contato humano são fatores que não apenas descaracterizam o comportamento natural desses animais, como também os tornam vulneráveis a ataques de predadores e ao tráfico de fauna.

Além disso, o contato físico com animais silvestres representa risco à saúde pública, por possibilitar a transmissão de zoonoses, além de colocar os turistas em situação de potencial perigo, já que o comportamento de animais selvagens é imprevisível.

*Saiba

Diante das investigações, as imagens que então haviam sido divulgadas nas redes sociais do ponto turístico foram removidas.

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Campo Grande

Com apenas 15% do público-alvo imune contra gripe, força-tarefa começa neste domingo

Liberada para todos os públicos, meta é ampliar imunização e frear casos de síndrome respiratória na Capital

26/04/2025 15h45

Imunização será ampliada para todos os públicos a partir deste domingo (27)

Imunização será ampliada para todos os públicos a partir deste domingo (27) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Na tentativa de frear os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em Campo Grande, a prefeitura Municipal decidiu ampliar a todos os públicos a vacinação contra a Influenza na Capital. Neste momento, apenas 15,9% do público-alvo foi imunizado, cerca de 56,7 mil pessoas.

A força-tarefa tem início neste domingo (27), e os interessados devem comparecer à Igreja Universal de Campo Grande, localizada na Avenida Mato Grosso, 921, Centro, entre as 9h e 14h. Cabe destacar que o imunizante pode ser buscado em qualquer  unidade básica de saúde a partir desta segunda (28). Fazem parte do grupo prioritário crianças de seis meses a cinco anos completos, gestantes e idosos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), deste percentual, 33.382 vacinas foram aplicadas em idosos e 3.708 em crianças, cobertura que deve atingir cerca de 356 mil pessoas entre o público prioritário.  

A medida foi tomada após o aumento de casos de síndromes respiratórias e a atual falta de leitos nos hospitais da Capital e oficializada em decreto publicado neste sábado (26) no Diário Oficial de Campo Grande, que instituiu situação de emergência na saúde municipal ao menos pelos próximos 90 dias.  

O anúncio ocorreu após uma reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) para Doenças Respiratórias e Arboviroses, que contou com a presença da prefeita Adriane Lopes (PP), Rosana Leite, secretária municipal de saúde, além do chefe de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul,  Frederico de Moraes, e outras autoridades.

“Os casos de Influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório estão aumentando significativamente e os leitos já estão lotados. A maioria dos casos são graves, o tempo de internação é grande, o que dificulta a rotatividade de leitos, correndo o risco de faltar leitos nas próximas 4 ou 6 semanas”, afirmou Rosana Leite. 

De acordo com a secretária, haverá obrigatoriedade da utilização de máscaras dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) já a partir da próxima semana, visto que, entre janeiro e abril, Campo Grande registrou 70 mortes por Srag. 

“Nós já temos mais de 70 óbitos de síndrome respiratória grave desde janeiro até agora, e nos últimos meses, nós tivemos óbitos de quatro crianças abaixo de quatro anos, sendo duas com idade abaixo de um mês e uma com um mês”, disse a secretária.

A secretaria, inclusive, cogitou a possibilidade de suspensão das aulas nos próximos dias. “Existe sim essa possibilidade, não agora, mas futuramente! No momento, nossa maior recomendação é evitar sair de casa, principalmente com bebês abaixo de seis meses, evitar visitas e aglomerações, tendo em vista que, o sistema imunológico desses bebês ainda é muito frágil”, alertou.

Vacinação 

Para a vacinação de 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73, 6 milhões de doses, destas 200 mil chegaram a Capital.

No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões de doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, serão distribuídas 5,9 milhões de doses para a Região Norte.

O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhões, e o público-alvo é de 81,6 milhões de pessoas. A meta é vacinar 90% dos grupos prioritários do Calendário Nacional de Vacinação, com estimativa de 50 milhões de pessoas. 

Proteção e segurança 

A vacina contra influenza de 2025 conterá as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores. 

A influenza e a covid-19 continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas. Em 2024, a cobertura vacinal do público prioritário foi 48,89% na região Norte e 55,19% nas demais regiões.

*Colaborou Tamires Santana

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